20/09/2023 às 19h09min - Atualizada em 21/09/2023 às 00h00min

Redução da taxa básica de juros Selic para 12,75%: impactos no setor imobiliário

Novo corte favorece principalmente quem deseja financiar um imóvel em 2023

Flávia Sofia do Nascimento Brandão
https://cvcrm.com.br/
Banco de imagens

O novo corte na taxa básica de juros (Selic), anunciado pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) nesta quarta-feira (20), que alterou a porcentagem de 13,25% para 12,75%, favorece principalmente quem deseja financiar um imóvel em 2023. A expectativa na queda da taxa torna o mercado ainda mais favorável para a aquisição de imóveis na planta ou em construção.  

A decisão impacta também nos índices do setor imobiliário que, segundo especialistas, vinha sofrendo as consequências da taxa de juros elevada, congelada em 13,5%, por um longo período de tempo. A última decisão tomada em agosto deu início ao ciclo de corte da taxa básica de juros da economia, diminuindo a taxa para 13,25%.  

Para Livio Ribeiro, pesquisador do FGV IBRE, o início do ciclo de corte da taxa básica de juros da economia anunciado em agosto de 2023 lança uma prospecção de que a Selic possa fechar o ano em 11,75% e chegar a meados de 2024 em 9,5% ao ano. Isso significa que quem financiar um imóvel nos próximos meses poderá se beneficiar de taxas de juros do crédito imobiliário ainda mais baixas quando próximo da entrega do imóvel. 

Impacto da taxa Selic no INCC 

O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC-M) é o índice que possibilita o acompanhamento da evolução dos preços de materiais, serviços e mão-de-obra mais relevantes para a construção civil, e é o indicador mais afetado pela taxa Selic. 

O INCC apresenta três variações, que são definidas de acordo com o período de cálculo. Este índice avalia os preços de serviços; equipamentos; matéria prima (como cimento, tijolos, entre outros); mão de obra de todos os envolvidos, e tecnologias utilizadas em vários pontos da cadeia produtiva.   

De acordo com a última divulgação realizada pela FGV, o INCC-M variou 0,24% em agosto, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando o índice variara 0,06%. O INCC-M acumula alta de 2,50% no ano e de 3,06% em 12 meses.  

A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de -0,16% em julho para -0,07% em agosto. O índice referente à Mão de Obra subiu 0,71% em agosto, ante 0,38% em julho. 

Os números impactam diretamente no otimismo do mercado imobiliário que, no último mês, tem comemorado o aumento no número de lançamentos de empreendimentos.  

Adaptação ao cenário de crescimento 

Para Fábio Garcez, CEO do CVCRM, o ano de 2023 tem demonstrado que as empresas do nicho têm compreendido a importância da adaptação a um cenário de crescimento e melhoria nos índices. “Tanto na relação cotidiana com as construtoras e incorporadoras quanto nos eventos que participamos, nós podemos perceber que os empresários do setor imobiliário estão otimistas e melhorando seus processos de gestão e de vendas”, afirma. 

A cada 45 dias, o COPOM analisa os dados econômicos e define a direção dos juros do país, dados acompanhados de perto pelo mercado imobiliário. 


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