JR Fotos / Shull SeedsEm pouco mais de 20 anos, a média de produtividade das lavouras de milho no Brasil aumentou acima de 300%. De pouco mais de 1.800 quilos por hectare, em meados da década de 1990, para 5.922kg/ha, atual expectativa da Conab para a safra 2022/23.
Grande parte deste resultado é fruto do desenvolvimento de novos híbridos de milho e sua ampla adoção pelos agricultores brasileiros. O chamado melhoramento genético de plantas, realizado por meio do cruzamento de linhagens com as melhores características, precisa ser constante para que a produtividade compense o frequente aumento dos custos agrícolas e para enfrentar desafios climáticos, pressões de pragas e doenças, sejam novas ou já existentes.
Foi com o objetivo de oferecer híbridos mais produtivos e bem adaptados à realidade brasileira que a Shull Seeds, empresa 100% nacional com sede em Ribeirão Preto, iniciou há sete anos um programa próprio de melhoramento genético de milho. Com mais de R$ 50 milhões já investidos, a Shull é uma das poucas empresas privadas brasileiras a enfrentar este desafio.
Em seus Centros de Pesquisas a companhia realiza todos os anos milhares de cruzamentos entre linhagens originárias do Brasil e outras trazidas de outros regiões da América do Sul e Central, África, Ásia, Europa e dos Estados Unidos. Após uma primeira fase de testes em regiões de São Paulo e Minas Gerais, os produtos são testados e avaliados em outras unidades de pesquisa da empresa e parcelas de lavouras espalhadas por todo o País.
São mais de 50 mil parcelas testadas anualmente, em um processo que leva de quatro a seis anos para criação e seleção de um novo híbrido de milho. Isso porque somente após avaliações criteriosas ao longo de diversas safras e ambientes, os híbridos são lançados comercialmente no mercado.
“Constantemente estamos trazendo variabilidade genética, reunindo linhagens temperadas, que em geral são mais produtivas e precoces, e combinando com as tropicais, já adaptadas e resistentes a pragas e condições climáticas", explica o líder de pesquisa do projeto, o engenheiro agrônomo e doutor em melhoramento genético de plantas, Evandrei Rossi.
De acordo com o especialista, a região de Ribeirão Preto oferece um ambiente propício para o estudo dos novos híbridos devido à alta pressão de pragas e doenças e um clima marcado por longas estações de calor, chuva e seca, que permitem selecionar plantas que toleram severas condições de estresse.
Melhoramento genético
“Utilizando as mais modernas tecnologias e processos para desenvolvimento de novos híbridos, hoje conseguimos acelerar o ciclo de pesquisa, atendendo mais rapidamente às necessidades dos agricultores com relação à tolerância a novas pragas e doenças, ciclo da planta, adaptação climática e produtividade", destaca o pesquisador.
Durante o processo de melhoramento são avaliados aspectos visuais e morfológicos da planta, como seu porte, qualidade de colmo e raiz, tolerância a doenças e produtividade. Estas avaliações são realizadas nas diversas regiões agrícolas do país.
“Hoje temos milhares de linhagens e híbridos em nosso banco de germoplasma. O resultado de cada cruzamento é catalogado e passa para nosso sistema eletrônico de registro de pedigree, no qual os híbridos ou linhagens são classificadas conforme suas características", explica Rossi.
Shull
A Shull Seeds é uma empresa 100% brasileira dedicada a oferecer ao produtor rural as melhores opções em híbridos de milho e sorgo. Com sede em Ribeirão Preto, a companhia foi fundada em 2016 e está em sua terceira safra comercial. A qualidade de seu portfólio, resultado de pesquisa genética própria, tem permitido à empresa dobrar suas vendas ano a ano. Conheça mais em https://shullseeds.com/ ou no instagram @shullseeds.
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