16/11/2023 às 10h04min - Atualizada em 17/11/2023 às 00h10min

Coletivo Diário organiza Semana da Ocupação na Oficina Cultural Oswald de Andrade

Tatiana Muniz de Lima
Divulgação Coletivo Diário

O Coletivo Diário, em parceria com a Oficina Cultural Oswald de Andrade, está liderando a organização de uma série de atividades culturais na Semana da Ocupação. Este período será marcado por uma programação que inclui oficinas, apresentações de espetáculos e uma mesa de reflexão com curadores, gestores, articuladores culturais e artistas independentes no âmbito de produção artística na cidade de São Paulo.

A programação foi concebida com duas vertentes distintas. Na primeira, enriquecer a experiência do público através da prática e apreciação da arte cênica, permitindo que a própria arte conduza a reflexão sobre temas essenciais relacionados à desigualdade racial, ao racismo e ao preconceito, questões profundamente enraizadas em nossa sociedade. Na segunda vertente, nossa intenção é provocar os participantes e estimular o pensamento crítico sobre o cenário mais amplo das Artes da Cena.

Como Rodrigo Alcântara destaca, o mês da Consciência Negra é uma época em que várias iniciativas procuram chamar a atenção da população para a cultura negra, algo que com frequência é esquecido durante o restante do ano. “Nosso compromisso, enquanto grupo de artistas independentes e oriundos de periferias, é manter a arte como um ato de resistência constante, que está presente em nossas vidas ao longo de todo o ano, e não apenas durante o mês de novembro. Estamos comprometidos em trazer a cultura negra para o centro do palco e garantir que sua influência seja sentida de forma contínua”, afirma Rodrigo.

A partir das provocações dos artistas Rodrigo Alcântara e Sofia Serafim, essa semana da ocupação artística propõe as seguintes reflexões: “A arte como produto, esvaziamento ou valorização da mão de obra dos artistas? Qual o limite entre trabalho e militância, ambas necessariamente caminham juntas ? O que é comercial e quem decide isso? Quais obras e autores devem ter evidência? A negritude e sua valorização monetária, como lidar com a comercialização da cultura ancestral e quem se beneficia? 

 

Confira a programação completa:
 

Oficina Dança Além dos Muros

Dias 21 e 22 de novembro, às 19:30h.

A entrada é franca e sujeita à lotação.
Nasce com o objetivo de transformar as barreiras da nossa expressão em objeto de estudo. As correlações entre tempo, espaço e corpo guiam os participantes numa jornada de autoconhecimento e libertação, trazendo à tona movimentos e expressões muitas vezes desconhecidos ou nunca antes acessados. 
 

Mesa com o tema “Produções das Artes da Cena”

Dia 23 de novembro, às 19h. 

A entrada é franca e sujeita à lotação.

Partindo da reflexão: Quais são os desafios e estratégias, como curadores, gestores, articuladores culturais e artistas independentes no âmbito de produção artística na cidade de São Paulo? O Coletivo Diário propõe a troca de experiências com os representantes, pensadores e fazedores de arte na cidade de São Paulo. 

Juntos vamos refletir sobre as produções artísticas em suas distintas linguagens da dança, teatro, artes visuais e música. Na medição, os artistas Rodrigo Alcântara e Sofia Serafim, diretores da cena que assinam a dramaturgia do espetáculo AVOAPÉ do Coletivo Diário.

Convidados da mesa:

Miguel Arcanjo

CEO do Blog do Arcanjo, fundado em 2012, e do Prêmio Arcanjo, desde 2019. Mestre em Artes pela UNESP, pós-graduado em Cultura pela ECA-USP, bacharel em Comunicação pela UFMG e crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Coordena a Extensão Cultural da SP Escola de Teatro e apresenta o Arcanjo Pod. Eleito um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, R7, Record News, Folha, Abril, Huffpost Brasil, Notícias da TV, Contigo, Superinteressante, Band, CBN, Gazeta, UOL, UMA, OFuxico, Rede TV!, Rede Brasil, Versatille, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra o júri de Prêmio Arcanjo, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio Destaque Imprensa Digital, Guia da Folha, e Canal Brasil de Curtas. Ganhou o Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação Nacional ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Governo do Estado de São Paulo.

