25/10/2023 às 17h38min - Atualizada em 25/10/2023 às 20h08min

Chuvas intensas: infiltração de água no solo é 20% maior em trechos florestais conservados

Em tempos de mudanças climáticas, acompanhadas por grandes volumes de chuva, territórios protegidos por ações ambientais ampliam a recarga hídrica para atender as bacias hidrográficas

MXP Comunicação Ltda
https://olhosdaserra.com.br/
Foto Projeto Olhos da Serra

As possibilidades de chuva anunciadas pelos institutos meteorológicos têm mudado a rotina de muita gente nesta primavera. Nos grandes centros urbanos, que carecem de estrutura para escoamento e aproveitamento adequado das águas pluviais, as enchentes trazem consequências catastróficas, com impactos sociais, econômicos e ambientais para as populações.

Nas regiões Sul e Sudeste, a primavera deste ano está sendo marcada por volumes de chuva acima do normal. A previsão, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), reflete características típicas do fenômeno El Niño sobre o Brasil. No interior paulista, as intensas precipitações expõem uma realidade de deficiência no sistema de drenagem urbana e também a falta de ações para manutenção e conservação das matas nas áreas florestais.

Os principais problemas ocasionados por chuvas de grande intensidade nas cidades estão relacionados à alta velocidade e o curto intervalo de tempo com que as águas chegam aos rios. Isso ocasiona a rápida elevação do curso de água e aumenta o potencial de enchentes como tem sido vistas em diversas cidades. A falta de projetos e estruturas, como represas e grandes reservatórios, para retenção das águas da chuva nos municípios contribui para situações de catástrofe.

Nas áreas rurais, grandes volumes de chuva têm potencial para provocar erosões no solo, levando ao assoreamento dos cursos de água e ao empobrecimento do solo. Já as áreas florestais são verdadeiros jardins de chuva e exercem papel importante para amortecer o impacto das gotas de chuva e reduzir a velocidade do escoamento superficial, como é o caso da Serra do Japi localizada no estado de São Paulo entre os municípios de Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar. Em áreas de floresta, como essa da Serra, ações para a manutenção das matas têm garantido a recarga hídrica para atender as bacias hidrográficas da região.

A Serra do Japi está entre os principais pontos de recarga das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ), milhares de pessoas dependem dessa água para sobreviver, por isso a necessidade de preservar este território é tão importante. Para se ter a perspectiva da importância de manter a floresta nativa e realizar ações de reflorestamento em matas ciliares, o engenheiro ambiental e gestor do projeto Olhos da Serra pelo Consórcio PCJ, Eduardo Paniguel, se vale da comparação com uma área de pastagem e solo exposto. 

“Nos trechos florestais, podemos chegar a patamares de 20% a mais de infiltração de água no solo em relação ao volume de chuva. A conservação das florestas se mostra ainda mais importante em áreas de relevo acidentado, cujo escoamento superficial é facilitado pela ação da gravidade”, explica Paniguel.

Nas áreas de florestas, contempladas com ações como as realizadas pelo projeto Olhos da Serra, cujo foco prioritário é a conservação da Serra do Japi, chuvas de todas as intensidades são bem-vindas. “As chuvas nessas áreas têm um potencial maior para recarregar o lençol freático e possibilitam que a água permaneça em seu ciclo dentro das bacias dos rios por mais tempo”, observa.

Monitoramento de focos de incêndio

O Olhos da Serra tem como proposta preservar a Serra do Japi, um dos últimos trechos de floresta contínua do Estado de São Paulo. Na segunda etapa do projeto, a área atendida é sete vezes maior que a da fase anterior do projeto, passando de 20 km2 para 141 km2. Entre as ações que ajudam a reduzir os impactos das chuvas fortes está o monitoramento de focos de incêndio por satélite pela plataforma Suindara e o apoio na articulação sobre a gestão do fogo na região. 

“O monitoramento colabora para evitar focos de incêndio em todas as áreas da Serra do Japi. As queimadas são prejudiciais e aumentam a erosão do solo em caso de chuvas intensas, já que tiram toda a camada de vegetação importante que favorece a infiltração da água na terra”, explica.

Em territórios como a Serra do Japi, com uma biodiversidade inigualável, o equilíbrio que assegura a sobrevivência das populações tem o fiel da balança na conscientização sobre a importância dos recursos naturais e nas ações para preservá-los. O projeto é uma iniciativa do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ) com patrocínio de Coca-Cola Brasil e Coca-Cola FEMSA Brasil.

