10/11/2023 às 08h46min - Atualizada em 11/11/2023 às 00h02min

Dia Mundial da Pneumonia: Infectologista alerta para a importância da vacinação para evitar quadros mais graves 

A doença é uma das principais causas de morte de crianças no mundo 

Da redação
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Celebrado no próximo domingo, 12, o Dia Mundial da Pneumonia foi criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como forma de conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção da doença, principalmente das mortes em decorrência dela. A doença, que acomete principalmente crianças e idosos, pode ser evitada por meio de vacinas seguras e eficazes disponíveis para a população.

A enfermidade, inclusive, é uma das principais causadoras de mortalidade em crianças no mundo. Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontam que mais de 6,3 milhões de pessoas com até 5 anos de idade podem morrer de pneumonia até 2030.  

Na Bahia, em 2022, a doença foi responsável pelo crescimento do número de óbitos de crianças de 1 a 4 anos em 493%, em comparação com 2021; ou seja, foram registrados 74 casos de mortes entre esta população, ante as 15 ocorrências do ano anterior, de acordo com os dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).  

Em virtude deste panorama, os especialistas alertam para a importância da vacinação contra essa inflamatória aguda, que acomete os pulmões. Na Bahia, até o momento, a cobertura vacinal contra pneumocócica está em 51,5%. Ao longo de 2022, o percentual foi de 80,2%. O infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, salienta a segurança e eficácia dos imunizantes disponíveis nas redes pública e privada.

“Algumas pneumonias virais e bacterianas podem ser evitadas ou minimizadas com as vacinas, uma vez que a imunização estimula o sistema imunológico a produzir proteção de longa duração e, com memória imunológica, diminui o risco de as pessoas vacinadas contraírem as diferentes formas das doenças pelos sorotipos presentes nas vacinas”, pontua.  

Para pneumonias causadas por bactérias, por exemplo, há as vacinas pneumo 10, 13, 15 e 23. Na rede privada, há dois imunizantes disponíveis para a população em geral que protegem contra mais sorotipos (a Pneumo 13 e a 15), que são indicados para a prevenir que esses agentes infecciosos contaminem o sangue e outras partes do corpo, pneumonia e otite média em lactentes, crianças e adolescentes até 17 anos e 11 meses. Para adultos, com 18 anos ou mais, elas previnem doença pneumocócica causada pelo Streptococcus pneumoniae dos sorotipos 1, 3, 4, 5, 6A, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19A, 19F e 23F. No caso da 15, a vacina oferece proteção também contra os sorotipos 22F e 33F. 

O infectologista ainda esclarece que as vacinas para o vírus Influenza e a Covid-19 evitam riscos de gravidade, principalmente em crianças, idosos e imunocomprometidos. Na Bahia, o cenário atual para o coronavírus SARS-CoV-2 acendeu um alerta importante. Isso porque, no período de 29 de outubro a 4 de novembro, os casos de infecção cresceram mais de 130%, com um total de 654 testes positivos, no comparativo com a semana de 22 a 28 de outubro. “Diante deste cenário, a imunização contra esta doença também se torna indispensável, principalmente para evitar sintomas mais graves, como pneumonia e insuficiência respiratória aguda”, esclarece o infectologista. 

Sintomas e tratamento da pneumonia 

Claudilson Bastos informa que a pneumonia pode ser adquirida pelo ar, principalmente em aglomerações e ambientes fechados, saliva, secreções, transfusão de sangue ou devido a mudanças drásticas de temperatura, o que compromete o funcionamento dos pelos do nariz responsáveis pela filtragem do ar aspirado. A doença pode apresentar diversos sintomas, como tosse seca, com expectoração ou não, febre, dor torácica ao respirar, além de cefaleia (dor de cabeça), dores no corpo, indisposição e falta de apetite.  

“Uma pneumonia pode evoluir, por exemplo, para uma insuficiência respiratória aguda, abscesso ou empiema pulmonar (presença de pus franco no espaço pleural). E se não tratada de forma adequada, pode levar a óbito, a depender do agente etiológico: viral, bacteriano, fungo ou protozoário”, explica ele, acrescentando que “a maioria das pneumonias pode ser tratada com antimicrobianos, como antibióticos e antivirais, se prescritos em tempo hábil”. 

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