08/11/2023 às 13h47min - Atualizada em 08/11/2023 às 16h00min

RI do Futuro: um ecossistema orientado à inovação

Por André Vasconcellos

assessoria de imprensa André Vasconcellos
André Vasconcellos
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As companhias abertas, desafiadas pelo macroambiente global, pela evolução rápida do ambiente de negócios e pelos seus stakeholders, tendem a inovar mais rapidamente quando comparadas às companhias fechadas. Isso significa coordenar o programa de Relações com Investidores de forma integrada, dinâmica e inteligente por meio de tecnologias em constante evolução.
 
Para atender a esses desafios, as áreas de RI de empresas listadas em bolsa de valores adotam diversas inovações tecnológicas para melhorar a eficácia da comunicação, a transparência nas múltiplas interações com acionistas, potenciais investidores e o mercado em geral, consolidando um ecossistema de negócios orientado não só à conformidade legal, mas também à transformação digital.
 
Algumas das principais novidades adotadas nas áreas de RI incluem uma sofisticação analítica, seja de big data, viabilizando o processamento de grandes volumes de informações operacionais, financeiras e de mercado, para identificar insights valiosos e tendências de mercado que podem ser usados na comunicação com investidores; seja de mídias sociais, visando o monitoramento de sensibilidade dos stakeholders, o gerenciamento de fatores de risco e até eventual gestão de crises corporativas.
 
A automação de relatórios de mercado com foco gerencial também é uma realidade, ao passo em que softwares permitem a geração tempestiva de relatórios internos e comunicados ao mercado, economizando tempo e garantindo a precisão necessária. A comunicação também tem sua vanguarda em redes sociais e por aplicativos de celular personalizados para investidores e analistas de mercado, permitindo o acesso fácil e rápido a informações financeiras, comunicados ao mercado, fatos relevantes e outros releases relacionados a companhia, inclusive por meio de chatbots e assistentes virtuais para interação com stakeholders.  
 
Para mitigar a assimetria informacional e combater o insider tranding, as companhias abertas buscam também reforçar a transparência e a tempestividade na divulgação de informações ao mercado, assim como amadurecer constantemente seus padrões de governança corporativa. Nesse sentido, a tecnologia blockchain, é, sem dúvida, uma aliada e tem se tornado uma importante tendência, seja na implementação célere de avanços regulatórios ou societários, seja na evolução do compliance nos processos corporativos, inclusive pela autenticação biométrica, por meio de impressões digitais ou de reconhecimento facial por exemplo.
 
Algumas empresas listadas utilizam também machine learning para otimizar a previsão de desempenho operacional e financeiro e analisar dados não estruturados, como transcrições de conferências e investor day. Essa inteligência pode ser associada a plataformas de crowdsourcing, com o intuito de coletar informações sobre potenciais investidores e análises de mercado, potencializando a compreensão das expectativas dos stakeholders nacionais e estrangeiros da companhia aberta.
 
Não podemos deixar de abordar também a aplicação de inteligência artificial, realidade virtual e realidade aumentada no ambiente corporativo. Enquanto a IA é adotada com cada vez mais frequência pelas companhias abertas para análise de dados e automação de processos, ajudando a identificar tendências, prever dinâmicas de mercado e aprimorar a tomada de decisões, as tecnologias relacionadas a realidade virtual e a realidade aumentada podem ser utilizadas para criar experiências imersivas, como passeios virtuais pelas instalações de parques operacionais e da sede corporativa, apresentações de resultados em ambientes digitais e reuniões de acionistas de forma híbrida, inclusive com tradução simultânea.
 
Mesmo variando de acordo com o porte da empresa, o setor de atuação econômica, a maturidade da governança corporativa, o segmento de listagem e as demandas específicas de seus stakeholders, essas inovações tecnológicas, sem dúvida, tendem a moldar a forma como as companhias abertas interagem com seus investidores e a sociedade em geral, tornando o diálogo e o relacionamento mais eficiente, racional, transparente, duradouro e sustentável. O futuro chegou e já impulsiona um novo momento no mercado de capitais brasileiro.
 
André Vasconcelos é Diretor-Adjunto RJ do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) e Especialista em Direito Societário e Mercado de Capitais

 
 

Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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