14/09/2023 às 14h55min - Atualizada em 15/09/2023 às 00h00min

Além do Agosto Lilás: o caminho das empresas para combater a violência contra as mulheres

Na contramão da tendência de queda nas mortes violentas, Brasil registrou um aumento de crimes de gênero no último ano

Maria Eduarda Brito
Carine Roos_CEO e fundadora da Newa. Crédito: Israel Pinheiro

Os casos de violência contra as mulheres no Brasil, infelizmente, não param de crescer. Segundo dados do Anuário do Fórum Brasileiro da Segurança Pública de 2022,  as denúncias de violência doméstica registradas saltaram de 237.596, em 2021, para 245.713 em 2022. O avanço deste cenário aponta uma necessidade de políticas mais rigorosas na sociedade e também nas organizações.

Carine Roos, mestranda em Gênero pela London School of Economics and Political Science - LSE e CEO da Newa, empresa de consultoria especializada em DE&I e saúde mental para as organizações, aponta: “A vida das mulheres e o combate à violência contra as mulheres são pautas extremamente importantes, não é apenas problema nosso, mas de todos: empresas, sociedade e instituições. As organizações são uma extensão da sociedade civil, por isso é preciso que as lideranças estejam sensibilizadas e atentas a este cenário que o país vive”. 

Apesar dos números, muitas organizações ainda têm dúvida se devem ou não tratar do tema, com medo de entrar em um campo particular da vida de seus colaboradores, de se expor a riscos jurídicos ou até de tocarem em pautas que ainda não estão 100% implementadas na cultura organizacional. Porém, quando há risco à integridade das próprias funcionárias, a isenção não deve ser uma alternativa. É preciso ações concretas e consistentes para combater a violência contra meninas e mulheres no contexto social no qual a empresa está inserida.

“Em primeiro lugar, existe a prevenção. Parte dos assédios sexuais e morais que podem levar a agressão acontecem no ambiente corporativo. Criar um espaço para a conscientização, promover conversas sobre o tema e principalmente construir uma cultura acolhedora para que a mulher possa se sentir à vontade para falar com as lideranças, é essencial”, comenta Roos.

Além de ser um dever cívico, a luta para acabar com a  violência contra as mulheres engloba tópicos de desenolvimento organizacional e ESG. “Não é à toa que o objetivo 5 da ONU tem como meta eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas, afinal, essa crescente de violência é fruto do machismo estrutural enraizado em nossa sociedade. Organizações que querem estar alinhadas com propósitos mais sustentáveis e com governanças mais humanizadas, precisam, mais do que nunca, fomentar a discussão sobre o tema e auxiliar no processo de acolhimento e de orientação para a denúncia.”, finaliza a CEO.

 

SOBRE A NEWA:

A Newa é uma empresa de impacto social que atua no desenvolvimento de organizações baseadas na construção do diálogo, na colaboração e no respeito. A startup valoriza as diferenças e age em prol da diversidade e do bem-estar genuíno. Desde a sua fundação, a Newa atua no desenvolvimento de lideranças compassivas, que atuem na construção de ambientes mais inclusivos e psicologicamente seguros a partir do florescimento humano. A empresa aposta em lideranças focadas no coletivo, na colaboração, na abundância e compaixão, valores que considera essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e com mais equidade. 


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