21/09/2023 às 14h52min - Atualizada em 22/09/2023 às 00h00min

Com queda da Selic, ministro prevê redução dos juros do consignado do INSS

Redução pode comprometer crédito do consignado INSS

Luiza Santos
https://valor.globo.com/financas/noticia/2023/09/20/juro-do-emprstimo-consignado-de-segurado-do-inss-acompanhar-reduo-da-selic-diz-lupi.ghtml
Agência Brasil / Lula Marques

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, prevê a redução das taxas de juros para empréstimos consignados do INSS. Esta declaração foi feita durante uma audiência pública na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, na quarta-feira (20).  

De acordo com Lupi, a diminuição nas taxas de juros dos empréstimos consignados do INSS será ajustada de acordo com a taxa Selic. "Nossa intenção é fixar essa taxa de referência de forma que, sempre que o Banco Central reduzir a Selic, nós a reduziremos na mesma proporção", afirmou o ministro.  

O objetivo do governo federal é que as taxas de juros para empréstimos consignados do INSS atinjam 1,7% ao mês até o final de 2024. Atualmente, o limite de juros para beneficiários do INSS é de 1,91% ao mês.  Em agosto, quando o limite de juros foi reduzido para 1,91%, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) emitiu um comunicado afirmando que a redução das taxas de juros pode tornar inviável a concessão de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS.  

Segundo a Febraban, juros muito baixos não cobrem os custos de alguns bancos e restringem a oferta de crédito mais acessível para aposentados e pensionistas. Na época, a federação explicou que essa medida "coloca o produto em um patamar abaixo dos custos atuais para alguns dos bancos que oferecem essa linha de crédito", o que ameaça a disponibilidade de empréstimos consignados do INSS para aposentados e pensionistas.

Redução na taxa selic


Nesta quarta-feira (20), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu  a taxa básica de juros da economia em 0,5 ponto percentual, de 13,25% para 12,75% ao ano. Este é o menor patamar desde junho de 2022. Segundo o comitê, há previsão para novos cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões. 

Redução pode comprometer crédito do consignado INSS

Por meio da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), as instituições bancárias já afirmaram que deixarão de ofertar o crédito consignado para milhões de brasileiros. A primeira suspensão ocorreu em março, quando o governo federal tentou cortar o juro de 2,14% para 1,7%, mas os bancos não aceitaram, parando de conceder os empréstimos. 

Depois da reação das instituições bancárias, o limite foi reduzido de 2,14% para 1,97% ao mês. Agora com a redução dos juros para 1,91%, a Febraban afirma que a porcentagem coloca o produto abaixo dos custos vigentes para parte dos bancos que operam essa linha de crédito. 

Segundo o diretor da Maximize Negócios, Jefferson Paixão, a modalidade do consignado está há mais de 20 anos auxiliando os brasileiros a realizarem seus sonhos e a quitarem suas dívidas com taxas de juros baixas e sem burocracia. Ele explica que as medidas adotadas pelo Ministério da Previdência desestimulam a operação de crédito consignado. 

“Essas ações não ajudam os aposentados, muito pelo contrário. Presenciamos os bancos afirmarem que não vão mais conceder empréstimos acessíveis a aposentados e pensionistas, porque os juros atuais são impraticáveis. Dessa forma, os beneficiários do INSS serão forçados a recorrer a empréstimos com juros exorbitantes, chegando a 25%”, afirmou Jefferson Paixão, diretor da Maximize Negócios.

 


 

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