24/10/2023 às 10h55min - Atualizada em 25/10/2023 às 00h02min

Por que os cabelos caem tanto no pós-parto como aconteceu com Claudia Raia?

O eflúvio telógeno é uma condição fisiológica, portanto normal, mas desagradável e que costuma afetar muito a autoestima das mulheres no puerpério

Erika Ricci
Máxima, Assessoria de Imprensa
Reprodução Instagram

Luca, o bebê de Claudia Raia e Jarbas Homem de Melo, já está com 7 meses, mas a atriz e cantora sofre com uma condição bastante comum no pós-parto, a queda intensa de cabelos. A situação tem um nome específico na medicina: eflúvio telógeno agudo, que ocorre, principalmente, por mudanças hormonais.

A tricologista Patrícia Marques, especialista em medicina capilar, explica que isso é comum também no pós-operatório, no pós-covid, alguma doença grave ou estresse emocional. “Nesses casos, há liberação intensa do hormônio cortisol, que é o hormônio do estresse, ocasionando a queda de cabelos”, conta. 

No caso do pós-parto - portanto no de Claudia Raia - o eflúvio telógeno também se dá porque há uma queda severa nos níveis dos hormônios da gestação, principalmente o estrogênio e a progesterona, e essa queda é sentida também de forma brusca pelo organismo, que passa a reagir de diferentes formas. 

A boa notícia é que, segundo Marques, a condição é temporária. Ela se chama eflúvio porque isso significa queda de pelos e telógeno porque é uma fase natural de queda de cabelos. Lembrando que o cabelo também é um tipo de pelo e o mesmo pode acontecer com pelos corporais nesse quadro. “Existem a fase anágena, que é a de crescimento, a fase catágena, que é a de pausa, e a telógena, que é a de queda, então o cabelo está caindo em um momento específico do ciclo”, explica a médica.

A queda em si ocorre sempre em torno de 3 meses após o evento estressor e dura algumas semanas de forma intensa. Pode cair cabelo da cabeça toda, mas as partes mais afetadas são a frente e as laterais, ou frontotemporais, onde os cabelos são mais sensíveis a esse tipo de quadro. Têm algumas semanas de queda, depois estabiliza, o cabelo volta a crescer, mas claro, dependendo da pessoa, pode demorar mais ou menos até voltar ao normal.

A condição é fisiológica, portanto normal, não é uma doença, como alguns tipos de alopecia. Conforme já dito, é passageiro, porém desagradável e costuma afetar muito a autoestima de homens e mulheres e, no pós-parto, ainda mais. “É um momento difícil, de muitas mudanças, e essa alteração capilar ganha um peso ainda maior na vida da mulher que já está passando pelo puerpério”, enfatiza Marques.

Por ser uma reação fisiológica, não é todo mundo que tem e o quadro também pode variar de intensidade. Existem diversos tipos de tratamento, só que no pós-parto, o acompanhamento e o cuidado devem ser maiores porque a mulher geralmente está amamentando, então a ajuda profissional é bem importante. Em casos que não sejam de pós-parto, a liberdade para tratar é bem maior com medicamentos, suplementação vitamínica, tratamentos tópicos para reduzir a queda e estimular o crescimento, cosméticos adequados e até injetáveis.

 

Sobre a especialista:

Patrícia Marques é graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e tem especializações em reconstrução de mama e da face no Hospital de la Santa Creu i Sant Pau, em Barcelona, e no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em NY, EUA. É referência nacional em frontoplastia e redução de testa e já transformou a vida de mais de 650 pessoas através das cirurgias realizadas. CRM-SP 146410. Também é tricologista, especialista em medicina capilar. 

Instagram: @dra_patricia_marques

Site: https://www.drapatriciamarques.com.br/

Avenida Moema, 300, conjunto 71, Moema, São Paulo/SP

Telefone: (11) 93206-0079

 



 

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