DivulgaçãoO relatório mais recente do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos, alerta que, em 2021, uma a cada 36 crianças naquele país era diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A Organização Panamericana de Saúde (OPAS), vinculada à Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que, em todo o mundo, uma em cada 160 crianças tem transtorno do espectro autista. No Brasil, embora não exista um levantamento oficial semelhante, a classe médica também aponta um crescimento no número de casos diagnosticados de autismo. Para debater o atual cenário, novos tratamentos e o necessário combate ao preconceito, será realizado em Florianópolis, em outubro, o NEU.RONEWS - Congresso Multidisciplinar de Neurociência e Neurodesenvolvimento.
Serão mais de 50 palestrantes em diferentes especialidades, como fisioterapia, fonoaudiologia, neuropediatria, nutrologia, psicologia e terapias complementares. "E o autismo será um dos temas em destaque. Vamos trazer profissionais que são referências em suas áreas, que estão atuantes no mercado e poderão compartilhar depoimentos e cases atuais, baseados em suas próprias vivências e atendimentos", explica a organizadora do evento, Lisiane Fabris, proprietária da LIFE Neurodesenvolvimento, um centro avançado de desenvolvimento e recuperação neurofuncional. Lisiane é pedagoga e fisioterapeuta, trabalhou como professora universitária por mais de 20 anos, inclusive à frente da organização de eventos acadêmicos.
Lisiane explica que estudos epidemiológicos realizados nos últimos 50 anos apontam o aumento global da prevalência de TEA, sendo que em muitos países de baixa e média renda os dados até agora são desconhecidos. Existem inúmeros estudos em andamento em nível mundial buscando identificar causas do autismo, entre elas fatores genéticos e ambientais, como a prematuridade do parto e até o tempo de exposição às telas e aos aparelhos celulares. "Há muitas explicações possíveis para esse aumento aparente, incluindo aumento da conscientização sobre o tema, a expansão dos critérios diagnósticos, melhores ferramentas de diagnóstico e o aprimoramento das informações reportadas”, afirma.
O tratamento do autismo é multidisciplinar e envolve profissionais de diversas áreas. "Como o TEA é uma desordem do neurodesenvolvimento que afeta a capacidade de regulação do comportamento, de comunicação e de interação social, é imprescindível que a equipe terapêutica esteja em constante comunicação para o estabelecimento de objetivos comuns e estratégias de reforço positivo para a modulação do comportamento", explica a pedagoga Lisiane. A profissional lembra que a intervenção precoce é essencial para que se possa gerar autonomia do paciente, bem como a máxima participação social possível.
E a participação dos familiares no tratamento é fundamental. "A família é lastro para o desenvolvimento e sua participação é essencial. As figuras materna e paterna são o alicerce para a modulação comportamental e, ainda, para a mediação entre os membros da equipe multidisciplinar para que sejam garantidos os ajustes necessários nas estratégias terapêuticas apontadas pelo progresso individual. Assim, buscar assistência realmente especializada é indispensável. As orientações corretas podem fazer toda a diferença na condução do caso", explica Lisiane.
Único em seu formato, o NEU.RONEWS visa fomentar o conhecimento na área, levando informações à comunidade científica e profissional, mas, também, às famílias que buscam por orientações em relação às atipias e aos mais diversos transtornos do neurodesenvolvimento. Os inscritos também receberão um link de acesso após o evento para assistirem a todas as palestras ou reverem as suas preferidas.
Serviço
O quê: NEU.RONEWS - Congresso Multidisciplinar de Neurociência e Neurodesenvolvimento
Quando: 14 e 15 de outubro
Onde: Majestic Palace Hotel, Centro, Florianópolis
Inscrições pelo site https://topedindoingressos.com.br/e/i-neu-ronews-conference
Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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