 

Projeto Olhos da Serra

Conduzido pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ), com patrocínio de Coca-Cola Brasil e Coca-Cola FEMSA Brasil, o Olhos da Serra tem o propósito de conservar os recursos hídricos na região. Como prioridade total no projeto, a preservação dos recursos naturais compreende, entre outras atividades, o combate a incêndios, com formação de brigadistas e aplicação de curso de capacitação profissional pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), a educação ambiental, o monitoramento de invasões humanas, a promoção de ações de reflorestamento e saneamento rural, com a implantação de uma propriedade modelo com tratamento de efluentes, gestão de resíduos e de água cinza. O Olhos da Serra também conta com a parceria das seguintes instituições: Prefeitura Municipal de Jundiaí (Diretorias de Meio Ambiente, de Agronegócios e de Parcerias Estratégicas, Guarda Municipal – Divisão Florestal e Defesa Civil); Fundação Serra do Japi; DAE Jundiaí; Fundação Florestal; Embrapa; Instituto Cerrados; Associação dos Amigos dos Bairros de Santa Clara, Vargem Grande, Caguassu e Paiol Velho (SAB Santa Clara); Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA); Conselho Gestor da Serra do Japi (CGSJ); Companhia de Informática de Jundiaí (Cijun) e Aliados pela Água.

 

Consórcio PCJ

O Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ) é uma associação de usuários de água, de direito privado e sem fins lucrativos, integrada por 41 municípios e 23 grandes empresas. A entidade possui independência técnica e financeira para a realização de atividades de recuperação e preservação dos mananciais das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, as Bacias PCJ (UGRHI 5). Segundo o presidente da entidade e prefeito de Limeira (SP), Mario Botion, “nossa visão é a de contribuir para uma sociedade mais justa, economicamente viável e sustentável, que respeite a água em todos os seus usos e potenciais, em atenção às mudanças climáticas. Desta forma, nossa missão é a de integrar todos os setores da sociedade em prol da gestão eficiente da água, do saneamento e do meio ambiente”. O Consórcio PCJ é referência nacional e internacional na gestão de recursos hídricos, membro de importantes instituições ligadas à área, como o Conselho Mundial da Água, as Redes Internacional, Latina e Brasileira de Organismos de Bacias (RIOB, RELOB e REBOB), além de ser o único representante das Bacias PCJ no Conselho Nacional de Recursos Hídricos.

 

Coca-Cola Brasil

O Sistema Coca-Cola Brasil atua em cinco grupos de bebidas — colas, sabores, hidratação, nutrição e emergentes — com uma linha de mais de 200 produtos, entre sabores regulares e versões sem açúcar ou de baixa caloria. Composto por sete grupos de fabricantes franqueados, o Instituto Coca-Cola Brasil, mais Verde Campo e a parceria com Leão Alimentos e Bebidas, o Sistema emprega diretamente 56,6 mil funcionários. A empresa aposta em inovação para ampliar seu portfólio e atingir o objetivo de destinar corretamente o equivalente a 100% de suas embalagens até 2030. A Coca-Cola Brasil trabalha para oferecer cada vez mais opções com menos açúcar adicionado e no incentivo a iniciativas que melhorem o desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua.

 

Coca-Cola FEMSA Brasil

A Coca-Cola FEMSA, S.A.B. de C.V. é a maior engarrafadora da franquia Coca-Cola do mundo por volume de vendas. A companhia produz e distribui bebidas das marcas registradas da The Coca-Cola Company, oferecendo um amplo portfólio de 131 marcas a mais de 266 milhões de consumidores todos os dias. Com mais de 80 mil colaboradores, a companhia comercializa e vende aproximadamente 3,5 mil milhões de caixas-unidade por meio de quase 2 milhões de pontos de venda por ano. Operando 49 unidades de manufatura e 260 centros de distribuição, a Coca-Cola FEMSA está comprometida a gerar valor econômico, social e ambiental para todos os seus grupos de interesse em toda a cadeia de valor. A companhia é membro do Índice de Sustentabilidade de Mercados Emergentes do Dow Jones, Índice de Sustentabilidade MILA Pacific Alliance do Dow Jones, FTSE4Good Emerging Index, e do índice S&P/BMV Total México ESG, entre outros. Suas operações abrangem territórios no México, Brasil, na Guatemala, Colômbia e Argentina, e, em nível nacional, na Costa Rica, Nicarágua, no Panamá, Uruguai e na Venezuela mediante um investimento na KOF Venezuela. Para mais informações visite www.coca-colafemsa.com


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