DivulgaçãoO preço do aluguel no Rio de Janeiro segue batendo recordes de alta. Em agosto, o valor médio do metro quadrado atingiu R$ 38,73, aumento de 0,54% em comparação com julho. Foi o 24º mês consecutivo de alta dos preços na capital fluminense. Os dados são do índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, divulgado hoje.
A Zona Sul carioca concentra os bairros com maior alta no preço no período. Dos dez bairros no topo do ranking, cinco ficam localizados na região, que concentra as localidades mais caras da cidade. O principal aumento foi registrado em Ipanema, com alta de 51,6% no preço médio do metro quadrado no último ano.
Desde setembro de 2021 a capital fluminense não registra retração ou estagnação dos preços na comparação mensal. O movimento reforça o aquecimento do mercado imobiliário local, mesmo após recuperar as perdas da pandemia. No último ano, os preços dos imóveis subiram 13,04%.
Entre os tipos de imóveis monitorados pela pesquisa, os de um e dois dormitórios impactaram para esse movimento, com alta de 1,12% e 0,16% em comparação com julho, respectivamente. Já aqueles com três quartos registraram uma leve retração dos preços no mês passado, de 0,25%.
Nos últimos 12 meses, somente 2 dos 35 bairros monitorados pelo indicador tiveram queda do preço na capital fluminense, todos na Zona Norte da cidade. A principal retração foi registrada no Cachambi, onde os preços caíram 7,2% no período. Todos os Santos, na mesma região, registrou queda de 1,1%.
Ainda de acordo com o indicador, a alta dos preços dos aluguéis tem se estabilizado, ainda que em um patamar elevado. Desde fevereiro, a alta no acumulado dos 12 meses tem girado em torno de 16%. O cenário é similar ao observado em outras capitais, como São Paulo e Belo Horizonte, onde a desaceleração da alta dos preços começa a ser mais evidente.
“O mercado imobiliário em diferentes capitais vem dando sinais de desaceleração desde o fim do ano passado. No Rio, no entanto, esse movimento tem sido mais lento. Os próximos meses serão fundamentais para concretizar essa tendência”, destaca o especialista em dados do Grupo QuintoAndar Pedro Capetti.
Apesar do preço elevado na cidade, os consumidores ainda têm encontrado espaço para negociação. Dados do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb mostram que o desconto médio das transações feitas em agosto foi de 3,1% - 0,2 ponto porcentual abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado (3,3%).
“Um desconto de 3,1% parece pequeno, mas pode representar muitas vezes uma benfeitoria no imóvel durante um contrato de 30 meses de aluguel. Os números mostram que há espaço para o inquilino barganhar e conseguir um preço que caiba em seu bolso. Para o proprietário, na maioria dos casos, ceder um pouquinho também é vantagem, já que o valor costuma compensar pensando nos custos do apartamento parado”, afirma Capetti.
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