07/09/2023 às 18h03min - Atualizada em 08/09/2023 às 00h04min

Manutenção da usina hidrelétrica Henry Borden exige mergulho no coração da máquina

O complexo está perto de completar 100 anos em operação e requer perícia dos técnicos; serviços foram finalizados após cinco meses

Governo do Estado de São Paulo
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Quem observa, do litoral, as enormes tubulações do Complexo Henry Borden descendo pela Serra do Mar, não faz ideia do que significa fazer a manutenção da usina, gerida pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil). A estrutura vem sendo continuamente modernizada pela Emae, e a empresa, recentemente, finalizou a manutenção da unidade geradora 2 da usina externa, que voltou à operação normal. Um trabalho desafiador e que exige muita perícia dos técnicos, um time de 225 pessoas.

Inaugurada em 1926, a unidade é, na verdade, um complexo com duas usinas (externa e subterrânea), de 14 grupos de geradores, com capacidade total de produzir 889 megawatts de energia, o que corresponde ao consumo de uma cidade com 4 milhões de residências. “Esse tipo de operação sempre é um desafio”, conta o técnico em eletrotécnica da EMAE, Rubens Carenzio, que atua na manutenção da Henry Borden e para quem a expressão ‘botar a mão na massa’ significa estar – literalmente – dentro da máquina. Uma das operações mais difíceis é a da manutenção nos polos dos geradores e nas barras de enrolamento (onde é gerada a corrente elétrica), ação que exige entrar no gerador.

O processo demanda mais tempo devido ao espaço exíguo, ao intrincamento técnico da estrutura e à difícil comunicação, por conta do ruído, já que as outras unidades geradoras permanecem funcionando. Há, ainda, a alta temperatura do ambiente como mais um fator de complexidade da manutenção. “As peças em cor vermelha são os polos, é preciso que sejam retiradas na parte inferior e superior do rotor”, conta Rubens, referindo-se a equipamentos com dois metros de comprimento e que pesam mais de duas toneladas cada um. É um trabalho de equipe. “A remoção é feita em conjunto pela equipe técnica e pela mecânica, e é usada uma ponte rolante (espécie de talha) para transportar o equipamento desse porte”, detalha.

No caso da unidade geradora 2, a manutenção durou cinco meses, tempo em que o equipamento precisou ficar desativado. Além da substituição de partes desgastadas, a unidade passou por uma limpeza. A usina externa possui oito grupos geradores externos. Já a usina subterrânea é composta por seis grupos geradores, instalados no interior do maciço rochoso da Serra do Mar, em uma caverna de 120 m de comprimento, 21 m de largura e 39 m de altura. O investimento da Emae, apenas nessa operação, foi de R$ 1 milhão, e desde o início do ano, o aporte na usina externa, usina subterrânea e nas tomadas d’água e conexões, totalizou R$ 33,6 milhões.

Usina Hidrelétrica Henry Borden

O complexo Henry Borden foi inaugurado em 1926 e idealizado para aumentar o fornecimento de energia elétrica para São Paulo. Foi a maior usina do Brasil na época de sua criação. O projeto integrou um conjunto de ações audaciosas de engenharia, que contemplou outras estruturas fundamentais para São Paulo, como o reservatório Billings e o canal Pinheiros.

A usina foi parte de um grande investimento da Light, companhia canadense que era responsável pelos serviços de geração e distribuição de energia elétrica em São Paulo. O local para a sua construção, na Serra do Mar, em Cubatão, foi escolhido devido ao desnível existente entre o topo da Serra e o nível do mar, no qual as águas vindas do reservatório Billings ganham força na queda nas adutoras para movimentar as turbinas da usina. Henry Borden foi presidente da Light entre 1946 e 1965. Seu nome foi dado à usina, que era conhecida apenas como usina de Cubatão, em 1964.

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Fonte: www.saopaulo.sp.gov.br

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