28/11/2023 às 10h32min - Atualizada em 28/11/2023 às 20h07min

Prática da escrita está caindo em desuso ainda que saber escrever seja requisito básico para o desenvolvimento profissional e humano

Brasileiros têm perdido o hábito de ler e escrever e, segundo estatísticas, cresce a dificuldade para interpretação de textos mais complexos

Naves Coelho
Freepik

O português é nossa língua materna. Talvez, nosso modo de falar e escrever seriam outros, caso tivéssemos sido encontrados por caravelas de outra nação medieval. Porém, não foi assim. E, com o passar do tempo, os conjuntos gramaticais, a linguagem popular, os vícios de linguagem, as onomatopeias e a forma coloquial foram se distinguindo até que Brasil e Portugal assumiram características únicas para seu método linguístico.

No mundo moderno, trazendo essa pauta para o competitivo cenário de diversas áreas profissionais, isso não foi diferente. Com as profissões cada vez mais repletas de tecnologias, hábitos fundamentais que prestam manutenção para a língua portuguesa vão ficando obsoletos. Escrever, por exemplo, já não é recorrente. Aquela escrita à mão, que exige raciocínio e prática. O motivo está na tela pela qual o leitor acompanha este texto ainda que estudos da neurociência demonstrem importância dessa habilidade ser conjugada com anotações manuscritas.

Computadores suavizaram a prática da escrita com seus softwares capazes de distinguir o que é certo e errado gramaticalmente para o vocabulário. E, com isso, a habilidade da escrita foi diminuindo e, para adultos, que já não lidam com redações letivas, foi tornando cada vez mais secundária.

Porém, independentemente da especialidade, um profissional diligente reconhece a importância de comunicar-se de maneira clara e persuasiva por meio das palavras. Porém, a preocupação com a escrita e a relação da boa redação, seja na vida profissional, seja em qualquer outro âmbito ainda é necessária. Ao menos é o que defende Marcus Vinícius de Souza, Oustanding Educator, especialista na língua portuguesa e líder da Salinha Marcus Vinícius Linguagens e Texto.

“A escrita eficaz não é apenas uma competência linguística, é um cartão de visita profissional. Claro que esse relacionamento deve ser aproximado em tudo que se desenvolva ao longo da vida, mas, quando falamos da convivência profissional, é ainda mais importante. Empregadores valorizam profissionais que conseguem articular ideias de forma coerente e convincente. Seja na redação de relatórios, e-mails ou propostas, a habilidade de se expressar com clareza e concisão é um diferencial que reflete positivamente na imagem do profissional”, argumenta.

Estatísticas também sustentam a preocupação de Marcus. Uma pesquisa apresentada pelo site G1, identificou que 73% da população brasileira até sabe ler e escrever, mas 65% têm algum nível de dificuldade. Muito pior, ainda de acordo com o estudo, 42% da população não consegue sequer compreender textos médios. Muito além, a pesquisa ainda confirma que apenas 8% dos brasileiros estão no grupo de pessoas que tem essas habilidades bem desenvolvidas. Já segundo o Inaf 38% dos universitários brasileiros são analfabetos funcionais.

De volta ao mercado de trabalho, Marcus salienta o porquê de as melhores oportunidades estarem disponíveis para quem escreve melhor. “A comunicação eficiente não apenas facilita a compreensão, mas também abre portas para melhores oportunidades profissionais. Pessoas que se destacam na escrita são frequentemente escolhidas para liderar projetos, representar a empresa em eventos importantes e assumir responsabilidades mais estratégicas. A clareza na comunicação é um indicador de profissionalismo que não passa despercebido.”

Para o especialista, o aperfeiçoamento da habilidade de escrita é um investimento pessoal que transcende fronteiras profissionais. “Cursos, workshops e práticas regulares são meios eficazes de desenvolver essa competência. Aqueles que reconhecem a importância desse investimento constante estão mais bem preparados para enfrentar os desafios e se destacar em um mercado de trabalho cada vez mais exigente”, completa.

Em última análise, Marcus destaca que escrever bem não é apenas uma questão de palavras no papel, mas é uma ferramenta poderosa para construir caminhos para o sucesso. “A relação intrínseca entre a boa redação e as oportunidades profissionais é um chamado para que os profissionais de todas as áreas valorizem e aprimorem essa habilidade, transformando-a em uma vantagem estratégica ao longo de suas carreiras”, finaliza.


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