Rubens Oliveira

Diretor bailarino e coreógrafo, há 20 anos desenvolve pesquisa, experimentações estéticas e tecnológicas para conectar artistas da dança ao mundo integrado da arte. Em 2018 foi premiado com o prêmio APCA na categoria melhor coreografia com o Subterrâneo da Cia Gumboot Dance Brasil, dirigiu o Show Nômade da artista moçambicana Lenna Bahule e atuou como coreógrafo e bailarino nos videoclipes: Aseptic (direção Rafael Kent, 2020), Saci (Baiana System, 2019 que concorreu ao Grammy Latino). Em 2021 participou do Festival Rec-Beat com a performance Ancestral. Dançou no premiado clipe Lovezinho ( Rachel Reis, dirigido por Lu Villaça) Em seu currículo a criação e concepção de mais de 15 espetáculos, levando sua arte para outras cidades do país e do mundo. Formado pelo Método de Reeducação do Movimento Ivaldo Bertazzo. Em sua carreira teve estudos aprofundados de formação com mestres e mestras como: Suzana Mafra( Balé e Dança contemporânea) Irineu Nogueira ( Dança Afro) Sayo Pereira ( Dança Moderna) Antonio Nobrega ( Danças populares Brasileiras) Marilia Araújo ( Katak) Rafael I Castro ( percussão) Sawani Mudgal ( Dança Indiana) Derick M'ambo ( Dança Sul Africana) entre outros. Alem das experiências em residencias em 7 países na Europa e Africa. Durante 5 anos atuou na criação do Núcleo de Dança Pélagos (projetos com jovens do Campo Limo e entorno), Projeto Chega de Saudades (com o foco de colocar no palco pessoas não profissionais). Há 5 anos Rubens criou a Com.uns ( produtora criativa do movimento) fomentando, criando, produzindo e fortalecendo a linguagem da dança negra na cidade, e suas vertentes.

Vinicius Rigoletto

Vini Rigoletto tem 43 anos, é natural de Campinas/SP, reside há 15 anos na capital, São Paulo. Com formação em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela Universidade Metodista de Piracicaba, é Diretor Técnico de Produção reconhecido pelo SATED/SP, ator reconhecido pelo SESI Campinas, atuante como Produtor Cultural.

Em Produção Cultural há 20 anos com diversificada experiência no mercado, tem sua carreira pautada na área de produção e gestão executiva no teatro, eventos e atualmente em museu.

Thábata Wbalojá

Thábata Wbalojá: Makota na Nzo Ria Inkisse Lembarenganga, mona de Kavungu e Kayaya. Resiste enquanto artista periférica, residente no bairro Cidade Tiradentes, extremo leste da cidade de São Paulo. Licenciada em Teatro, pela Faculdade Paulista de Artes, co-fundadora da coletiva Agridoce (2019) e Filhas da Dita (2007). Pesquisadora do Teatro do Cotidiano. Atua como Consultora na ONG Serenas. Recentemente, criou sua primeira dramaturgia infanto-juvenil LedAzeda (2022). É co-autora do livro de poesias Travessia (2020) e possui poesias publicadas em revistas como Semear Asas e Alternativa L, além de um artigo no livro Juventude e Educação - Identidades e Direitos (2019). É co-fundadora da Cooperativa de Artistas (2008), desenvolvendo diversos projetos com foco no fortalecimento de artistas pretas, afro-indígenas e lgbtqia+ periféricas.


Ficha técnica:

Convidados:

Miguel Arcanjo, Rubens Oliveira, Vinicius Rigoletto e Thábata Wbalojá

Mediadores: Sofia Serafim e Rodrigo Alcântara 

Produção executiva: Sofia Serafim e Rodrigo Alcântara 

Produção operacional: Iolanda Costa 
 

Apresentação do espetáculo D’ÁGUA: um começo sem meio sem fim.

Dias 24 e 25 de novembro, às 19:30h.

A entrada é franca e sujeita à lotação.

A performance traz maneiras de girar e perceber o Universo em que coexistimos, reverberando do ritualístico ao oco, do visível ao invisível. Seja o Universo que se carrega ou que se é doutrinado a carregar, experimentando minuciosamente cada um dos seus portais.

