Crédito com Garantia de Imóvel, também chamado de Home Equity, movimentou mais de R$ 2 bilhões em 2023

Modalidade de crédito com juros mais baixos e prazos maiores tem conquistado um número cada vez maior de clientes

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O valor concedido pelo home equity – modalidade de crédito em que o tomador oferece um imóvel como garantia – chegou a R$ 2,06 bilhões nos primeiros quatro meses de 2023, representando um crescimento de 17,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Uma das principais razões para a popularização e aumento da demanda por essa modalidade são as vantagens oferecidas aos tomadores de crédito, como melhores condições de pagamento, taxas de juros mais baixas e prazos de pagamento extensos.

De acordo com Giuliano Sarzana, fundador da H1 Partners empresa especializada em intermediar operações de crédito com garantia de imóvel, as mudanças recentes na economia brasileira têm um impacto direto na forma como os brasileiros obtêm crédito e fazem investimentos. O mercado imobiliário continua aquecido em várias capitais, o que impulsiona a demanda por construção e venda de imóveis em um crescimento constante. Além disso, o home equity é uma fonte de financiamento muito interessante não apenas para o setor imobiliário, mas também para todos os empresários de pequenas e médias empresas. “Hoje é quase impossível para um empreendedor conseguir recursos em uma instituição financeira quando abre sua empresa, com a opção do home equity, este empreendedor consegue capital para investir e tempo para pagar, até o negócio decolar” – afirma Giuliano.  

Com a crescente relevância do home equity, mudanças na legislação em andamento podem contribuir para sua expansão. Um exemplo é o Marco Legal das Garantias, que está sendo discutido em Brasília. Essa proposta de lei tem como objetivo reformular as normas que regulamentam as garantias de empréstimos, tornando mais fácil e barata a obtenção de crédito e reduzindo os riscos de inadimplência. O projeto estabelece regras e prazos para intimação eletrônica em caso de dívidas não pagas, além de reduzir os custos das operações e os juros dos financiamentos. Em outras palavras, o Marco Legal das Garantias garantirá a execução dos contratos estabelecidos no crédito imobiliário, permitindo oferecer juros cada vez mais competitivos para pequenas e médias empresas, pessoas jurídicas e pessoas físicas. Os clientes também poderão se adaptar mais facilmente aos prazos de pagamento, evitando a inadimplência.

Com todo esse cenário, a economia do país cresce, com a geração de riquezas e empregos. Por outro lado o mercado financeiro tem maior segurança na concessão de crédito e pode ofertar juros mais baixos. Todos ganham.
 

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