23/11/2023 às 16h30min - Atualizada em 24/11/2023 às 00h00min

Black Friday 2023: Seguro cyber abre oportunidades para o mercado e protege empresas

Segundo um estudo da ClearSale, o setor de Varejo deve sofrer 28,5 mil tentativas de fraudes na data. Especialistas comentam sobre a importância de contar com uma apólice contra riscos cibernéticos

Nicole Fraga
https://revistaapolice.com.br
Divulgação

Uma das datas mais esperadas pelos consumidores, a Black Friday 2023 está chegando e neste ano será comemorada em 24 de novembro. A MField desenvolveu uma pesquisa com 2.300 participantes sobre a expectativa de compra durante o período, que revelou um crescimento de 32,2% na população que pretende gastar. Quando questionados sobre o canal escolhido para isso, 56,7% dos entrevistados citaram lojas online; 18,6% lojas online e físicas e 3,9% exclusivamente em lojas físicas.

Com o aumento das compras no e-commerce, cresce também o número de ataques cibernéticos. Segundo um estudo da ClearSale, o setor de Varejo deve sofrer 28,5 mil tentativas de fraudes na Black Friday 2023. Em valores, o número deve chegar a R$ 43,9 milhões em fraudes evitadas. Para evitar o vazamento de dados, é fundamental que as empresas contem com um seguro cyber.

O seguro para riscos cibernéticos oferece em sua cobertura proteção para danos como Responsabilidade Civil por atos de violação; despesas em casos de substituição de ativo digital; ameaça cibernética e lucros cessantes. “Além de garantir uma maior gestão sobre o risco e elevar o nível de governança da companhia, o seguro ajuda as empresas diminuindo os custos de uma resposta ao incidente e oferecendo suporte em meio a um evento cibernético e seus desdobramentos, seja na forma das parcerias que as seguradoras já têm disponíveis, ou na forma do reembolso pago pelo seguro quando devido”, diz Marco Mendes, líder de Cyber e da Vertical de Tecnologia da Aon no Brasil.

De acordo com Mendes, para evitar que seus dados, ou de seus consumidores, sejam vazados, as empresas devem adotar algumas medidas que em sua maioria se concentram em processos. “Isto é, treinar colaboradores e parceiros sobre a importância de se ser ciberconsciente; estar em compliance com as legislações de proteção de dados vigentes; ter um bom plano de contingência e um bom plano de resposta ao incidente, apoiados por um seguro cyber; garantir que a cadeia de suprimento esteja alinhada em níveis de segurança; ter a autenticação MFA ativada e política forte de senhas; fazer a gestão adequada de acessos e contas de serviços”.

A Howden, corretora internacional de seguros e resseguros independente, oferece também o seguro de Cyber Parametrics, visando atender os negócios que se baseiam em uma variedade de provedores de serviços de tecnologia, compondo a cadeia de fornecimento digital.

“As empresas dependem cada vez mais da “nuvem” para cada minuto da sua produtividade, sendo talvez o componente mais crítico da cadeia de abastecimento digital. No entanto, quando a nuvem, da qual dois terços é fornecida por três líderes de mercado, fica inativa com frequência, apesar dos esforços da AWS, GCP e MS Azure para mantê-la operacional, a produtividade das empresas pode parar e trazer impactos significativos sem que necessariamente haja uma violação de segurança. Assim, o seguro Cyber Parametrics cobre qualquer perda oriunda por paralisação da nuvem e + SLA, com exceção de perdas por ataques cyber ao ambiente do cliente, vazamento de informações descritas acima que são da apólice tradicional de cyber”, afirma Marta Helena Schuh Diretora de Cyber Insurance da companhia.

Segundo Marta, as PME’s, que representam 99% dos negócios no Brasil e são responsáveis pela geração de renda de 70% dos brasileiros, estão cada vez mais vulneráveis e se tornam alvos fáceis para cyber ataques. De acordo com um relatório da Microsoft, 70% delas foram atacadas em 2022, sendo que 60% fecham ou são prejudicadas financeiramente com severos desdobramentos. “Contar com o seguro cyber ajudará as PME’s a entrarem na esteira de governança e segurança de cyber, já que muitas seguradoras estão apoiando pequenas empresas que ao contratarem a apólice recebem ferramentas para melhoria do risco. E o investimento é baixo, pois há apólices que custam R$ 21k por ano e trazem o respaldo financeiro com as coberturas de Lucros cessantes e despesas associadas ao incidente, sem contar o apoio de organizações  especializadas diante de uma crise que vão ajudar as empresas a voltar a operar mais rapidamente”.

Dados divulgados pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) apontaram que os seguros contra riscos cibernéticos arrecadaram R$ 98,12 milhões em prêmios no primeiro semestre de 2023, um crescimento de 27,2% em comparação ao mesmo período no ano passado. Na MDS, as consultas para a modalidade vem crescendo na ordem 40%, mas o que a empresa notou neste ano foi uma maior conversão de negócios relacionados à carteira. Em 2023, a corretora registrou em volume de prêmio, a modalidade cresceu, aproximadamente, 300% e, em número de negócios, cresceu 100%.

Leandro Freitas, diretor de linhas financeiras da MDS Brasil, afirma que um dos principais fatores para o crescimento do produto continua sendo a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e um aumento de casos “graves e danosos” veiculados na mídia. “Além disso, a queda no percentual de sinistralidade da carteira devido a uma subscrição mais apurada trouxe uma maior rentabilidade ao seguro cyber, que está vindo como uma cláusula obrigatória em questões contratuais de empresas e seus clientes. Vale destacar também que o segmento de seguros deve fazer uma conscientização em relação aos riscos e eventuais prejuízos com ataques, vazamentos de dados, interrupção de atividades, buscando incentivar as companhias a terem uma cultura que valorize a privacidade e segurança de dados”.

A head de Cyber da Akad, Mariana Bruno, reforça que ainda há tempo para as empresas contratarem uma apólice contra riscos cibernéticos antes da Black Friday. Para fazer com que mais empresários contratem o seguro cyber, a executiva diz que o mercado deve promover a conscientização sobre os riscos cibernéticos, oferecer recursos educacionais e destacar exemplos de sinistros que podem contribuir para a mudança de mentalidade. “Facilitar o acesso à informação e tornar o seguro cyber compreensível para um público mais amplo, são medidas fundamentais para a expansão da carteira e para a proteção eficaz das companhias contra ameaças digitais”.

Mariana também destaca a importância do corretor neste processo. “Os corretores de seguros podem expandir suas carteiras com o seguro cyber ao destacar os diferenciais do produto. Para isso, é preciso que as seguradoras continuem investindo na capacitação desses parceiros. Muitos corretores ainda não possuem especialização nesse tipo de risco, e uma formação mais ampla pode capacitá-los a entender e comunicar eficazmente os benefícios do seguro cibernético aos clientes”.


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