26/10/2023 às 12h22min - Atualizada em 27/10/2023 às 00h08min

Hoje combatemos cibercriminosos, amanhã agentes de Inteligência Artificia

*Robson Giovanelli

Giovanna Rezende
Robson Giovanelli

Nos últimos meses, estive em inúmeros eventos regionais e internacionais, incluindo as maiores conferências do mundo, como a Defcon e a Black Hat. Se teve um tema que dominou as conversas nos corredores, nos estandes e nas apresentações dos principais especialistas globais é o impacto da Inteligência Artificial (IA) no cenário de cibersegurança. A verdade é que, embora os benefícios estejam muitos claros para todos, os desafios que a tecnologia irá impor aos novos profissionais é capaz de deixar muita gente assustada.

O desafio maior elencado pelos principais nomes da cibersegurança global é que, hoje, lutamos contra grupos de cibercriminosos ou hacktivistas que tiram um site do ar, cometem fraudes, extorquem, inabilitam algum tipo de infraestrutura crítica, entre outros crimes. No entanto, “amanhã” podemos enfrentar agentes de IA, que realizam ataques a uma velocidade inimaginável e com um conhecimento infinitamente maior que a capacidade humana.

É claro que a IA trará muitos ganhos em termos de gestão, monitoramento, identificação de comportamentos anômalos e, até mesmo, em redução de custo para as empresas. Não é à toa que a maior parte dos fabricantes expositores nesses eventos anunciaram novas features com a tecnologia.

Outro fator que mudará bastante com a IA será a forma de interação entre os times e as plataformas, como a análise de um relatório, por exemplo. Em vez de analisar o relatório, revisar e entender os pontos críticos em meio a tantos termos técnicos, será possível ter um panorama completo após fazer uma ou duas perguntas com uma linguagem bem mais fácil de ser compreendida, o que reduz a margem para falhas humanas.

Será possível ainda ter um agente de IA cuidando da sua infraestrutura, monitorando ambientes ou executando tarefas específicas ao invés de um recurso humano, que pode ser direcionado para uma função mais estratégica. Essa transformação na rotina do profissional trará não apenas mais velocidade como acuracidade na condução das respostas às ameaças cibernéticas.

Como se pode ver, é óbvio que vamos aproveitar essa inteligência a nosso favor, mas quanto tempo levará para as empresas fazerem os investimentos necessários? Quanto tempo levará para que os profissionais façam o melhor uso dessas plataformas a fim de fazer frente a essa ameaça emergente? O que está por vir e como podemos nos prevenir em relação ao uso da IA para atos ilícitos?

Em meio a tantas perguntas, uma coisa é certa: vislumbra-se um oceano azul para os profissionais dessa área e aos que desejam adentrar esse mercado, especialmente aos entusiastas da Inteligência Artificial. É certo que o setor de cibersegurança – que já carece de mão de obra qualificada – demandará ainda mais profissionais especializados em IA daqui para frente. Uma prova é a quantidade de anúncios feitos diariamente pelos fabricantes, que

implementaram a tecnologia em seus mecanismos. Quanto antes você se dedicar a essa nova habilidade, mais promissoras serão as oportunidades em um futuro próximo.

*Robson Giovanelli é diretor de Tecnologia do Grupo Aplidigital


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