Resumo:
- Segundo análise do Instituto Sonho Grande, escolas de Ensino Médio Integral no Mato Grosso do Sul registraram reprovação escolar 44% menor do que nas regulares;
- Os dados avaliados são do Censo Escolar de 2022, divulgados pelo Inep; - Ensino Médio Integral está presente em cerca de 118 escolas e beneficia mais de 14 mil estudantes.Um levantamento feito pelo Instituto Sonho Grande, com base nos últimos dados do Censo Escolar, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), em 2023, mostra que a reprovação escolar em escolas de Ensino Médio Integral do Mato Grosso do Sul é 44% menor do que nas escolas regulares (7,7% e 13,7%, respectivamente). A análise ainda constata que nas escolas integrais a taxa de abandono escolar é 15% menor do que nas regulares (4,3% nas integrais contra 5,1% nas regulares).
O Ensino Médio Integral é uma proposta pedagógica multidimensional, pública e gratuita. A partir de um modelo de ensino que se conecta à realidade dos jovens e ao desenvolvimento de suas competências cognitivas e socioemocionais, propõe a formação integral dos estudantes. Trabalha pilares como projeto de vida, aprendizado na prática, tutoria, protagonismo juvenil, acolhimento, orientação de estudos e eletivas, que promovem a formação completa do estudante, junto aos componentes curriculares já previstos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Tempo Integral
Em 2016, o governo federal lançou a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI), que garante aos estados o repasse de R$ 2 mil por aluno/ano durante o período de 10 anos mediante o cumprimento de critérios estabelecidos pelas portarias. No Plano Nacional de Educação, a expansão do EMI corresponde à Meta 6 e prevê a oferta em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos jovens da Educação Básica até 2024.
Em julho deste ano, o Governo Federal aprovou a Lei nº 14.640/2023, que cria o Programa Escola em Tempo Integral, cujo objetivo é investir R$ 4 bilhões para ampliar o número de matrículas de tempo integral. Até 2026, a proposta é que estados, municípios e o Distrito Federal alcancem 3,2 milhões de matrículas.
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