06/09/2023 às 15h06min - Atualizada em 07/09/2023 às 00h00min

No Brasil apenas 15% das empresas implementaram completamente ações e medidas efetivas de equidade de gênero

A pesquisa Equidade Salarial 2023 da Mercer tem o objetivo de identificar as mudanças implementadas após a atualização do artigo 461 da Lei nº 5.452

Vitoria Rosa Barros
(Logo/ Mercer)
A equidade salarial continua sendo um desafio para a maioria das empresas no Brasil, conforme revela a pesquisa Equidade Salarial 2023 realizada pela Mercer. O estudo analisou a maturidade do tema nas organizações brasileiras e o impacto da atualização do artigo 461 da Lei nº 5.452, e identificou que, até o momento, apenas 15% das empresas implementaram completamente ações e medidas efetivas relativas a equidade de gênero.

Também foi identificado que 35% das empresas não iniciaram nenhuma ação específica para abordar o tema; e, por fim, um outro grupo em fase de implementação aponta: 17% começaram a implementação de algumas ações ou políticas, mas estão em estágio inicial; 15% estão em processo de implementação parcial e 18% reportam que implementaram parcialmente, mas que ainda necessitam de ajustes e maior atenção em algumas áreas.

No que tange às ações tomadas pelas empresas para lidar com a disparidade salarial e a atualização do artigo 461, 47% relataram que já haviam iniciado o levantamento de dados antes mesmo da divulgação da mudança na legislação. Outras 26% relatam que aguardaram parecer jurídico interno antes de tomar providências; 23% iniciaram o levantamento de dados logo após a divulgação da mudança; 22% esperaram por movimentações no mercado; e 17% aguardaram mais detalhes sobre a lei para esclarecer se ela se aplicava à política de cargos e salários, e somente então tomaram decisões.

De acordo com a visão dos líderes de recursos humanos, os principais desafios relacionados ao tema incluem a mudança de mentalidade e a existência de vieses inconscientes, a cultura organizacional, o orçamento disponível, o monitoramento e controle das políticas e, ainda, a predominância do gênero masculino em níveis e áreas como indústria e tecnologia.

“É encorajador notar que algumas empresas já estão avançando na implementação de políticas para abordar o tema de forma mais efetiva, mas a análise comparativa e longitudinal dos dados existentes sobre a questão, mostra que há um longo caminho a ser percorrido. Todavia, nota-se um significativo avanço de ganho de consciência sobre a importância em se promover um ambiente cada vez mais igualitário, onde todos os colaboradores possam prosperar igualmente, por meio de uma cultura organizacional mais inclusiva”, afirma Marisabel Ribeiro, Diretora de Estratégia de Talentos da Mercer Brasil.

Sobre a pesquisa
A pesquisa Equidade Salarial da Mercer contou com a participação de 202 empresas, com o objetivo de identificar as mudanças implementadas após a atualização do artigo 461 da legislação mencionada. O setor bancário e financeiro corresponde a 16% das empresas participantes, seguido por Serviços não financeiros, com 11%, e, Bens de Consumo e Tecnologia, empatados com 9%. Destas, 53%, possuem entre 1.000 e 10.000 colaboradores, enquanto 12% possuem um quadro de funcionários acima de 10.000.

O estudo oferece insights valiosos sobre a situação atual da equidade salarial nas empresas brasileiras e destaca a importância de abordar esse tema de forma abrangente e eficaz para promover um ambiente de trabalho mais inclusivo e igualitário.
 

Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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