06/09/2023 às 12h02min - Atualizada em 06/09/2023 às 16h01min

Alterações repentinas na visão podem ser sinal da Enxaqueca com Aura, condição neurológica que afeta cerca de 30% das pessoas que lidam com fortes dores de cabeça

Pontos de luz, flashes e borrões visuais são alguns dos sintomas que precedem as crises de dor de cabeça, explica neurologista do Hospital Santa Catarina – Paulista

Nicola Moreira Ferreira
Hospital Santa Catarina
A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça que afeta cerca de 15% da população mundial, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença neurológica é caracterizada por crises que podem durar de quatro até 72 horas, com sintomas como dores unilaterais e latejantes na cabeça, náuseas, vômitos e até sensibilidade maior ao som, luzes e odores fortes. Com características similares, a enxaqueca com aura também costuma apresentar outros sintomas, conhecidos como “aura”, que precedem as crises.
“Podem ter auras de todo tipo, mas o mais frequente é uma alteração visual: pontinhos de luz, flashes, perda do campo visual, riscos coloridos, borrões. No entanto, alguns pacientes relatam até mesmo paralisias em membros, semelhante a um AVC, mas aí vem a dor de cabeça característica, latejante, com ânsia de vômito, durando de 4 até 72 horas”, explica o Dr. Maurício Hoshino, neurologista do Hospital Santa Catarina – Paulista. O nome de “aura” surge a partir desses sintomas de alteração visual que se manifestam como uma aura que surge na visão.
Ainda não se tem certeza científica da psicopatologia envolvida nessa parte da aura, mas acredita-se que o estresse, a má alimentação e alterações no sono podem ser gatilhos para a doença. Normalmente, a aura dura poucos minutos, até meia hora no máximo, e costuma desaparecer completamente ao se iniciar a crise de enxaqueca. Devido a uma influência hormonal, a doença atinge principalmente as mulheres, sendo que 20 a 30% das pessoas com enxaqueca costumam sentir os sintomas da aura. 
Segundo o neurologista, ao sentir os sintomas da aura, o ideal é evitar a automedicação e procurar um especialista para tratamento com medicação profilática adequada. “Independentemente de ter muita dor de cabeça ou não, se há muita frequência de ‘aura’, já pode haver a indicação de medicação profilática devido ao incômodo dos sintomas. No entanto, tem que tomar cuidado com a automedicação. Se a pessoa usa muitos medicamentos por conta própria para a crise de dor, isso pode aumentar o risco de lesão vascular sistêmica, o que pode ser perigoso”, alerta o médico do Hospital Santa Catarina – Paulista.
A notícia boa é que, assim como as crises de enxaqueca tendem a se tornar menos comuns com o passar do tempo, a “aura” também tende a desaparecer. “Naturalmente, as enxaquecas começam a diminuir com o tempo e a aura é o primeiro sintoma que começa a sumir. Essa é a evolução natural de um paciente com aura: a pessoa começa a ter os sintomas menos frequentes e menos intensos, até que ele tende a sumir sozinho”, comenta o Dr. Hoshino.
Por outro lado, na ocorrência de episódios frequentes, o médico recomenda que é sempre importante realizar uma investigação no sistema nervoso central, uma vez que os sintomas da “aura” podem estar, eventualmente, relacionados à ocorrência de um tumor ou aneurisma.
Sintomas da Aura que precedem a Enxaqueca
·  Pontos de luz na visão
·  Flashes
·  Perda temporária da visão
·  Riscos coloridos
·  Borrões
·  Paralisia de membros
Como evitar a doença
·  Controle de estresse
·  Sono adequado
·  Alimentação saudável e atividade física regular
·  Uso de medicação profilática para controlar os sintomas, mediante recomendação de um neurologista
 

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