DivulgaçãoÉ essencial que nos preparemos para um novo contexto previdenciário nas próximas décadas. O cenário atual difere muito de antigamente. Em 1980, apenas 6,1% da população brasileira tinha mais de 60 anos. Naquela época, o país caracterizava-se por uma população jovem, uma economia em acelerado desenvolvimento e um aumento dos benefícios sociais.
Atualmente, vivemos uma realidade distinta. Com o envelhecimento populacional, torna-se imperativo adaptar-se a um cenário que exige mais cuidados com os idosos. Nesse sentido, o governo informa que está revisando políticas públicas e planejando estratégias para atender a essa crescente parcela da população. E a preocupação procede: especialistas alertam para um possível colapso da previdência social. Projeções indicam que, em 2060, poderá haver um déficit de R$ 3,3 trilhões, com idosos acima de 65 anos representando cerca de 25% da população total.
Considerando a fragilidade da previdência pública e o fato de que apenas 7,2% dos brasileiros investem em previdência privada, um futuro com qualidade de vida para todos parece incerto. Embora medidas como a Reforma da Previdência de 2019 tenham sido implementadas, elas parecem servir apenas para atenuar o déficit previdenciário previsto. E os estados do Sul do Brasil, segundo o IBGE, serão os primeiros a sentir os impactos do envelhecimento populacional, região onde a expectativa de vida é mais elevada.
O Ministério da Previdência apresenta previsões preocupantes, destacando a importância de planejar a aposentadoria de forma independente. As receitas do INSS estão aquém das despesas, uma situação agravada pelo aumento da proporção de idosos e pelo crescimento no pagamento de benefícios.
Diante disso, a educação financeira ganha relevância, especialmente ao pensarmos no futuro. Os jovens, mais do que nunca, devem tomar a iniciativa de realizar investimentos a longo prazo. É crucial discutir e conscientizar sobre a importância de iniciar investimentos desde cedo. E esse processo deve começar com os pais e estender-se aos filhos. A previdência privada já se encontra acessível a uma grande parte da população, com investimentos iniciais a partir de R$ 50. Além disso, há benefícios tributários ao destinar recursos para esse fim.
Se você, assim como muitos brasileiros, planeja depender da previdência pública na aposentadoria, é hora de repensar seus planos. É o momento de estabelecer a segurança previdenciária como uma prioridade. Economize e invista em uma previdência complementar para garantir qualidade de vida para você e sua família no futuro.
Ivecio Felisbino Filho | [email protected]
Diretor Presidente |Fundação Celesc de Seguridade Social
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