13/09/2023 às 14h02min - Atualizada em 13/09/2023 às 20h12min

Quais os desafios de implantar espaços de urbanização sustentáveis?

Docentes do curso técnico em Meio Ambiente do Senac EAD destacam os principais problemas e soluções

Aline de Oliveira Silva
Freepik

Apontado como o 5º maior país do mundo em área territorial e o 7º em número de habitantes, o Brasil se destaca ainda, pela cobertura vegetal nativa que equivale a 58,5% do território. Contudo, a urbanização acelerada e a necessidade de aumentar a produção industrial, resultaram em situações desafiadoras.

Entre elas, como o setor público, empresarial e sociedade podem avançar no cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), firmados com a Organização das Nações Unidas (ONU), no pacto da Agenda 2030. Na atualidade, não se pode mais falar em crescimento econômico sem adequá-los aos três pilares da sustentabilidade: social, ambiental e financeiro.

Por outro lado, a informação mais recente do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (Brasil – IDSC), apontou que cerca de 70% dos municípios brasileiros foram classificados com um nível de crescimento baixo ou muito abaixo da média. Vale acrescentar que a metodologia utilizada segue os indicadores do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS).

A fim de responder esse questionamento, docentes do curso técnico em Meio Ambiente do Senac EAD, destacaram quais as prioridades para alcançar uma urbanização sustentável. Para o docente Crístofer Lourenço Coelho, por exemplo, os efeitos da degradação demandarão muitas ações e projetos estruturais, além da conscientização da sociedade.

“Os projetos de educação ambiental devem ser prioridade, juntamente com a exigência de certificações ambientais. Desse modo, as organizações demonstrarão compromisso com a sociedade, conquistando a confiança de todos os públicos. Além disso, investimentos em tecnologias ambientais são opções assertivas quando se trata de projetos em centros urbanos”, esclarece.

Como são definidas as áreas de parques e praças urbanas?

Uma pesquisa divulgada pelo Ministério do Turismo destacou a preferência dos brasileiros por visitar ou frequentar parques urbanos. O mais citado (62%), de acordo com o levantamento, foi o Parque Ibirapuera, na cidade de São Paulo (SP). Além disso, 81% dos respondentes mencionaram ter frequentado esse espaço urbano, enquanto 30% vão com frequência para passear, descansar, caminhar ou correr.

Contudo, a docente Audri Santos, do curso técnico em Meio Ambiente do Senac EAD, explica que a efetivação dessas áreas ainda é um desafio nacional, considerando a recomendação do Programa Cidades Sustentáveis e a Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda o mínimo de 12m² de área verde por habitante.

“Vale reforçar que entre as ODS estabelecidas na Agenda 2030, a de número 11 trata das “Cidades e Comunidades Sustentáveis”. Entre as metas estabelecidas e que devem ser cumpridas pelos países participantes, estão: o acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos, acessíveis e verdes. Ou seja, oferecer a população locais para lazer e esporte, são questões de planejamento do espaço urbano”, argumenta a educadora.

Nesse sentido, existem instrumentos legais que abordam a necessidade da definição e criação dessas áreas, as quais estão presentes no Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001). Com esse entendimento, é papel do Estado, compatibilizar as políticas de crescimento econômico e social com a proteção do meio ambiente, a fim de que seja possível promover o desenvolvimento integrado, harmônico e sustentável, previsto no Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651/2012).

Animais silvestres invadem os centros urbanos

Os efeitos da urbanização provocam várias mudanças de comportamento, e uma delas é a invasão de animais silvestres nas ruas, lagos ou mesmo quintais das cidades. De acordo com especialistas, essa “ocupação” é resultado da redução do habitat natural e de fontes alimentares para as espécies, lembrando que a condição não acontece somente no Brasil, mas em diversos países.

O instrutor do curso técnico em Meio Ambiente do Senac EAD, Norberto Costa, explica que é comum se deparar com algumas espécies silvestres na área urbana, em quase todas as regiões do país. Porém, alerta que é fundamental evitar contato direto com o animal, ainda que aparente ser dócil ou frágil.

“Os órgãos responsáveis, como a Polícia Ambiental e o Corpo de Bombeiros, orientam que a pessoa faça contato e informe sobre a aparição da espécie. Nesses locais existem profissionais capacitados para orientar e ir até o local e apreender de forma adequada”, detalha.

Vale acrescentar que não se deve, de modo algum, tentar capturar ou interagir com o animal, principalmente se for venenoso ou peçonhento. No caso de aves, a preocupação é menor, contudo, não alimente qualquer espécie, pois, corre-se o risco de ataque.
O que é preciso para tornar os espaços urbanos sustentáveis?

É importante destacar que não existe um modelo padrão para alcançar esse objetivo, contudo, é necessário um planejamento que equilibre as ações ambientais, econômicas e sociais. Ainda assim, é possível elencar algumas medidas que contribuirão para tornar os espaços de urbanização mais sustentáveis:

- Políticas públicas: o governo não é o único responsável, mas tem um papel de protagonista na criação de projetos e ações sustentáveis, além de destinar recursos para investimentos em educação ambiental.

- Mobilidade e acessibilidade: mudanças na mobilidade urbana convencional são essenciais para reduzir os efeitos de gases de efeito estufa (GEE) e emissão de CO2. Essas substâncias são responsáveis pelo aquecimento global, mudanças climáticas e surgimento de catástrofes, em termos alagamentos e poluição.

- Aumento de áreas verdes: conforme destacado no início do texto, os centros urbanos necessitam de espaços públicos com cobertura vegetal, pois, a urbanização destruiu grande parte dos biomas. Dessa maneira, rios e solos sofreram as consequências, apresentando vários níveis de degradação.

- Eficiência energética: a economia no consumo de energia elétrica é uma das principais condições para reduzir os efeitos nocivos da poluição. A adoção de fontes de energia limpas (solar e eólica, por exemplo), também podem ajudar muito a atingir essa meta.

Como foi possível observar os desafios para aumentar as ações sustentáveis nas áreas urbanas são vário e não serão concluídos em curto prazo. Com essa perspectiva, a demanda por profissionais habilitados e qualificados que possam fazer a gestão dos recursos naturais abre uma série de oportunidades para os técnicos em meio ambiente.

No Senac EAD, os estudantes que concluírem todos os módulos do curso e comprovarem a conclusão do ensino médio, receberão o diploma de Técnico em Meio Ambiente (Nível Médio – Eixo Tecnológico Ambiente e Saúde), aprovado pelo MEC e reconhecido em todo país.

Portanto, se você tem interesse em iniciar uma carreira nessa área, aproveite que as matrículas para próxima turma estão abertas até o dia 23 de outubro. Acesse o site e confira os detalhes da qualificação.

Sobre o Senac EAD 
Com 77 anos de atuação na educação profissional, o Senac foi pioneiro no ensino a distância no Brasil. A primeira experiência nessa modalidade se deu em 1947 com a Universidade do Ar, em parceria com o Sesc, que ministrava cursos por meio do rádio. 

A partir de 2013, com o lançamento do portal Senac EAD, a instituição ampliou a sua atuação em todo o país. Hoje, oferece um amplo portfólio de cursos livres, técnicos, de graduação, pós-graduação e extensão a distância, atendendo todo o Brasil e apoiados por mais de 380 polos presenciais para avaliações. Acesse aqui a programação completa de cursos do Senac EAD.















 

Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
U | U
U


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp