12/12/2023 às 16h41min - Atualizada em 12/12/2023 às 20h11min

A COP28 é importante. Fique por dentro! 

Vera Cristina Scheller dos Santos Rocha e  Franciele Marilies Estevam (*) 

Valquiria Cristina da Silva Marchiori
Rodrigo Leal

Quem acompanha os noticiários diariamente sabe que as questões climáticas estão em destaque há algum tempo, tanto nos jornais locais, quanto nacionais. Os eventos extremos, como as chuvas intensas no Sul e Nordeste do Brasil, o calor acima da média, no Sudeste e Centro Oeste brasileiro e a seca histórica registrada no Norte do país estão ocorrendo com maior frequência. 

Se não bastasse esses eventos, nos últimos quatro meses, tivemos os registros no Brasil de tornados, chuvas de raios, chuvas de granizo, ventanias e tempestades espalhadas por todo país, além do recorde no aumento das temperaturas. Tendo em vista que o mês de setembro, de acordo com o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), destacou-se por apresentar temperaturas 1,6º C acima da média histórica de 1991 a 2020, sendo o maior desvio entre a diferença do valor registrado e a média histórica. 

Podemos e devemos nos preocupar com esses eventos, tanto que existem discussões entre grandes personalidades, políticos, cientistas e estudiosos sobre o tema desde 1992, quando iniciaram as COPs - Conferência das Partes da Convenção - Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC). Essas conferências tratam os temas das mudanças climáticas que estão acontecendo e que ainda poderão ocorrer e possíveis medidas que os países podem tomar para evitá-las.  

Nesta 28ª edição da COP, iniciada no dia 30 de novembro e que termina em 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. É importante ficarmos atentos às discussões que ocorrerão nesta conferência, pois ela determinará o desafio dos países, nos próximos anos, em relação as ações sobre as mudanças climáticas em todo planeta. 

Nos primeiros dias da COP28, percebemos discussões importantes acerca da criação de um fundo voluntário de perdas e danos, para ajudar principalmente os países pobres a se adaptarem ao novo clima e também servir como uma compensação pelos danos climáticos que tiveram em decorrência dos países desenvolvidos. Esse fundo prevê aportes de cerca de 100 bilhões (qual moeda) por ano, o que segundo cientistas seria muito inferior aos recursos que seriam realmente necessários para essa ação. 

O Brasil lançou um plano de transformação ecológica, com uma proposta de globalização mais sustentável e inclusiva e o Plano Florestas Tropicais para Sempre, com base na criação de um instrumento financeiro para compensar os países que preservam as suas florestas.  

E em um momento de discussões acerca das mudanças climáticas, visualizamos um convite inusitado para que o Brasil integre a OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e o aceite pelo governo federal.  

Tivemos também o anúncio da doação de cerca de 215 milhões de reais para o Fundo Amazônia pelo Reino Unido, lembrando que esse fundo financia ações de redução de gases do efeito estufa, que são emitidos pela degradação florestal e pelo desmatamento. 

E seguimos na expectativa das próximas discussões e ações que serão tomadas até o fim da COP28, tendo em vista que como já estamos vivenciando e sofrendo com as mudanças climáticas, agravadas ainda mais pela anomalia climatológica El Niño, com certeza as ações definidas neste evento chamará muita atenção da população global.  

Enquanto não temos ações certeiras e soluções favoráveis para a redução dos gases do efeito estufa e consequentemente minimização dos efeitos das mudanças climáticas em escala global, temos que fomentar ações em nossa comunidade visando as mudanças necessárias para diminuirmos os efeitos dessas alterações no clima que tanto impactam as nossas vidas, e dessa forma, alcançar uma conscientização de toda a população. 

(*) Franciele Marilies Estevam é Bacharel e Licenciada em Geografia, especialista em Gestão de Projetos, professora dos cursos de Geografia do Centro Universitário Internacional UNINTER. 

Vera Cristina Scheller dos Santos Rocha, é Licenciada em Geografia e Especialista em Gerenciamento de Recursos Ambientais e em Educação Ambiental, professora dos cursos de Geografia do Centro Universitário Internacional UNINTER.  


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