19/10/2023 às 14h33min - Atualizada em 20/10/2023 às 00h02min

Cirurgia oncoplástica reabilita a estética para o resgate da autoestima feminina

Temos que levar em consideração a autoestima da mulher, que vai muito além de um resultado estético

Heverson Bayer
https://centrodeoncologia.com
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O câncer de mama é o tipo que mais acomete as mulheres ao redor mundo, com cerca de 2,3 milhões de casos novos estimados em 2020, quase 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, sendo mais elevadas nos países desenvolvidos. No Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama para o triênio 2023-2025, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer – INCA, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.

O diagnóstico precoce vem aumentando graças a campanhas de prevenção de câncer de mama e ao maior acesso à informação. Porém, como essas ações acontecem em momentos pontuais do ano, “o autocuidado, a realização de consultas regulares com profissionais experientes e capacitados, e de exames periódicos devem acontecer o ano todo”, destaca o mastologista Leônidas Noronha, do COP – Centro de Oncologia do Paraná.

Descobrir a doença em estádios clínicos iniciais, além de apresentar mais chances de cura, permite tratamentos menos invasivos e agressivos, podendo, por exemplo, uma cirurgia conservadora apresentar as mesmas possibilidades de cura de cirurgias mais radicais. Contudo, ainda que em estágio inicial, um diagnóstico positivo para a doença não pode ser ignorado. Deve-se consultar um especialista e dar início ao tratamento o mais breve possível.

A condução dessas etapas, desde a descoberta do câncer até a concretização do tratamento, implica não apenas na cura da doença, mas também na etapa pós- cura, quando entra em cena a cirurgia oncoplástica da mama, que se insere no percurso do tratamento oncológico de pacientes submetidas à mastectomia parcial ou radical, para a correção estética da cirurgia a que foi submetida. Dr. Leônidas Noronha é enfático ao dizer que, atualmente, quando se fala em tratamento do câncer de mama, tem-se que pensar no tripé: segurança oncológica, estética e bem-estar. “Temos que levar em consideração a autoestima da mulher, que vai muito além de um resultado estético, pois impacta diretamente na recuperação psicológica e na qualidade de vida”, afirma o mastologista.

Técnicas aperfeiçoadas

Nos últimos anos, várias técnicas cirúrgicas foram desenvolvidas e aperfeiçoadas para oferecer o que a medicina tem de melhor como cirurgia oncoplástica da mama. Entre elas destacam-se: conceitos de mamoplastias aplicadas à oncologia, quadrantectomia com radioterapia intra-operatória, reconstrução mamária imediata após quadrantectomias e adenomastectomias. Segundo o mastologista, “mesmo após a realização de mastectomias (retirada das mamas), a cirurgia oncoplástica da mama tem um papel fundamental na busca de bons resultados, a exemplo da reconstrução com implantes de silicone, reconstrução com tecido da própria paciente (retalhos miocutâneos) e plástica da mama oposta na busca de melhor harmonização corporal”.

Assim, a cirurgia oncoplástica contribui para a obtenção de melhores resultados estéticos e para que a mulher com câncer de mama tenha uma vida com mais qualidade, mantendo-se as mesmas taxas de curas dos tratamentos radicais convencionais.

Dr. Leônidas Noronha pontua: “a cirurgia reconstrutora em pacientes portadoras de câncer de mama é tão importante que tem direito assegurado pela legislação, a Lei nº 13.770/2018, que dispõe ‘toda mulher tem garantida a realização de cirurgia plástica reconstrutiva da mama em casos de mutilação decorrente de tratamento de câncer’, inclusive as atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”.


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