24/11/2023 às 17h31min - Atualizada em 25/11/2023 às 00h00min

Momento de descartar a renda fixa? Vendas do Tesouro Direto caem 12,6% em setembro

André di Francesco destaca que os investidores têm preferido papéis de médio prazo

Fabiano de Abreu
© Divulgação / MF Press Global
As vendas de títulos públicos do Tesouro Direto registraram uma queda significativa em setembro, totalizando R$ 3,199 bilhões, uma redução de 12,6% em relação a agosto. Fatores como a instabilidade financeira global e as mudanças na taxa Selic desempenharam papéis-chave nesse cenário. 

Histórico das Vendas:

O recorde histórico mensal em março, com R$ 6,842 bilhões em vendas, contrasta com setembro, marcado por instabilidades no mercado global, diminuindo o interesse de alguns investidores. Em setembro, os títulos corrigidos pela Selic foram os mais procurados, representando 64,4% das vendas, seguidos pelos vinculados à inflação (20,5%) e os prefixados (10,4%). 

De acordo com o advogado mestre em economia, André Di Francesco, a introdução de novos títulos, como Tesouro Renda+ e Tesouro Educa+, influenciou as vendas, com participações de 3,9% e 0,9%, respectivamente, “A preferência por títulos vinculados à Selic persiste, mesmo após as recentes quedas, devido à atratividade das taxas. O estoque total do Tesouro Direto atingiu R$ 123,35 bilhões em setembro, representando um aumento de 2,5% em relação ao mês anterior”, explica o especialista.

O número de investidores cresceu para 25.830.465, com 354,6 mil novos participantes em setembro.  

Preferência por papéis de Médio Prazo:

O profissional destaca que os investidores têm preferido papéis de médio prazo, com 33,4% das vendas em títulos com prazo entre 1 e 5 anos e 49,3% entre 5 e 10 anos. A venda de títulos é crucial para o governo captar recursos e honrar compromissos, com retorno vinculado à Selic, índices de inflação, câmbio ou taxa definida. 

Reforma Tributária e impacto nos títulos:

A recente aprovação da PEC da reforma tributária pelo Senado pode impactar as vendas de títulos públicos, especialmente com a unificação de impostos federais e estaduais. O advogado destaca a importância de acompanhar essas mudanças. 

Apesar da recente queda nas vendas do Tesouro Direto, André ressalta que não é o momento de descartar a renda fixa. Mudanças na economia e política fiscal podem criar novas oportunidades para investidores, destacando a importância de ajustar estratégias conforme necessário. 

Consulte sempre um profissional de finanças antes de tomar decisões de investimento.

Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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