15/12/2023 às 15h40min - Atualizada em 18/12/2023 às 16h01min

Como evitar retrocessos no avanço feminino no universo corporativo

Por Pam Stracke, CEO e cofundadora da KIWI*

Luiza Menezes
Pam Stracke, CEO e cofundadora da Kiwi, Crédito da imagem Jade Scarlato

Dados mostram que mulheres representam 38% dos cargos de liderança no Brasil. Mesmo que pareça pouco, há um avanço, em 2019, esse índice era de 25%. Como consultora de inovação e solução para problemas complexos com foco em humanização, diversidade e sustentabilidade, acredito que gestores e empresas precisam ter consciência que para qualquer mudança é necessário investir tempo e dinheiro. 

Para manter e/ou crescer a presença feminina e igualitária no mundo corporativo é preciso envolvimento não só do setor de recursos humanos/gestão de pessoas, mas também da diretoria, das lideranças e conselhos, engajados com a causa. Não existe uma fórmula mágica, são necessárias diversas ações e ferramentas e o engajamento de todos os colaboradores para ter resultados expressivos

Para que o avanço feminino no universo corporativo continue, há algumas iniciativas que inspiram e ajudam empresas a seguirem com suas jornadas no crescimento da presença mulher no mercado de trabalho e em cargos de liderança.

A primeira delas é a flexibilidade entre trabalho e vida pessoal. O capital humano é fundamental para o crescimento econômico dos negócios e o talento feminino também faz parte disso. Tornar o ambiente mais saudável com iniciativas para que mulheres permaneçam no mercado de trabalho é mais que necessário. Por isso, mais que atrair talentos, é preciso mantê-los. Assim, alguns caminhos a serem seguidos são: pensar e desenvolver políticas com jornadas flexíveis, benefícios exclusivos para mães e cuidadoras, licença maternidade adequada, ações que envolvam a parentalidade, entre outras.

Já a segunda é a criação de cultura inclusiva, com iniciativas de definição de diversidade e inclusão da empresa, com metas alcançáveis, bem como a comunicação clara para os colaboradores ajudam a ter um plano de ação com atividades que possam ser executadas. Contar com um time ou líder de diversidade e inclusão para conduzir a estratégia mostra a maturidade das empresas, que veem este ativo como um diferencial e que valoriza seus negócios pela diversidade.

E por fim, a adoção de novas práticas de trabalho. Mesmo que muitas empresas estejam voltando com o presencial, o uso de novas práticas de trabalho, até mesmo como a semana de quatro dias, em teste aqui no Brasil, são alternativas que colaboram com a flexibilidade da jornada de trabalho. 

Por isso, implementar um formato de trabalho virtual e flexível de longo prazo ainda segue sendo uma alternativa, pois isso colabora muito com a flexibilização entre a vida pessoal e o trabalho. Ter a possibilidade de adaptar os modelos de trabalho aos colaboradores de modo individual, torna mais fácil e atraente para eles permanecerem nos atuais empregos à medida que as prioridades de vida mudam.
 

 

 

*Pam Stracke é empreendedora e advogada. Mestre em empreendedorismo social pela University of Southern California, foi finalista da Athena Female Founders e é certificada em Inovação Exponencial pela Singularity University e Design Thinking pela IDEO. É CEO e cofundadora da KIWI, empresa de consultoria e treinamento de humanização que produz soluções em educação corporativa e auxilia outras empresas a avançarem em pautas ESG. Além disso, também atua como consultora de inovação e solução para problemas complexos com foco em humanização, diversidade e sustentabilidade na The Nature Conservancy.


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