12/12/2023 às 12h40min - Atualizada em 12/12/2023 às 20h03min

Como lidar com a tristeza no fim de ano

No período que antecede as festas de Natal e Ano Novo, muitas pessoas sofrem com a depressão e a ansiedade. Veja como identificar a síndrome do final de ano.

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O fim de ano é uma época de celebração, reencontro e planos para muitas pessoas. Mas nem todos se sentem felizes e motivados nesse período. Pelo contrário, há quem experimente uma tristeza profunda, uma irritação constante, um cansaço inexplicável e um vazio existencial. Esses são alguns dos sinais de que algo não vai bem com a saúde mental. 

Embora a “síndrome do fim de ano” não seja um diagnóstico oficialmente reconhecido, ela é um termo que descreve um conjunto de sintomas que algumas pessoas podem experimentar durante esse período, relacionados à ansiedade e ao estresse. Os sintomas podem incluir irritabilidade, insônia, preocupação excessiva, dificuldade de concentração e alterações no apetite. Existe uma grande pressão social nesta época do ano para que as pessoas estejam felizes, mas isso pode ser prejudicial se for excessivo. 
 
De acordo com a pesquisa da International Stress Management Association, 80% das pessoas enfrentam estresse durante esse período. Isso pode ser atribuído ao aumento de tarefas, sobrecarga, pensamentos incessantes, ritmo acelerado no trabalho e as férias escolares, além das projeções para o próximo ano. 

O nível de estresse aumenta em média 75% em dezembro. A pesquisa, que contou com a participação de mais de 600 pessoas entre 25 e 55 anos, revela que 75% das pessoas ficam mais irritadas, 70% mais ansiosas, 80% sentem tensão no corpo e 38% têm problemas para dormir. 

Todo o ritual associado ao fim do ano pode levar a um alto nível de estresse emocional, que pode desencadear crises de ansiedade ou depressão. Isso pode ser particularmente delicado para aqueles que já convivem com algum transtorno mental. Portanto, é importante se planejar e aprender a gerenciar a pressão dessa época do ano para manter a saúde mental. 
 
A depressão e a melancolia no fim de ano são quadros comuns, que podem ter diversas causas. Algumas delas são: a frustração por não ter realizado os objetivos do ano, a lembrança de perdas ou traumas, a dificuldade de lidar com as expectativas familiares, a solidão ou o isolamento social, entre outras. 

Segundo a psicóloga Silvia Rezende, especialista em terapia cognitivo-comportamental, é importante reconhecer os sentimentos negativos e buscar ajuda profissional. “Muitas vezes, as pessoas tentam esconder ou negar a tristeza, achando que é uma obrigação estar feliz no fim de ano. Mas isso só piora a situação, pois aumenta o sofrimento e a culpa”, afirma. 

Além disso, é importante lembrar que não precisamos lidar com tudo sozinhos, pedir ajuda é um ato de coragem. “Se você sentir que a tristeza é mais do que apenas pontual, ou se é um agravamento de uma tristeza mais latente, conversar com um profissional de saúde mental pode ajudar a trabalhar essas emoções”. 

Silvia destaca que uma rede de suporte saudável, muitas vezes amparada por um profissional de saúde mental oferece tratamento, mas também um plano de segurança para enfrentar as previsíveis turbulências culturais deste período. 

Portanto, é importante se planejar e aprender a manejar a pressão dessa época do ano. A psicóloga dá algumas dicas para driblar o desânimo e aproveitar melhor o fim de ano: 
 
  • Não se afaste das comemorações, mas respeite seus limites e vontades. Você não precisa participar de todas as festas, mas também não precisa se isolar completamente. Escolha os eventos que mais lhe agradam e que lhe façam bem. 
  • Faça um balanço positivo do seu ano, valorizando as conquistas e aprendizados que teve, por menores que sejam. Reconheça seus esforços e méritos, e não se compare com os outros. 
  • Estabeleça metas realistas e possíveis para o próximo ano, sem se cobrar demais ou se frustrar por antecipação. Lembre-se de que cada um tem seu tempo e seu ritmo, e que o importante é seguir em frente. 
  • Cuide da sua saúde física e emocional, praticando atividades que lhe proporcionem prazer, relaxamento e bem-estar. Alimente-se bem, durma bem, faça exercícios, medite, leia, ouça música e assista a filmes. São alternativas que ajudam a lidar com o momento. 
  • Busque apoio nas pessoas que lhe amam e lhe apoiam, como familiares, amigos e parceiros, por exemplo. Compartilhe seus sentimentos, peça ajuda, ofereça ajuda. A solidariedade e a gratidão são sentimentos que fortalecem os laços afetivos e a autoestima. 
 
“É crucial lembrar que cada pessoa é única e o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. Portanto, encontrar o que funciona para você é a chave.”, reforça. 

Por fim, é importante lembrar que é perfeitamente normal buscar ajuda profissional se você estiver se sentindo sobrecarregado. Os profissionais de saúde mental estão lá para ajudar e podem fornecer as ferramentas e estratégias necessárias para lidar com o estresse e a ansiedade 


 

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