Segundo pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 3 em cada 10 brasileiros foram vítimas de golpes ou sofreram algum tipo de tentativa de fraude ao longo de 2022. Com a chegada da Black Friday, data conhecida por oferecer promoções relâmpagos e descontos atrativos, os riscos de fraudes e golpes aumentam consideravelmente e o consumidor fica ainda mais vulnerável.
Em pesquisa realizada pela empresa de software Kaspersky, cerca de 65% dos entrevistados afirmam não saber identificar se uma página online é falsa. “Os criminosos melhoram suas técnicas de criação de sites falsos de um ano para o outro, o que torna cada vez mais difícil para o consumidor distinguir sites legítimos de falsos. É importante que o consumidor esteja atento e cumpra alguns passos básicos para fazer boas compras e evitar cair em golpes”, afirma Longinus Timochenco, Vice-Presidente de Cibersegurança da Clear It
O especialista, que foi eleito TOP Global Chief Information Security Officer no Cyber Defense Awards, oferece algumas dicas para que o consumidor saiba identificar sites falsos e fraudulentos e evite cair em golpes na internet. Confira:
Verifique o link e o domínio
A parte inicial de um link, apelidado de domínio, é usada para todas as páginas de determinado site e esse pode ser o primeiro indício de que o site é falso. Isso porque um domínio funciona como um endereço residencial e não pode ser duplicado, porém, de acordo com Longinus, os criminosos criam páginas com domínios similares, a fim de aplicar golpes em usuários desavisados ou apressados em não perder uma boa promoção. “É importante que o usuário preste atenção a escrita do nome do site e se algo estiver errado, é importante que o consumidor não prossiga com a navegação”, explica.
Procure pelo cadeado HTTPS
Os usuários que realizam frequentemente compras online estão familiarizados com o cadeado, protocolo HTTPS, que é uma camada extra de segurança usada principalmente por sites em que o usuário realiza login, pagamento ou fornece informações sigilosas. O cadeado aparece antes do endereço do site, representando que existe uma troca de dados segura entre as partes.
Se o site burla o protocolo ou oferece um grau maior de risco aos usuários, o Google, antes de abrir o site, classifica o site como “Não seguro”, bloqueando o acesso. “Quando os usuários prosseguem com a navegação, mesmo após verem a mensagem de alerta, os cibercriminosos conseguem contaminar o dispositivo com vírus em poucos segundos. Por isso, é importante que a conexão seja interrompida e o usuário coloque o site na lista de bloqueio”, completa o especialista.
Cheque o site no Google
O Google oferece uma ferramenta de verificação de autenticidade que tem como objetivo identificar sites vulneráveis e criados para roubar dados pessoais dos usuários. Para identificar se o site é seguro, o usuário pode acessar o Relatório de Transparência do Google, colar ou digitar o URL do site em que está interessado em realizar a compra e ir na opção de “status do site”. Após apertar a tecla enter, o Google fornecerá as informações que comprovam se o site é ou não seguro.
“Com a comprovação de segurança, é interessante que o usuário leia avaliações sobre a marca em portais confiáveis, como o Reclame Aqui. Empresas que aplicam golpes costumam ter um número alto de reclamações e uma baixa reputação, além de não responder os clientes”, reforça o especialista.
Observe o comportamento da página
Com o aumento de promoções e ofertas disponibilizadas pelos varejistas, o usuário precisa estar atento ao comportamento do site ao entrar nele. Apesar da alta oferta de anúncios, sites confiáveis não têm o costume de poluir suas páginas com pop-ups, banners ou alertas exagerados, isso impede a usabilidade do site e prejudica a performance do usuário.
“Os usuários que identificarem qualquer suspeita na conexão devem interromper imediatamente a navegação no site. Ativando em seguida o antivírus. Assim, caso qualquer vírus esteja se instalando, será impedido”, explica Longinus Timochenco.
Por fim, o especialista também alerta que os usuários devem manter o antivírus atualizado, assim como demais softwares, isso garante que o sistema do computador não forneça brechas para phishing e malwares, que podem terminar com o roubo de dados dos usuários.
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