19/12/2023 às 13h04min - Atualizada em 19/12/2023 às 16h01min

Dezembro Laranja acende alerta para o câncer de pele

Médicas alertam sobre cuidados, sinais e tratamento da doença

Aline Lourenço
Carol Porto
 

A pele é o maior órgão do corpo humano, logo precisa de maior atenção, porém, por vezes, passa despercebida. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a cada ano, cerca de 185 mil novos casos de câncer de pele são registrados, além disso, a enfermidade corresponde  a 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil. “A pele regula  a temperatura do corpo, e também, serve de proteção contra agentes externos, como luz do sol e calor, contra agentes infecciosos e agentes químicos (ingestão de arsênico, exposição a raios-X e rádio). Então,  é fundamental que você possa identificar as lesões de câncer de pele e, assim, buscar ajuda sempre que julgar necessário. Quando identificado precocemente,há grandes chances de cura”, ressalta a oncologista Graziela Pillo.

A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. “O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém sua incidência é maior”, explica a oncologista Mariana Cunha.

 

Então, devo parar de tomar sol?

 

 Estar em contato com a luz do sol é importante para a saúde e o bem-estar,ela é a principal fonte de vitamina D. A deficiência de vitamina D resulta em mineralização inadequada do esqueleto, sendo mais prejudicial em crianças e em situações específicas. Mas essa exposição precisa ter certos cuidados. “Os cuidados vão muito além do uso de filtro solar. É preciso ter atenção aos horários corretos para se expor ao sol, evitando ampla exposição no intervalo entre 10h e 16h, além do uso de roupas e acessórios adequados  (chapéu, boné, óculos, roupas com proteção ultravioleta, guarda-sol e sombrinha)”, frisa Graziela.

 

E atenção: Pessoas de pele clara e que se queimam com facilidade quando se expõem ao sol, com fototipos I e II, têm mais risco de desenvolver a doença, que também pode manifestar-se em indivíduos negros ou de fototipos mais altos, ainda que mais raramente. O melanoma tem origem nos melanócitos, as células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele. “Aparece  nas áreas do corpo mais expostas à radiação solar. Em estágios iniciais, o melanoma se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Nos estágios mais avançados, a lesão é mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de se espalhar para outros órgãos (metástase) e diminui as possibilidades de cura. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental. Embora apresente pior prognóstico, avanços na medicina e o recente entendimento das mutações genéticas, que levam ao desenvolvimento dos melanomas, possibilitaram que pessoas com melanoma avançado hoje tenham aumento na sobrevida e na qualidade de vida. A hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. O risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau”, revela Mariana.

 

Fui diagnosticado, e agora? 

 

O diagnóstico de câncer de pele leva em conta aspectos clínicos da lesão, como a coloração e  forma, e é, de fato, confirmado por meio do resultado da biópsia da própria lesão.  “O tratamento inicial de câncer de pele consiste na retirada cirúrgica da lesão e, eventualmente, de tecidos ao redor, como linfonodos. Quimioterapia, radioterapia, terapias alvo-dirigidas e a imunoterapia são recursos terapêuticos que podem ser utilizados de acordo com a identificação de qual o tipo de câncer de pele o paciente apresenta especificamente, como melanoma, carcinoma basocelular ou carcinoma espinocelular, e de quão avançado estava o câncer quando ele foi diagnosticado.Todos esses critérios são muito importantes para determinar o tratamento e o prognóstico depois que a lesão foi retirada”, esclarece Piló.

 

Dessa forma, a prevenção sempre é a melhor opção. “ Adotar cuidados para evitar a exposição excessiva ao sol. Fazer um autoexame de pele regularmente e observar se há alguma mancha, lesão, ferida, sinal ou pinta nova ou que apresente alguma modificação. Não se esqueça de examinar também a palma das mãos, os vãos entre os dedos, a sola dos pés e o couro cabeludo. Ir ao médico regularmente, principalmente, se tiver casos de câncer de pele na família, pois a hereditariedade é um fator de risco para a doença”, finaliza Cunha.



 

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