A cena é composta de várias certezas, lacunas, vãos, ausências, descobertas e perigos, mostrando que quando se adentra em um portal, as possibilidades são de riscos, acertos e erros. O artista, em sua criação, apresenta uma perspectiva desses portais, sendo existentes ou inexistentes para a humanidade, ou que jamais serão descobertos, fazendo uma comparação com as profundezas de todos os mares.
 

FICHA TÉCNICA - “D’ÁGUA: um começo sem meio sem fim...”

Direção artística: Rodrigo Alcântara

Intérprete Criador: Rodrigo Alcântara

Provocadora Cênica: Esther Weitzman

Ensaiadora: Sofia Serafim

Cenografia: Angeli

Concepção de Trilha: Dani Lova

Técnico de Som: Dani Lova e Carolina das Santas

Produção Executiva: Rodrigo Alcântara e Sofia Serafim 

Produção operacional: Iolanda Costa e Sofia Serafim

Mídias Sociais: Dica Cultural Plural

Design do Flyer: Alice Yuki

Fotografia: Gui Assano e Thainá Robert
 

Sobre O Coletivo Diário 

Surgiu em 2018 a partir de inquietações e encontros entre os artistas Rodrigo Alcântara, Camila Silva e Ellen Vitalino da Cidade de São Paulo. O Coletivo Diário percebeu que seus corpos carregam pluralidades de orientações sexuais, territórios e identidades. Essa percepção engatilha novos processos, os quais dão origem ao espetáculo “DUCA: Diário De Um Certo Artista”.

A partir de parcerias com diversos artistas independentes, o Coletivo Diário estreia de forma on-line o espetáculo “AVOAPÉ”, posteriormente estreia em caixa cênica, e contemplado pelo 32 fomento à dança da Cidade de São Paulo, e reestreia no ano de 2023.

Atualmente o Coletivo Diário se ramifica em diversas ações, encabeçadas pelo núcleo artístico, desenvolvendo diversas ações como oficinas, espetáculos da companhia e com a circulação do Solo “D’AGUA: um começo sem meio sem fim…” de Rodrigo Alcântara.

 O espetáculo “AVOAPÉ” é composto por artistas independentes: Rodrigo Alcântara, Camila Silva, Iolanda Costa, Nayara Romana, Sofia Serafim, Angeli, Adejatay, Vick Fonseca, Amanda Telles, Rafael Mansor e Indianara Ànrèré com suas trajetórias artísticas semelhantes criando uma solidez em suas produções e desejos artísticos.

 

Sobre Rodrigo Alcântara

É bailarino formado em Ballet Clássico e Dança Contemporânea pelo Projeto Núcleo Luz do Programa Fábricas de Cultura - sob coordenação geral de Susana Yamauchi - e pela Fundação Theatro Municipal de São Paulo, Escola de Dança de São Paulo, no curso de “Dança para Rapazes” e “Projeto Dançar”. É bacharel em Design de Interiores pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) com formação na SP Escola de Teatro do curso de Cenografia e Figurino com J.C Serroni e Tellumi Hellen. Traz consigo práticas pedagógicas comprometidas com a ancestralidade, inclusivas e que partem do lugar da “escuta”. Prêmio Denilto Gomes da Cooperativa Paulista de Dança reconhecimento de Rodrigo Alcântara - Artista Revelação da Dança em 2021 e Prêmio Arcanjo (2022), na categoria Dança. Atualmente é coordenador de equipe do Programa Vocacional pela prefeitura da cidade de São Paulo - SP.

Sobre Sofia Serafim 

É multiartista, dançarina, coreógrafa, produtora cultural e mãe de Elis. Atua no mercado artístico há mais de 10 anos, em diversas áreas, dentre elas: teatro, literatura, produção cultural, artista educadora e principalmente como dançarina.  Já participou de diversas cias:  Núcleo de Pélagos, direção de Rubens Oliveira e posteriormente sua assistente em diversos trabalhos, Cia Fankama Obi (danças africanas), com direção de Paula da Paz, Rafael Fazzion e Adilson Camarão. Sofia é formada pela SP Escola de Teatro em atuação, Cia Brasílica, no espetáculo Concerto pra La’Ursa” (manifestação popular brasileira) com direção de Deca Madureira e Lucila Poppi. Atualmente, integrante do Coletivo Diário, codiretora, coreógrafa e intérprete do espetáculo “AVOAPÉ “, junto de Rodrigo Alcântara.


Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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