27/09/2023 às 09h31min - Atualizada em 27/09/2023 às 16h05min

Neurologista especializado em Esclerose Múltipla aborda impacto da doença na saúde mental dos pacientes e estratégias de tratamento

Dr. Matheus Wasem, compartilhou informações valiosas sobre como essa condição pode afetar a saúde mental dos pacientes

Felizarda Moura
Divulgação

Que é necessário falar sobre saúde mental já sabemos e buscamos divulgar sempre mais sobre informações necessárias e verdadeiras. De acordo com a OMS, em 2019, quase um bilhão de pessoas – incluindo 14% dos adolescentes do mundo – viviam com um transtorno mental. Mas, ao invés de diminuir, a depressão e a ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia. Hoje compreendemos que o tratamento é necessário e que o estigma é enorme, e existem pessoas que convivem com isso por já ter outra doença, como a Esclerose Múltipla.

O renomado neurologista especializado em Esclerose Múltipla, Dr. Matheus Wasem, compartilhou informações valiosas sobre como essa condição pode afetar a saúde mental dos pacientes. Ele ressaltou que doenças mentais são mais frequentes em pacientes com Esclerose Múltipla do que na população em geral, devido a uma combinação de fatores. Dr. Wasem explicou que as lesões cerebrais causadas pela Esclerose Múltipla podem afetar os neurônios responsáveis pelas emoções, prejudicando os circuitos cerebrais e contribuindo para o desenvolvimento de transtornos mentais como ansiedade e depressão. Além disso, o simples fato de ter uma doença neurológica crônica, incurável e neurodegenerativa pode levar a transtornos mentais devido ao estresse, discriminação e necessidade de uso contínuo de medicamentos.

"Os principais desafios emocionais e psicológicos enfrentados pelos pacientes, incluindo transtorno de ansiedade generalizada e depressão, são comuns. A importância de uma abordagem multidisciplinar no tratamento, envolvendo uma rede de apoio sólida, atividade física, terapia com psicólogo e, quando necessário, medicação prescrita por neurologistas ou psiquiatras", explica. Em relação a estratégias específicas de intervenção, o Dr. Wasem mencionou que não há um tratamento único, mas a vigilância constante por parte dos médicos é essencial para identificar sinais sutis de transtornos mentais nos pacientes com Esclerose Múltipla.

" O papel fundamental da comunidade de apoio, incluindo amigos e familiares, na promoção da saúde mental dos pacientes. Além de demonstrar empatia e respeito, eles podem auxiliar nas consultas médicas, atividades físicas e lazer. Todos os pacientes com Esclerose Múltipla deveriam ser avaliados quanto à sua saúde mental, e a identificação precoce de sinais ou sintomas, incluindo ansiedade e depressão, é crucial para evitar consequências graves, como o aumento das taxas de suicídio entre esses pacientes", finaliza.


 

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