22/12/2023 às 09h25min - Atualizada em 22/12/2023 às 20h02min

Dispositivo implantado em ventrículo esquerdo dá nova chance de vida a paciente em Israel

Procedimento complexo realizado no Rambam, em Haifa, salvou homem com insuficiência multissistêmica, danos pulmonares e renais em decorrência de ataque cardíaco

Denis Victor Dana
Crédito: Divulgação / Rambam
Um procedimento pouco invasivo, mas muito complexo realizado pelo Rambam Health Care Campus, situado em Haifa, ao norte de Israel, trouxe de volta à vida um homem de 63 anos com graves danos sofridos em decorrência de um ataque cardíaco. Chamado de LVAD, siglas em inglês para “Dispositivo de Assistência Ventricular Esquerda, é um aparelho mecânico que, implantado no paciente, auxilia o ventrículo esquerdo, responsável por bombear litros de sangue para todo o corpo a cada minuto, auxilia e mantém a capacidade de bombeamento do coração.

“O paciente Menache Eisner chegou com insuficiência multissistêmica e danos cardíacos, pulmonares e renais. Realizamos uma complexa cirurgia de ponte de safena, mas no final, seu coração parou de funcionar novamente. Então, tivemos que colocá-lo em uma máquina de ECMO, um dispositivo médico avançado que ativa artificialmente o coração e os pulmões do paciente”, explica o Dr. Oren Caspi, diretor da Unidade de Insuficiência Cardíaca do Rambam.

Embora Eisner tenha melhorado, seu coração não se recuperou como esperado. “Ele sofria de insuficiência cardíaca grave e estava claro que não sobreviveria por muito mais tempo”, destaca o professor Benjamin Medalion, médico assistente do Departamento de Cirurgia Cardíaca do Rambam. O quadro fez com que a equipe médica decidisse por uma intervenção cirúrgica altamente especializada e capaz de dar ao paciente maior chance de sobrevivência.
Numa atitude incomum, os médicos optaram em acordar Eisner de seu estado sedado e ventilado para obter seu consentimento para o procedimento, a implantação do dispositivo capaz de melhorar o fluxo sanguíneo do ventrículo esquerdo para o resto do corpo, o que ocorreu enquanto o paciente ainda permanecia conectado aos sistemas de suporte à vida.

O procedimento foi considerado um sucesso. Eisner, que deu entrada no hospital com quadro gravíssimo e poucas chances de sobrevivência, recebeu alta no último dia 20 de dezembro, 40 dias depois. “Tínhamos esgotado todas as opções de tratamento. Felizmente, contra todas as probabilidades, Eisner se recuperou e, milagrosamente, vencido esse período, pode voltar bem para casa, o que nos deixa feliz e seguros de que a missão médica foi cumprida com sucesso”, celebra diz o Dr. Caspi.
 

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