Divulgação Por Ronaldo Oliveira*
Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios, popularmente conhecidos como FIDCs, têm sido uma classe de investimento com um crescimento notável nos últimos anos. Com a implementação da nova regulação dos fundos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), prevista para entrar em vigor em 2 de outubro, o cenário se torna ainda mais promissor. Essas mudanças trazem à tona uma série de oportunidades para startups e fintechs de crédito que buscam alavancar suas operações.
A abertura dos FIDCs para o público em geral
Uma das principais mudanças na regulamentação dos FIDCs é a abertura desses fundos para o público em geral. Anteriormente, apenas investidores qualificados ou profissionais, com mais de R$ 1 milhão e R$ 10 milhões em investimentos, respectivamente, tinham permissão para aplicar em cotas desses fundos. Essa restrição limitava o acesso a uma classe de investimento que se mostrava cada vez mais atrativa.
Com a abertura dos FIDCs para investidores não profissionais, abre-se uma janela de oportunidade para que um número maior de pessoas tenha acesso a essa forma de investimento. Isso não apenas democratiza o acesso aos mercados de crédito, mas também amplia o capital disponível para financiar uma variedade de projetos, incluindo os empreendimentos de startups e fintechs de crédito.
Startups e Fintechs como motor da inovação em crédito
No atual cenário econômico, as startups e fintechs têm desempenhado um papel crucial na transformação do setor de crédito. Essas empresas frequentemente criam ecossistemas ricos em oportunidades de crédito, abordando nichos específicos e atendendo a necessidades diversas. Dois exemplos notáveis são o FDI (Financiamento de Intercâmbio) e a RevPay.
O FDI é uma fintech que se especializa em financiar estudantes que desejam estudar no exterior. Esse é um exemplo perfeito de uma startup que atende a uma necessidade específica e cria oportunidades de crédito personalizadas. Com a nova regulação dos FIDCs, o FDI pode agora se beneficiar de uma base mais ampla de investidores, o que pode facilitar o acesso ao capital necessário para financiar mais estudantes em busca de experiências educacionais no exterior.
A RevPay é outra fintech que se destaca ao financiar vendedoras porta a porta na compra de produtos para revenda. Esse modelo de negócios é altamente específico e requer um entendimento profundo das necessidades dos clientes. Com a abertura dos FIDCs para o público em geral, a RevPay pode ter acesso a um pool maior de investidores, o que pode impulsionar seu crescimento e capacidade de fornecer financiamento para vendedoras em todo o país.
Alavancando operações por meio dos FIDCs
Uma das principais razões pelas quais startups e fintechs buscam acesso aos FIDCs é a capacidade de alavancar suas operações. Embora essas empresas muitas vezes tenham teses de crédito menos tradicionais, captar recursos por meio de grandes fundos de investimento pode ser desafiador. No entanto, a nova regulamentação abre portas para captação de recursos de uma gama mais ampla de investidores.
As startups geralmente desejam financiar suas próprias operações para obter novas receitas e manter o controle sobre seus negócios. No entanto, muitas delas não possuem o capital necessário para fazer isso de forma eficaz. Os FIDCs podem ser a solução para esse dilema, permitindo que essas empresas acessem o mercado de capitais e obtenham financiamento para expandir suas operações.
Teses de crédito mais nichadas
Outro aspecto importante a considerar é que startups e fintechs muitas vezes se especializam em teses de crédito mais nichadas. Suas abordagens personalizadas e focadas em segmentos específicos de mercado podem ser altamente eficazes, mas podem não ser atrativas para os grandes fundos tradicionais.
Com a nova regulamentação, essas teses de crédito mais nichadas podem encontrar um público investidor mais alinhado com suas estratégias. Isso cria um ambiente favorável para startups e fintechs que desejam inovar no setor de crédito e atender a demandas de nicho que podem ter sido negligenciadas anteriormente.
Assim como no investimento em ações, que nossa tendência é investir em empresas da qual conhecemos o modelo de negócio, no mercado de crédito não é diferente. Como as teses de crédito de startups e fintechs geralmente fogem do tradicional, com a abertura dos fundos será possível atrair investidores que também conhecem do nicho atendido pela empresa.
Em suma, as mudanças na regulamentação dos FIDCs representam uma oportunidade significativa para startups e fintechs de crédito. A abertura desses fundos para o público em geral democratiza o acesso ao investimento em crédito, permitindo que empresas inovadoras alcancem o financiamento de que precisam para crescer e atender a nichos específicos de mercado. À medida que o ecossistema de crédito continua a evoluir, essas mudanças regulatórias podem ser um catalisador crucial para a inovação e o crescimento das startups e fintechs que moldarão o futuro do setor.
*Ronaldo Oliveira é Founder e CEO da Giro.Tech.
Sobre a Giro.Tech:
A Giro.Tech é uma empresa especializada em transformar startups e empresas não financeiras em fintechs de crédito. Com uma equipe altamente capacitada em conhecimentos financeiros e tecnológicos, a Giro.Tech oferece soluções personalizadas e inovadoras para apoiar empresas a criar suas próprias operações de crédito e se transformarem nos bancos do futuro. Com mais de R$50 milhões processados mensalmente em suas operações de crédito e mais de 25 emissões em securitização, a empresa está comprometida em impulsionar a transformação financeira e ajudar seus clientes a se fintechzarem, removendo barreiras de tecnologia e licenças financeiras. Saiba mais em: https://giro.tech/
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