31/08/2023 às 16h30min - Atualizada em 01/09/2023 às 04h01min

Agosto Dourado: por que muitas mulheres enfrentam dificuldades no momento da amamentação?

O aleitamento materno pode marcar um período difícil para mães e bebês, impactando na saúde física e emocional de ambos

Redação
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Nas redes sociais, é cada vez mais comum encontrar mulheres que acabaram de se tornar mães relatando as suas experiências com a amamentação. Mesmo que palavras como “dificuldade” e “dor” sejam comuns em suas falas, as declarações, em geral, acabam por ressaltar a importância da amamentação. Para os bebês, por exemplo, nutrição e hidratação adequadas, fortalecimento dos fatores imunológicos e auxílio no desenvolvimento saudável do neonato são apenas alguns dos inúmeros benefícios do aleitamento materno.

Esses depoimentos e debates ganham ainda mais força nesta época do ano, no chamado Agosto Dourado, mês em que é realizada a campanha de conscientização e promoção do aleitamento materno. Isso ocorre porque, apesar de ser um processo natural, uma mulher amamentar o seu bebê que acabou de nascer, essa fase da vida materna gera uma série de dúvidas e questões que podem se tornar transtornos caso não sejam devidamente sanadas.

Conforme aponta Claudia Barbosa, enfermeira e docente do Senac São Paulo, há muitos casos de mulheres que não dispõem das informações adequadas no período de pré-natal e chegam ao puerpério despreparadas. “É cada vez mais necessário cuidar da gestante no período pré-natal. Nesse momento é possível fazer orientações à futura lactante e avaliar fatores fisiológicos como, por exemplo, cirurgias mamárias anteriores que exigem mais atenção, além de fatores emocionais”, explica a profissional que é membro do Grupo de Ensino e Pesquisa em Pós-parto e Aleitamento Materno da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (Gepam - EPE – Unifesp).

Neste sentido, o combate à falta de informação é fundamental na medida em que ela leva a uma série de problemas na condução da amamentação, tornando o processo muito desgastante para mães e bebês. Entre os problemas mais comuns, constam as lesões ou fissuras mamilares, a presença de dor ou a diminuição da oferta da mama. Além disso, outra dor de cabeça é o manejo incorreto do lactente durante a mamada, uma vez que o posicionamento incorreto do bebê no peito da mãe pode provocar machucados e muita dor, tornando aquele momento desagradável.

Como forma de driblar essa situação, muitas mães recorrem à introdução de fórmulas lácteas e uso de bicos artificiais, em decisões que ocasionam, eventualmente, um desmame precoce. Muito embora cada caso deva ser analisado individualmente para que o melhor seja feito tanto para as mães como para os bebês, há alguns passos que ajudam a tornar essa importante fase mais tranquila para os dois, como por exemplo: ter uma rede de apoio.

Poder contar com pessoas que apoiem a amamentação é uma grande contribuição para mães e bebês. “Ter uma rede de apoio solidária, informada e capacitada pode fazer uma grande diferença, contribuindo com esclarecimentos acerca do aleitamento, auxiliando na autoeficácia materna”, comenta Claudia.

De acordo com Aline Ornelas, enfermeira e docente do Senac São Paulo, além de pessoas próximas, sejam elas amigos ou familiares, os profissionais de saúde também devem integrar a rede de apoio. Esses especialistas oferecem auxílio às mães no que se refere ao manejo e pega adequada e também podem fazer uma avaliação criteriosa e direcionar um atendimento individualizado. “O auxílio profissional pode contribuir de forma positiva no processo de amamentação. O SUS (Sistema Único de Saúde), por exemplo, oferece este serviço nos bancos de leite humano (BLH) e UBS’s do município”, indica Aline, que tem  especialização em UTI pediátrica e neonatologia.

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