25/10/2023 às 11h48min - Atualizada em 26/10/2023 às 00h02min

Mitos podem confundir cuidados e prevenção do câncer de mama

Especialista em saúde da mulher do Frischmann Aisegart desmistifica uso de desodorantes ou próteses de silicone como fator de risco para câncer e ressalta a importância do diagnóstico precoce da doença, que aumenta as chances de cura em até 95%

Amanda Castro
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Estima-se que na região Sul do Brasil o ano de 2023 tenha cerca de 11.230 casos de câncer de mama. No país a estimativa para o triênio de 2023 a 2025, é de 74 mil novos casos da neoplasia, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer). Este tipo de tumor, apesar de muito frequente, ainda gera diversas dúvidas e conta com mitos que podem atrapalhar na prevenção e na conscientização.

"Muitas pessoas acreditam que apenas mulheres com histórico familiar têm chances de ter câncer de mama. A hereditariedade aumenta o risco, mas qualquer uma pode desenvolver. Outras crenças são de que uso de desodorantes, de sutiãs apertados ou de próteses de silicone favoreçam o surgimento do câncer, porém, estudos científicos não os relacionam como fatores de risco", explica o Dr. Jaime Kulak, ginecologista do Laboratório Frischmann Aisegart, marca pertencente a Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, e professor na Universidade Federal do Paraná.

Prevenção e diagnóstico precoce
 
Há atitudes cotidianas que ajudam na prevenção primária do câncer de mama, como evitar o consumo de álcool e o tabagismo, assim como ter o hábito da prática de atividade física regular. Nutrição adequada e o controle da gordura corporal são importantes. Existe também a prevenção secundária, que ocorre por meio do rastreamento/exames para diagnóstico precoce da doença. A mamografia é o mais comum e indicado para mulheres acima dos 40 anos, como recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia.

O INCA aponta que a identificação precoce de um câncer de mama possibilita chances de cura de até 95%. "O autoexame das mamas não substitui exames clínicos, já que muitas vezes os nódulos que a mulher detecta podem estar grandes já. Além disso, é necessário atenção a dor na mama ou mamilo, vermelhidão, inchaço, retração na região ou saída de secreção espontânea dos mamilos. Caso tenha algum desses sintomas, é preciso buscar o serviço de saúde mais próximo", recomenda o Dr. Kulak.

Ainda de acordo com o médico, mulheres mais maduras possuem maior risco de desenvolver o câncer. Isso acontece devido às exposições a fatores externos, como a exposição e ingestão de substâncias cancerígenas, muitas vezes relacionadas aos corantes e conservantes presentes na alimentação. Além de mudanças biológicas que o próprio tempo ocasiona, o que aumenta os riscos. É importante enfatizar que mulheres com menos de 40 anos também podem ser acometidas pela neoplasia. Nestes casos, elas são mais comumente associadas à hereditariedade.

Após a descoberta da doença, o tratamento adequado e acompanhamento com um profissional da saúde também é fundamental para a cura. "A modalidade terapêutica correta, que depende muito do tipo e extensão da patologia, pode ser feita com cirurgia, radioterapia ou tratamento sistêmico que envolve quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. A abordagem levará em conta o estágio da neoplasia, efeitos colaterais e condições físicas do paciente", finaliza o Dr. Jaime Kulak.

 

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