28/11/2023 às 11h02min - Atualizada em 28/11/2023 às 20h29min

Reciclagem ética: uma questão social

No Brasil, existem cerca de 800 mil catadores de lixo reciclável onde pelo menos 70% são mulheres

Amanda Belo Abilio
SIG
Os dados do último Diagnóstico de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos do Brasil revelam que o país gera mais de 80 milhões de toneladas de lixo todos os anos e recicla menos de 4%. Infelizmente, mais de 70% dos brasileiros não separam o lixo em comum e reciclável, segundo uma pesquisa do Ibope. E, ao falarmos em reciclagem, vem a preocupação em como essa cadeia funciona no país e em quais condições estão os trabalhadores que trabalham com ela.

Segundo levantamento do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), cerca de 800 mil agentes ambientais, popularmente conhecidos como catadores de lixo reciclável, estão em atividade no Brasil, desses, pelo menos 70% são mulheres. Empresas como a SIG, especializada em envase e embalagens cartonadas, têm apoiado programas que visam transformar esse cenário. Para Isabela de Marchi, Gerente de Sustentabilidade da SIG na América do Sul, a empresa tem como objetivo promover uma cadeia ética, comprometida com o meio ambiente e ser uma empresa de impacto positivo. “Queremos devolver mais para o meio ambiente e sociedade do que tiramos. Por isso temos uma estratégia de circularidade com o objetivo de gerar transformação social e ambiental na gestão de resíduos no Brasil”.

Para termos uma cadeia ética, um dos primeiros passos é a conscientização do consumidor. Para que isso aconteça, a SIG possui parceria com empresas como a Menos 1 Lixo, movimento e negócio de impacto que promove a educação ambiental com o objetivo de informar e sensibilizar o consumidor, além do Programa So+ma Vantagens, que transforma resíduos recicláveis em benefícios para a população, assim engajando e recompensando esses consumidores. No primeiro semestre de 2023, foram mais de 54 mil quilos de resíduos recebidos e mais de 400 famílias inscritas no programa, que hoje conta com seis unidades da Casa so+ma no estado do Paraná - sendo a mais recente inaugurada em junho deste ano, no centro da cidade de Campo Largo. 

Outro ponto importante é a coleta, triagem e destinação desses resíduos, por isso, a SIG possui parceria com o Recicleiros Cidades desde 2018, projeto que chega aos municípios com o objetivo de integrar os processos da coleta seletiva, reciclagem e logística reserva. Presente em 16 cidades, 10 delas já em operação e outras 4 em fase de implementação, o projeto é desenvolvido pela ONG e permite que prefeituras de todos os estados tenham a oportunidade de implementar e fortalecer a política pública de coleta seletiva em seus municípios, para que haja uma reciclagem inclusiva, de alto impacto e viável do ponto de vista econômico.

Nessa cadeia, as empresas possuem papel importante ao se preocuparem e promoverem ações para que tenhamos uma reciclagem ética, em que todos os pontos dela sejam respeitados. Elas precisam estar engajadas e atenderam de alguma forma a agenda ESG, como ocorreu recentemente o anúncio da SIG, sobre um investimento de R$ 10 milhões em uma nova tecnologia de reciclagem para aumentar o valor das embalagens cartonadas assépticas recicladas no Brasil, assim trazendo percepção de valor para os resíduos que forem coletados. Com a participação de todos esses agentes, fechando a cadeia, teremos insumos mais sustentáveis, condições de trabalho dignas aos catadores, além da uma economia de energia e água dentro da própria indústria e da preocupação de levar ao consumidor produtos que estejam agredindo menos o meio ambiente e tornando assim a matéria prima mais sustentável.

“Saber que estamos apoiando projetos tão visionários, apostando na reciclagem e oferecendo vantagens com a troca de resíduos é o que nos faz acreditar que estamos no caminho da expansão e alinhados aos objetivos da estratégia global de sustentabilidade da companhia, ampliando os índices de reciclagem de embalagens no Brasil e incentivando o comportamento das pessoas”, comenta Isabela de Marchi, Gerente de Sustentabilidade da SIG na América do Sul.

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