11/09/2023 às 10h38min - Atualizada em 12/09/2023 às 04h01min

Quase metade dos motociclistas de BH já se acidentou

Levantamento parcial da campanha Ande Seguro, realizada pela CDL/BH, mostra que a maioria dos condutores atua como entregador e percorrem até 150 quilômetros por dia

Assessoria de Imprensa
https://www.cdlbh.com.br/imprensa/quase-metade-dos-motociclistas-de-bh-ja-se-acidentou/
Alessandro Carvalho

Quase metade dos condutores de motocicleta (44,4%) da capital mineira já se acidentou. Esse dado, extraído do balanço parcial da 10ª edição da campanha Ande Seguro, promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), é reflexo de outros números preocupantes: 36,4% dos motociclistas, em especial os motofretistas, percorrem acima de 150 quilômetros por dia, o que equivale a cinco viagens para Macacos (localizada a 25 km de Belo Horizonte), e 49,1% realizam entre 21 a 40 entregas por dia. 

A campanha, iniciada no dia 28 de agosto, já promoveu, até o momento, quatro paradas educativas e, em cada uma delas, além da avaliação das condições do veículo e equipamento de seguranças,  também faz um levantamento dos dados dos condutores. São analisados tópicos como equipamento de segurança utilizado, envolvimento em acidentes, curso de pilotagem segura, quilometragem percorrida por dia e plano de saúde. Até o momento, a sondagem ouviu 198 motociclistas. 

“Esses dados acendem um alerta sobre a segurança dos condutores de motocicletas, especialmente os motofretistas que são essenciais para o funcionamento dos serviços de delivery. Esses profissionais têm exercido uma carga horária de trabalho excessiva na maioria dos casos”, afirma o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. 

A sondagem levantou que 54,5% dos motociclistas atuam como entregador, sendo que 42,4% são autônomos, 37,6% são microempreendedores individuais e 20% possuem contrato celetista. Questionados sobre a realização de curso de pilotagem segura, 71,7% afirmam que nunca fizeram. 

Acidentes 

De acordo com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), de 1° de janeiro a 31 de julho deste ano, o Hospital de Pronto Socorro João XXIII atendeu a 3.148 acidentados que ocupavam motos. Em comparação a todo o ano de 2022, quando 4.715 acidentados por moto deram entrada no João XXIII, conclui-se que, somente nos sete primeiros meses de 2023, o equivalente a 66% do total do último ano já foram atendidos pela unidade hospitalar. A sondagem da Ande Seguro, onde 44,4% já terem se acidentado, mostra que o número de acidentes por condutor foi:

  • 1 acidente: 46,5% 
  • 2 acidentes: 20,9%
  • 3 acidentes: 16,3%
  • 4 acidentes: 4,7%
  • 5 acidentes: 7%

Questionados sobre o tempo que ficaram parados após o acidente, a maioria (41,1%) ficou até 30 dias; já 17,9% afirmam ter paralisado as atividades por até 90 dias. Ao serem indagados sobre plano de saúde, sobre plano de saúde, 65,7% dizem não possuir. 

As condições gerais das motocicletas avaliadas até o momento têm apresentado bom estado, com destaque para itens como freio, capacete, transmissão da moto, jaqueta e calçados. Em contrapartida, equipamentos de segurança como luvas não são utilizados. 

“De forma geral, os motociclistas estão mais atentos e cuidadosos com o estado de conservação da moto e também dos equipamentos de segurança. Mas ainda observamos muitos sem itens essenciais como antena corta-cerol”, aponta o diretor da Câmara Setorial CDL/BH Duas Rodas Moto, Milton Furtado. 

O relatório ‘Vida no Trânsito’, realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da BHTrans, Superintendência de Mobilidade e Sistema Único de Saúde, aponta que, em 2020, foram 153 óbitos no município decorrentes de sinistros de trânsito, representando a taxa de 6,07 mortos por 100 mil habitantes. Esta taxa representa os óbitos ocorridos em até 30 dias após o acidente e em decorrência dele. 

Campanha ajuda reduzir acidentes 

Neste mesmo ano, o acidente com motos foi a principal causa de óbitos representando 45,1% dos mortos. Os dados do relatório mostram uma crescente elevação de óbitos de ocupantes de motocicleta. Em 2020, a taxa de óbitos de ocupantes de motos foi 2,7 por 100.000 habitantes, já a taxa por atropelamento foi de 2,4. Nos anos de 2015,  2019 e 2020, a morte de ocupantes de motos foi superior a de pedestres. Os números mostram que está havendo uma redução, ano a ano, dos atropelamentos e crescendo a de acidentes com motos.

“Os números referentes a óbitos e acidentes envolvendo motociclistas são alarmantes. Entretanto, observa-se que no período de realização da campanha "Ande Seguro” haja uma redução de até 4,5% do número de acidentes envolvendo motos”, finaliza o presidente da CDL/BH. 

Nas paradas educativas da “Ande Seguro”, 12 itens das motocicletas e dos equipamentos de segurança são avaliados, entre eles capacetes, freios, pneus, luzes, rodas e condições gerais do veículo. Os condutores também recebem gratuitamente a antena corta cerol, chaveiro, tirante e concorrem a sorteio de brindes como capacete, luvas e jaqueta.Também são repassadas dicas de segurança patrimonial, visando a proteção dos motociclistas e seus bens. 

Próximas paradas da Campanha Ande Seguro

12 de setembro, de 14h às 16h - Avenida Amazonas, 3045 - Gutierrez

14 de setembro, de 10h às 12h - Avenida Barão Homem de Melo, 2510 - Nova Granada

19 de setembro, de 14h às 16h - Avenida Afonso Pena, 952 - Centro

21 de setembro, de 10h às 12h - Avenida dos Engenheiros, 4138 - Pampulha

25 de setembro, de 14h às 16h -  Avenida Amazonas, 3045 - Gutierrez

26 de setembro, de 14h às 16h - Avenida Abílio Machado, 2705 - Alípio de Melo

28 de setembro, de 10h às 12h - Avenida João Pinheiro, 495 - Boa Viagem

Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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