Câmara Municipal confere título de cidadã ribeirão-pretana à jornalista Dulce Neves

A jornalista Dulce Maria das Neves, recebe no dia 14 de dezembro, o título de cidadã ribeirão-pretana, em solenidade que será realizada às 20h, no plenário da Câmara Municipal (avenida Jerônimo Gonçalves, 1.200 - Centro). O projeto de reconhecimento foi proposto pelo vereador Dr Carlos Rua Minas e aprovado em outubro em votação na Câmara.

Paranaense nascida no município de Nova Aurora, Dulce Neves é filha dos agricultores Luiz Batista das Neves (in memorian) e Ana Maria das Neves.  Ela chegou a Ribeirão Preto em 1996, aos 27 anos. Formou-se em Jornalismo pela Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto) e tem três filhos: Tâmisa, Estêvão e Abranche Filho. É casada com o engenheiro e empresário Abranche Fuad Abdo.

A jornalista se define movida pelas artes - cinema, teatro, dança, música, literatura e pelos sonhos que a traduzem. Ao longo de sua trajetória na cidade, levou essas paixões para a vida profissional. Atuando como empreendedora cultural: foi vice-presidente da Associação Musical de Ribeirão Preto, mantenedora da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, entre 2010 e 2012; presidente da Fundação D. Pedro II (2012-2016); ajudou a fundar a Alma – Academia Livre de Música e Artes em 2014 - onde é presidente até hoje; assumiu o cargo de secretária municipal da Cultura, em 2016 e, em 2017, foi nomeada, inicialmente, como vice-presidente da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto e logo em seguida, como presidente da instituição. São mais de 20 anos de participação ativa no desenvolvimento cultural da cidade. 

Na Alma, lidera um trabalho que propicia ensino e aperfeiçoamento técnico musical a cerca de 450 crianças e adolescentes de forma gratuita. A academia possui polos em Ribeirão Preto, Guará e São Joaquim da Barra. Na Fundação do Livro e Leitura, ela está à frente do propósito de transformar as pessoas através da leitura e da literatura e acredita que o universo das palavras é a viagem para tornar o mundo e a vida melhor para todos e garante “luta para que este acesso seja cada vez mais democrático”.

Além dos cargos de gestão junto à cultura, Dulce Neves foi organizadora do livro e documentário “Memórias de um Theatro: o fio da história”, que apresenta memórias de pessoas que se relacionaram com o Theatro Pedro II ao longo de sua história. Ela também idealizou a produção da Ópera “O Morcego”, de J.Strauss, e o primeiro livro infantojuvenil sobre o Theatro, intitulado “Pedro II - a história de um Homem e um tHeatro com agá maiúsculo”, autoria de Alexandre Azevedo e ilustrações de Cordeiro de Sá.

Foi durante a gestão de Dulce na Fundação D. Pedro II, que o teatro passou a ser do município. “O prédio pertencia ao Estado e fizemos a campanha “O Pedro II é nosso!”, que teve apoio da imprensa e do setor cultural, até que conseguimos a cessão do espaço pelo governador Geraldo Alckmin. Sinto muita alegria em ter conquistado este patrimônio para a cidade”, afirma. 

Em 2022, Dulce Neves foi indicada ao Prêmio do Governo do Estado de São Paulo para as Artes e ficou entre os nomes selecionados para a final da premiação na categoria “Mostras, Festivais, Mercados e Eventos Culturais”. “Ter a oportunidade de transformar vidas, fazendo com que as pessoas evoluam por meio da educação e das artes, não tem preço. É uma realização pessoal e profissional", celebra. 

Dulce Neves também adotou Ribeirão Preto como se fosse sua terra natal e na sua avaliação, a cidade é completa. “Ribeirão é vida, orgânica, ativa, inovadora. É uma cidade com muita potencialidade e ainda vai nos dar muitas alegrias”. A nova cidadã atribui a riqueza cultural e artística da cidade como a sua grande sala de aula na vida. “Aqui, encontrei oportunidades para trabalhar pela arte e pela cultura e pude me expressar com liberdade. Minha maior gratidão a essa cidade vem em palavras, em ações e em contribuições significativas para o bem comum. Aqui é meu lar, onde nasceram meus filhos. Sou eternamente grata a Ribeirão”, atesta Dulce Neves. Receber o título de cidadã ribeirão-pretana representa a aceitação calorosa da comunidade e isso é algo que ela garante: “sempre vou valorizar”.