05/10/2023 às 13h30min - Atualizada em 06/10/2023 às 00h08min

Neuromarketing e a influência das imagens digitais  

*Virgínia Bastos Carneiro 

Valquiria Cristina da Silva Marchiori
Rodrigo Leal

A interação com imagens digitais surge de modo bem acentuado, no território tecnológico em que nos encontramos, em um contexto digital contemporâneo de intensa produção e circulação visual. Nos tornamos ávidos seres visuais. O neuromarketing toma para si esse vigoroso processo visual para transmitir ao público-alvo elementos eficazes nos momentos de tomada de decisão. 

O neuromarketing, com ajuda da neurociência, têm nos ensinado que as pessoas cultuam uma representação gráfica, tendência que vem se acentuando mais e mais no processo de tomada de decisão de todas as faixas etárias de público. Atentemos para estes exemplos já comprovados em mídias sociais, (Bridger, 2021): há mais visualização em artigos com imagens assertivas; compartilham-se mais postagens que apresentam apelo visual; imagens são o cerne do Facebook e Twitter; Instagram e Pinterest que o digam. Nesta sequência, não foi por acaso que Marck Zuckerberg alterou o layout do Facebook para dar maior destaque e visualização a imagens, fotos e vídeos. E mais, conteúdos com imagens estrategicamente pertinentes, têm 90% de influência sobre a escolha das decisões de compra.  

Não é para menos que a influência das imagens sobre as pessoas em suas tomadas de decisão, vem sendo estudada científica e psicologicamente de modo acelerado, nos últimos anos.  Ainda de acordo com Bridger, 2020, podemos entender a world wide web como “o maior experimento psicológico de todos os tempos” na percepção behaviorista, em que milhões de reações comportamentais em tempo real e de modo virtual são identificadas por meio dos cliques.  

Desta forma, somente com base no hábito de clicar dos consumidores, uma rápida análise da influência das imagens nas tomadas de decisão pode ser feita, a de que definitivamente nosso processo de desenvolvimento não vai de encontro às palavras, aos textos, mas, por certo, preferimos o visual. E há uma razão para isso: a visualização nos consome menos tempo, pois o imediatismo nos interessa, gastamos menos energia cerebral, apreendemos de imediato o significado da mostragem e decodificamos com facilidade instruções e explicações implícitas nas imagens. Além disso, visualizar imagens nas telas de celulares ou computadores é bem mais agradável e descomplicado do que ler textos, mesmo que sejam curtos. Eles não nos atraem tanto como uma inteligente e poderosa imagem.  

Sendo assim, com base em estudos científicos constatados pela neurociência, o neuromarketing evidencia o poder da produção e da circulação visual, como influenciadores na tomada de decisão. A conquista da atenção dos consumidores pela transmissão de informações visuais coerentes e relevantes, de absorção rápida e intuitiva, nos leva, sob esse aspecto, a nos compreender como criaturas visuais por excelência. 

*Virgínia Bastos Carneiro é mestre em educação e pós-graduada em neuromarketing: neurociência do consumidor. Professora no Centro Universitário Internacional Uninter - 

 


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