08/12/2023 às 01h54min - Atualizada em 08/12/2023 às 01h54min

Audi Q8 ganha reestilização de meia-vida, ganha mais equipamentos e fica mais tecnológico

Ajuste fino

A Audi escolheu o Salão de Munique, cidade da BMW, para mostrar a reestilização de seu maior SUV, o Q8.  O modelo passou por diversas atualizações, principalmente na estética e nos equipamentos internos. Na Europa, o modelo já está nas concessionárias, com o modelo Q8 TFSI 55 custando a partir de 94 mil euros, cerca de 500 mil, e vai até os 129 mil euros, ou R$ 685 mil, do S Q8. No Brasil, a marca ainda desova os últimos exemplares do modelo 2023, com a cara antiga, a partir de R$ 713.990, também na versão Q8 TFSI 55, com o motor 3.0 turbo de seis cilindros, e vai até R$ 1,25 milhão do RS Q8, com um 4.0 V8 biturbo.
O SUV grande da marca de luxo do Grupo Volkswagen foi lançado em 2018 para ser uma alternativa mais esportiva ao desengonçado Q7, mas também compartilhando a plataforma do Porsche Cayenne e do Volkswagen Touareg. Agora, o modelo dá um passo à frente e recebe uma atualização que rejuvenesceu o visual e deixou o interior mais tecnológico e confortável, com ofertas de motores diesel e a gasolina. A convite da Audi, o modelo reestilizado pôde ser posto à prova por estradas na região Emilia-Romagna, passando por cidades como Bolonha, Modena e Reggio Emilia.
As mudanças feitas no Audi Q8 em comparação com sua versão anterior são imediatamente perceptíveis. A grade no estilo bocão, ou Single Frame como define a fabricante, é verdadeiramente imponente: o impacto visual da frente, projetada à frente e completamente em preto, é realmente agradável e transmite uma sensação de agressividade e esportividade que se espera da marca alemã. Também vale a pena mencionar as novas entradas de ar superdimensionadas adicionais e as luzes em matriz de led de alta definição com tecnologia Spot Laser, que ajusta os faróis altos a partir de uma leitura em laser dos carros à frente na estrada.
A parte inferior abaixo da grade dianteira ganhou uma estreita entrada de ar e as novas rodas de liga leve são oferecidas em cinco estilos diferentes, com tamanhos que variam de 21 a 23 polegadas. As saídas de escape, que antes tinham a mesma cor da saia traseira e ficavam meio ocultas, agora ganharam um certo destaque, com ponteira em alumínio. Algumas mudanças também foram feitas nos desenhos internos da lanternas traseiras em oled. Abaixo do friso em led que interliga as duas lanternas, uma guarnição em preto brilhante traz o novo logotipo impresso, como já acontece com a versão elétrica Q8 e-tron. Como se trata de um face-lift, não houve alteração significativa nas dimensões. Elas permanecem com 4,99 metros de comprimento, 2,00 m de largura (2,19 m com retrovisores), 1,70 m de altura e 3,00 m de entre-eixos. Em relação à paleta de cores, a novidade fica por conta da cor dourada Sakhir.
Os ambientes internos mantêm as características que a Audi vem consolidando nos últimos anos e que já estavam presentes no Q8 anterior. A começar pelo volante em couro de três raios, o painel de instrumentos digital, o console-ponte ao centro que abriga as opções de climatização e a alavanca de câmbio e por fim a dupla tela central sensível ao toque de 10,1 e 8,6 polegadas para a central multimídia, que foi atualizada e integra aplicativos como YouTube, Spotify e Amazon Music. 
Alguns acabamentos foram refeitos e certo detalhes, revistos. Não se trata exatamente de uma melhora. As mudanças servem mais como um registro desta renovação do modelo. Na lista de equipamentos de série foram acrescentados bancos dianteiros aquecidos e carregador sem fio para smartphones. Diante do motorista, o cockpit de 12,3 polegadas tem novas animações em relação aos sistemas de assistência ao motorista e, por conta da resolução Full HD, ficou bem mais claro e visível durante a condução. A Audi também oferece nove personalizações internas, incluindo molduras de alumínio e carbono.
Na parte de motorização, o modelo disponibiliza dois motores a gasolina, que são os únicos que serão trazidos para o Brasil. O menor é o 55 TFSI, um L6 de 3.0 litros, que conta com tecnologia mild-hybrid de 48 volts. Ele rende os mesmos 340 cv e 51 kgfm da versão atualmente vendida no Brasil. Já o S Q8 TFSI traz o mesmo motor 4.0 litros V8 do RS Q8 vendido por aqui, com os mesmos números de potência e torque: 507 cv e 78,5 kgfm. Esse deve ser o mesmo propulsor das novas versões RS Q8, que assim como as variantes híbrida plug-in, ainda não estão ao mercado.

Impressões ao dirigir
Ganho dinâmico

Para o teste, foi escolhido um trajeto de cerca de apenas 100 km. Um tanto curto, mas marcado pelo grande prazer de condução proporcionado pelo maior SUV produzido pela marca de Ingolstadt. A insonorização contra ruídos externos é excelente, enquanto a suspensão pneumática esportiva adaptativa, equipamento de série, faz seu trabalho de forma notável, principalmente em percursos caracterizados por buracos e lombadas.
A sensação de conforto de direção e a facilidade de ajustar o volante e o banco de acordo com as medidas do condutor são de alto nível. Para o consumidor, um recurso muito prático é que todas as configurações podem ser memorizadas e associadas a cada uma das chaves. Basta destravar o carro para ele assumir as regulagens armazenadas.
Além da suspensão pneumática, a estabilidade e dirigibilidade do Q8 é incrementada por rodas traseiras com esterçamento de 5 graus – no sentido das rodas dianteiras em baixas velocidades, para facilitar as manobras, e no sentido contrário em altas velocidades, para reduzir o ângulo das curvas. Outro ponto que ajuda nesse sentido é a tração integral. O carro se mostrou extremamente rápido, com máxima de 250 km/h, e ágil, com um zero a 100 km/h em 5,9 segundos, auxiliado pela presença do sistema híbrido, apesar do peso considerável do modelo, em torno de 2.200 kg.

REESTILIZAÇÃO DO AUDI Q8 por Luca Basso infomotori.com/Itália | exclusivo no Brasil para Auto Pres

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