20/09/2023 às 16h08min - Atualizada em 20/09/2023 às 20h11min

Inteligência Artificial no entretenimento: herói ou vilão?.

Técnica de deepfake permite recriar rostos, vozes e movimentos de artistas, gerando novas possibilidades de criação e homenagem

Divulgação
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A inteligência artificial é uma tecnologia que veio para ficar e transformar o mundo do entretenimento. Com ela, podemos explorar novas formas de expressão artística e cultural, além de homenagear os ícones que marcaram gerações. Esta tecnologia amplia perspectivas para este mercado, mas também abre um debate sobre os riscos e responsabilidades que envolvem o seu uso.

Segundo pesquisa da consultoria PwC, (incluir link) a inteligência artificial deve movimentar US$15,7 trilhões na economia global até 2030, sendo US$6,6 trilhões provenientes do aumento da produtividade e US$ 9,1 trilhões da melhoria do consumo. A indústria do entretenimento e mídia é um dos que mais se beneficiará desse crescimento.

Um dos exemplos mais recentes do uso da IA na área artística foi o filme publicitário da Volkswagen que reuniu Elis Regina e Maria Rita cantando juntas a música “Como Nossos Pais”. O vídeo foi criado com a técnica de deepfake, que consiste em sobrepor o rosto de uma pessoa sobre o de outra em um vídeo, usando redes neurais e algoritmos de aprendizado de máquina.

Para realizar essa façanha, os produtores usaram um dublê para dar corpo a Elis Regina (falecida em 1982), e depois inseriram o rosto da cantora sobre o da atriz, usando uma ferramenta de inteligência artificial que analisou diversos vídeos e imagens da cantora. O resultado foi um dueto emocionante e realista entre mãe e filha, que surpreendeu e comoveu o público.

De acordo com Thoran Rodrigues, CEO da BigDataCorp, e um dos maiores especialistas em inteligência artificial do Brasil, “o deepfake é uma das aplicações mais impressionantes da IA, pois permite criar imagens e sons que parecem reais, mas que na verdade são sintéticos. Isso abre um leque enorme de possibilidades para o entretenimento, desde recriar cenas históricas, até imaginar cenários futuristas”.        

Além do deepfake, existem outras formas de usar a inteligência artificial no entretenimento, como a geração automática de textos, músicas, códigos e imagens a partir de descrições ou ideias fornecidas pelo usuário. Essas ferramentas podem auxiliar na criação de conteúdos originais, personalizados e diversificados para diferentes públicos e plataformas.

Porém o especialista alerta que o uso desta tecnologia vai trazer profundos desafios éticos e legais, que já estão em discussão no mundo todo. O uso indiscriminado de personalidades das artes, política ou qualquer segmento pode criar uma sensação de insegurança e dúvida no público. “Os avanços da tecnologia podem propiciar a ampliação da criatividade e expansão do acesso à Arte. Porém, antes de tudo, precisamos manter o respeito e cuidado com a preservação dos direitos autorais e da imagem dos artistas envolvidos”, conclui Thoran. 


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