Foto: Nilio Portella, cofundador do M&P GroupO chamado “Inverno das Startups” nunca foi um termo que eu gostei de usar, mas isso não quer dizer que fechei os olhos para o período mais cauteloso do mercado, afinal, isso sempre fez parte da minha tese: análise minuciosa das startups e do momento oportuno para investir. Fato é que a primavera chegou há pouco tempo e será que o mercado vai florear para as startups também?
O cenário para os investimentos de venture capital e private equity voltaram a ganhar fôlego e a previsão para os próximos meses é positiva, avaliam especialistas. Segundo dados do relatório do Distrito, agosto foi o melhor mês do ano para investimentos de VC, foram 41 aportes em startups brasileiras,totalizando US$ 327,2 milhões. Listei abaixo alguns motivos para acreditar na “primavera das startups”, veja:
Estamos vendo uma melhora no cenário econômico com a queda de juros e da inflação e isso também reflete no mercado de Inovação, que deve continuar a retomada nos investimentos de venture capital e private equity em 2024.
Nos últimos anos presenciamos uma gigantesca onda de oportunidades para investir em startups, porém fatores como a pandemia e alta dos juros prejudicaram o boom que o setor está vivendo. Com o avanço da pandemia, as startups foram obrigadas a repensar seus planos, fazer layoffs e os investidores também passaram a ter mais cautela na hora de aportar, com isso, alguns negócios não foram fechados. Agora, será necessário um novo ciclo, de pelo menos mais um ano, para que o mercado se recupere de fato.
Para que tenhamos novos unicórnios no Brasil e na América Latina como um todo, é preciso que surjam cada vez mais VCs locais focados em rodadas mais avançadas como de Série B e Série C. Mas não há dúvidas de que em 2024 vamos ter novos anúncios de unicórnios brasileiros, porém temos que entender que os resultados do próximo ano se devem a uma construção de longo prazo.
O jejum de novos IPOs em 2022 e 2023 foi o maior já vivido na Bolsa brasileira desde 2004. No entanto, esse cenário deve começar a mudar devido ao patamar econômico que o país se encontra, principalmente, com o PIB crescendo acima das projeções e há uma expectativa do mercado para novas aberturas de capital ainda em 2023 e início de 2024.
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