05/12/2023 às 14h16min - Atualizada em 06/12/2023 às 00h01min

Dezembro Laranja reforça as atitudes simples para combater o câncer de pele no Brasil

Campanha estimula a prevenção e mudanças de hábitos, como o uso diário de fotoprotetores, e atenção redobrada às alterações que surgem na pele

MXP Comunicação Ltda
Divulgação

Os alertas vermelhos emitidos pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), para sinalizar condições excepcionais de calor durante a primavera, tendem a se intensificar também na próxima estação. Muito antes do verão, porém, os dermatologistas têm expressado preocupação com novos casos de câncer de pele que associam a exposição, sem proteção, aos raios solares UVA e UVB. “A campanha Dezembro Laranja vem como uma ação fundamental para conscientizar a população sobre a doença”, afirma a dermatologista Anelise Dutra. Mas as estatísticas apresentadas pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), destaca a médica, reforçam a necessidade de cuidados em qualquer época do ano.

Segundo o Inca, o câncer de pele responde por 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil. A cada ano, surgem cerca de 185 mil novos casos. O tipo mais comum, o câncer de pele não melanoma tem baixa letalidade. No entanto, anualmente, são 177 mil novos diagnósticos da doença. Mais raro e letal, o melanoma é o tipo mais agressivo, com 8,4 mil casos ao ano.

Ano após ano, a campanha Dezembro Laranja é realizada como forma de alertar para a perigosa relação entre exposição solar e tumores cancerígenos. “As pessoas que se expõem ao sol por longos períodos, especialmente aquelas de pele, cabelos e olhos claros, constituem o grupo de maior risco de ter o câncer de pele não melanoma”, diz Anelise.

Para o dermatologista Dário Rosa, observar sinais que surgem na pele é fundamental. “Uma mancha, uma ferida que não cicatriza, pintas e mesmo lesões de aparência brilhante e elevada indicam que o momento é de procurar um médico”, afirma. “O câncer de pele, se diagnosticado precocemente, tem mais de 90% de chance de cura”, completa.

Os cânceres de pele não melanoma, os mais incidentes, são classificados como carcinomas basocelulares (CBC) e carcinomas espinocelulares (CEC). Em geral, o CBC se apresenta como uma pápula vermelha brilhosa, com uma crosta central, podendo sangrar com facilidade. Face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas são locais de maior prevalência. O CEC tem coloração avermelhada e se parece com uma verruga ou ferida espessa e descamativa, que não cicatriza. É comum em áreas do corpo expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo e pescoço.

Menos frequente, porém com alto índice de mortalidade, o melanoma costuma ter a aparência de pinta ou sinal em tons acastanhados ou enegrecidos, que mudam de cor, formato ou tamanho.

Engana-se quem pensa que somente os adultos são vulneráveis aos efeitos nocivos do sol. Segundo os dermatologistas, nos primeiros 10 anos, e até os 20 anos de idade, a exposição aos raios solares é cumulativa. “Este fator potencializa os riscos de câncer de pele na fase adulta e mesmo na velhice”, destaca Anelise Dutra.

Na tentativa de reverter as estatísticas divulgadas pelo Inca, os especialistas concordam que a prevenção é a atitude mais indicada contra o câncer de mama. “E tudo começa com a aplicação de filtros adequados a cada tipo de pele e com Fator de Proteção Solar (FPS) ajustado aos horários e às condições de exposição ao sol”, indica Dário Rosa.

Mas se engana, mais uma vez, quem acredita que a aplicação de fotoprotetores contra os efeitos nocivos dos raios UVA e UVB é um hábito corriqueiro entre os brasileiros. “No consultório, 90% dos pacientes relatam não utilizar ou usar incorretamente os filtros solares. E neste grupo, os homens são maioria”, diz Anelise Dutra.

Além dos filtros solares, roupas, chapéus e bonés, óculos de sol e outros acessórios podem limitar a incidência dos raios solares sobre a pele. “Não se deve esquecer que hidratação e alimentação equilibrada também são fundamentais e merecem toda a atenção”, pontua Dário Rosa.

 

Para cada período, um cuidado

 

Os dermatologistas Anelise Dutra e Dário Rosa elaboraram uma tabela com horários e recomendações para quem se expõe ao sol.

 

* Das 6h às 8h e das 16h às 17h

As consequências da exposição ao sol nestes horários são reduzidas.

 

* Das 8h às 9h e das 15h às 16h

Aplique filtro solar com FPS 30.

 

* Das 9h às 11h e das 14h às 15h

Aplique filtros com FPS 30 a 50. Use camisa com proteção solar, óculos com lente de filtro solar, chapéus ou bonés. Reaplique o fotoprotetor a cada 3 ou 4 horas.

 

* Das 11h às 12h e das 13h às 14h

Evite sair nestes horários. O filtro deve ter FPS acima de 50. Use roupas com filtro solar, óculos, chapéus ou bonés. Repasse o protetor na pele a cada 3 ou 4 horas.

 

* Das 12h às 13h

Evite se expor ao sol neste período. Aplique filtro com FPS acima de 50. Roupas com filtro solar, óculos, chapéus e bonés são fortemente recomendados. Na praia ou piscina, repasse o fotoprotetor a cada 2 ou 3 horas.

 


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