23/10/2023 às 15h06min - Atualizada em 23/10/2023 às 16h08min

Como a inteligência artificial afeta a cibersegurança empresarial?

* Marcos Almeida é gerente de red team & threat intelligence da Redbelt Security

Marcos Almeida
Redbelt

A revolução digital não trouxe apenas avanços tecnológicos impressionantes, mas também uma sombra perigosa que paira sobre as empresas em todo o mundo. Enquanto a Inteligência Artificial (IA) se torna uma ferramenta poderosa e onipresente em nossas vidas cotidianas, ela também traz consigo desafios e riscos, especialmente no que diz respeito à segurança da informação.

Um dos maiores obstáculos enfrentados pelas empresas hoje em dia é o uso da IA como arma por criminosos cibernéticos. Eles estão aproveitando essa tecnologia para criar malwares mais sofisticados e aprimorar códigos que visam comprometer a segurança das empresas. O cenário atual de cibersegurança é dominado por ataques direcionados e um dos principais instrumentos nesse arsenal é o phishing, potencializado pelo uso da IA.

Os golpes de phishing desenvolvidos com IA são cada vez mais difíceis de detectar, pois se adaptam ao comportamento das vítimas, personalizando os ataques e se tornando cada vez mais convincentes. Isso coloca as empresas em uma posição vulnerável, já que até mesmo os funcionários mais atentos podem cair em armadilhas bem elaboradas. Portanto, é crucial que as empresas estejam cientes desse risco e adotem medidas proativas para mitigá-los.

Mas não se deve permitir que o medo da má utilização da IA desacelere seu potencial. Apesar de poder ser utilizada como uma ameaça, ela também pode atuar como uma aliada poderosa. A tecnologia pode refinar as regras de identificação de malwares, identificar padrões de tráfego suspeitos e fornecer recomendações de segurança em tempo real. A IA também desempenha um papel fundamental na governança de dados e na detecção de anomalias.

A ferramenta pode detectar, por exemplo, atividades incomuns em redes corporativas, sinalizando possíveis ameaças, antes que causem danos significativos. Além disso, a análise preditiva da IA pode ajudar as empresas a antecipar ataques e se preparar adequadamente, fortalecendo suas defesas cibernéticas.

No entanto, é importante lembrar que a IA não deve ser usada como uma muleta. Em vez disso, deve ser vista como um apoio que nos capacita a tomar decisões bem informadas. A mente humana sempre desempenhou um papel insubstituível na avaliação e no julgamento, sendo vital que se continue a desenvolver as habilidades de pensamento crítico para avaliar o que a IA apresenta.

Outro ponto fundamental é a conscientização dos colaboradores que trabalham com segurança da informação. É preciso compreender que o bom funcionamento dessa área não é apenas responsabilidade da equipe de TI, cada funcionário desempenha um papel crucial na proteção dos ativos da empresa. Treinamento constante e conscientização sobre a evolução das ameaças cibernéticas atuais são essenciais para manter a segurança como um todo.

No futuro, a segurança das empresas dependerá não apenas da sofisticação das tecnologias empregadas, mas também da profundidade da compreensão e do compromisso em usá-las de forma responsável. À medida que as ameaças cibernéticas em constante evolução são enfrentadas, é imprescindível lembrar que a verdadeira força da segurança reside na criatividade humana e em sua capacidade de discernir, adaptar e tomar medidas decisivas.

Agora, mais do que nunca, é hora de abraçar IA como uma aliada poderosa, mas também de lembrar que a segurança, a ética e a responsabilidade estão em nossas mãos. Juntos, moldaremos um futuro no qual a IA e a segurança empresarial caminharão lado a lado, fortalecendo as bases das empresas e protegendo valores fundamentais

 


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