30/10/2023 às 10h37min - Atualizada em 31/10/2023 às 00h03min

Por que temos tanta dificuldade em lidar com a morte? 

Com o Dia de Finados se aproximando, muitas pessoas revivem sentimentos ligados à perda de alguém querido. Professora de psicologia da UniSociesc ajuda a refletir sobre o tema e detalha as fases do luto

Genara Rigotti
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Divulgação
Uma pesquisa focada em como os brasileiros lidam com a morte mostrou que, embora 79,5% entendam que a morte é um fenômeno natural - ou ainda, 81,2% acreditam que a morte é a única certeza que temos -,  68% dos entrevistados dizem que nunca estarão preparados para lidar com a finitude. O levantamento feito pelo Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil revelou ainda que 75% dos entrevistados têm muito medo de perder alguém próximo e 73,7% evitam até mesmo falar no assunto.

Com a proximidade do Dia de Finados (2 de novembro), que no Brasil leva milhares de pessoas aos cemitérios para homenagear os mortos, muita gente revive sentimentos ligados à perda de alguém querido. Por isso, convidamos a professora do curso de Psicologia da UniSociesc, Gislane Martins, para ajudar a refletir sobre o tema. “A morte envolve tristeza e dor, especialmente quando se trata de alguém próximo. Falar sobre o tema pode sim reavivar sentimentos difíceis de lidar. As pessoas podem evitar falar sobre a morte como uma forma de proteger suas próprias emoções”, explica a professora.

No entanto, segundo ela, romper esse tabu e abrir o diálogo pode ser benéfico e ajudar as pessoas a lidarem melhor com a perda; planejar antecipadamente questões relacionadas à morte; reduzir o estigma e permitir discussões sobre questões importantes, como testamentos e cuidados paliativos. “As pessoas têm dificuldade em falar sobre a morte por uma série de razões complexas e variadas. Existem questões culturais e religiosas envolvidas. E na filosofia é um tema recorrente, pois a morte acaba sendo a finitude dos projetos, dos sonhos, e a realidade de que temos um tempo limitado de existência”, reflete. 

O luto é uma resposta emocional à perda

A mesma pesquisa citada no início do texto mostra que 82,4% das pessoas relacionam a morte com um grande sofrimento e acreditam que não há nada mais dolorido que a perda de uma pessoa próxima. A professora Gislane ressalta a importância de vivenciar o luto. “O luto é uma resposta emocional à perda de alguém ou de algo significativo em nossas vidas. O luto é um processo natural e complexo. Está ligado a perdas, e essas perdas não acontecem apenas na morte de alguém próximo, mas em diversas situações da vida em que ocorrem mudanças importantes. O final de um relacionamento, aposentadoria, mudança de cidade, entre tantas outras situações.”

A professora lembra que o luto é um processo individual, varia em duração e intensidade para cada pessoa e precisa ser respeitado. “Algumas pessoas podem sentir essas emoções de maneira mais intensa e prolongada do que outras. O luto não tem um cronograma definido, e as pessoas podem experimentar os estágios que são descritos em ordens diferentes ou podem revisitar certas fases ao longo do tempo”, alerta. O apoio de amigos, familiares, grupos ou profissionais de saúde mental podem ser muito positivos para ajudar a lidar com o luto e encontrar maneiras saudáveis de enfrentá-lo. 

“O importante é entender que o luto é uma parte normal do processo de perda e que as pessoas podem encontrar maneiras de viver significativamente após a perda de alguém ou algo importante em suas vidas”, observa a professora. Para ajudar a compreender melhor este processo, Gislane aponta os cinco estágios do luto, que são fases pelas quais a pessoa enlutada costuma passar e lembra que a UniSociesc, tem uma clínica de saúde, que oferece atendimento a comunidade e pode ser uma das alternativas para quem está precisando de ajuda.

Os estágios do luto

1.Negação: no início, as pessoas podem negar a realidade da perda, sentindo-se como se a pessoa ou coisa perdida ainda estivesse presente.

2.Raiva: os sentimentos de raiva podem surgir como uma reação à injustiça percebida da perda ou à impotência em lidar com ela.

3.Negociação: pode haver tentativas de fazer acordos para reverter a perda ou trazer a pessoa de volta de alguma forma, muitas vezes em um contexto religioso ou espiritual.

4.Tristeza: a tristeza profunda e a dor são comuns no luto. Esses sentimentos podem ser acompanhados de choro, apatia e solidão.

5.Aceitação: eventualmente, a pessoa passa a aceitar a realidade da perda e começa a encontrar maneiras de se adaptar a uma vida sem o ente querido ou a coisa perdida.

Sobre a UniSociesc

Com vocação para inovação, ambientes maker, coworkings e espaços que estimulam a troca de conhecimentos e experiências, a UniSociesc é reconhecida pelo MEC como a melhor instituição privada de ensino superior de Santa Catarina. Integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil, o Ecossistema Ânima, há mais de 60 anos dedica-se a formar profissionais e transformar pessoas, desenvolvendo competências, talentos e carreiras. 

Com unidades acadêmicas nas cidades de Blumenau, Jaraguá do Sul, Joinville (duas unidades) e São Bento do Sul, conta com ampla diversidade de cursos, são mais de 70 opções em seu portfólio, e uma estrutura de laboratórios diferenciada, sendo os mais completos e modernos entre as instituições de ensino da região. A UniSociesc também contribui para democratização do Ensino Superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Estado de Santa Catarina.

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