21/12/2023 às 16h40min - Atualizada em 21/12/2023 às 20h10min

AGUAVIVA coleta água despejada nas praias das Astúrias e do Tombo e envia para análise em laboratório da Capital

Representantes da ONG vão visitar outras praias

Morgana Oliveira
Assessoria de Imprensa
Divulgação
Coletar água de esgotos clandestinos nas praias das Astúrias e do Tombo, em Guarujá, e enviar para análise no Instituto Adolfo Lutz. Essa foi a iniciativa de representantes da AGUAVIVA na manhã desta quinta-feira.
“Queremos saber o que estão despejando na praia durante todo o dia. Coletamos amostras de pontos nas duas praias e agora poderemos constatar que tipo de contaminantes as pessoas estão tendo contato. A Sabesp diz que isso não é esgoto. Vamos fazer em todas as praias”, disse José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da Associação Guarujá Viva (AGUAVIVA), entidade sem fins lucrativos representante da Sociedade Civil do Guarujá e da Baixada Santista.
Reunião
Esta semana, representantes da AGUAVIVA, de associações de moradores de praias estiveram na Sabesp/Guarujá.  Dentre as reivindicações apresentadas à empresa estão: criação de  um Conselho Gestor de Praias; antecipação da realização do programa caça-esgoto; construção de banheiros públicos; renovação dos equipamentos da empresa; acesso a último relatório sobre esgotos clandestinos realizado há cerca de 18 meses e de campanhas de educação e conscientização. 
Astúrias
Os representantes da AGUAVIVA aproveitaram para expor alguns problemas existentes atualmente na Praia das Astúrias. A praia passou as primeiras duas semanas de dezembro com bandeira vermelha, ou seja, imprópria para o banho, segundo critérios da Cetesb - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Uma das praias mais charmosas do litoral vive, nos últimos meses, uma crise de saneamento básico.
O alerta da Associação Guarujá Viva aponta a falta de serviços básicos que pode prejudicar a saúde de banhistas e trabalhadores. Desde agosto, a Astúrias voltou a ter esgoto clandestino. Dois homens foram gravados reabrindo uma tubulação que leva água poluída diretamente para o mar (assista o vídeo que circula nas redes sociais). O canal ilegal tinha sido fechado pela Sabesp no começo do ano.
A praia das Astúrias perdeu o único banheiro público que dispunha e ficava aberto durante o dia, ao lado do posto do Corpo de Bombeiros. A estrutura foi demolida e será transformada em estacionamento de viaturas.
A praia tem outros riscos. Diariamente cerca de 20 carrinhos de lanches, porções, pastéis e bebidas são montados ao longo dos 900 metros da orla, sem contar os vendedores ambulantes que percorrem a areia.
Os comerciantes e funcionários têm dificuldade para se hidratar ou levar as mãos. A água que eles usam é trazida de casa, ou, gentilmente cedida por prédios das proximidades. A prefeitura não oferece torneiras com água potável, embora a maioria dos comerciantes da praia manipule alimentos.
Os banhistas também não encontram chuveiros, que podem melhorar na higiene e que ajudam a refrescar nos dias quentes, que devem ser frequentes com a chegada do verão.
A Prefeitura não informa aos banhistas e comerciantes o motivo de não instalar a estrutura mínima de higiene nas Astúrias. Segundo a AGUAVIVA, praias vizinhas como Guaiúba e Tombo têm serviços como água, chuveiros e banheiros, associados ao consumo de produtos ou pagamento de taxa simbólica pelos banhistas.
 

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