Ismaele RibeiroA Messer Cutting inaugurou em Caxias do Sul um centro de distribuição que é a primeira unidade da marca no Sul do país. É também a segunda do Brasil e voltada a negócios de pós-venda de equipamentos de corte de chapas de aço, com soluções em peças e insumos, assistência técnica e centro de treinamento. A abertura da unidade ocorre em um cenário mais otimista para o setor de máquinas, que espera crescer 2,4% em receitas líquidas de vendas no próximo ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Na inauguração da Messer Cutting em Caxias do Sul, a CEO da empresa no Brasil, Martina Paulus, lembrou que a primeira unidade no país, em Jundiaí (SP), foi aberta em 2007, inicialmente também como pós-vendas e que depois se tornou unidade de manufatura. Essa unidade vinha atendendo a todo o mercado nacional. Com a estruturação em Caxias do Sul, será possível prestar assistência da marca diretamente da cidade gaúcha que é polo metalmecânico.
“Com a nossa nova base, teremos um estoque de mais de 7 mil peças somente em Caxias para atender, além de dispor de nossos técnicos”, citou. Nos últimos três anos, a Messer Cutting tem apresentado crescimento de 33% no Brasil.
O CEO Global da Divisão Messer Cutting, Bill Heller, traçou uma linha do tempo da marca e das principais tecnologias desenvolvidas. “A Messer está celebrando 125 anos neste ano, e o que poderia ser melhor do que abrir em Caxias do Sul”, mencionou. “Desde então, várias gerações deram continuidade ao negócio”, disse. O grupo Messer é a maior empresa 100% familiar no segmento de gases.
Já o CEO da Messer Cutting Systems Américas, Scott Kessler, lembrou que a marca já comercializou mais de 8 mil equipamentos nas Américas e citou diferenciais da empresa, como ser fornecedor e fabricante de máquinas de corte, nas tecnologias laser, plasma e oxicorte, além de outras inovações, formação de profissionais e softwares. A marca atende também a outros segmentos industriais - construção naval, indústria da fabricação de torres de turbinas eólicas, agricultura e prestação de serviços.
Abimaq traça cenário para o setor
A diretora Executiva de Competitividade, Economia e Estatística da Abimaq, Cristina Zanella, apresentou as perspectivas econômicas e tendências na economia e no setor de máquinas, que, no Brasil reúne cerca de 9 indústrias de diferentes segmentos, com maior presença nas regiões Sul e Sudeste. E, depois de um cenário de queda nos negócios, a sinalização é de melhora em 2024 no país, com alta nas vendas líquidas de 2,4%. Neste 2023, o setor deve fechar o ano com queda de 3,4%, a segunda consecutiva.
A economista elencou mudanças que poderão proporcionar melhora da atividade econômica, como a normalização da cadeia de suprimentos, queda da inflação e dos juros. Na contramão há o cenário global, de desaceleração da economia e juros altos.
O Brasil é o 15º maior produtor de máquinas e equipamentos, sendo China, Estados Unidos e Alemanha os três primeiros colocados nesse ranking. E, de acordo com a economista, o País exportou o equivalente a 25% de sua produção de máquinas e equipamentos em 2023.
Tecnologias e treinamento
No Brasil a Messer Cutting soma mais de 500 máquinas instaladas e aposta no desenvolvimento de diferentes tipos de soluções em corte para continuar crescendo. Há também a formação técnica dos colaboradores em centros de treinamento. Em Caxias do Sul, na abertura da unidade, a Cutting realizou dois dias de workshops sobre temas como tecnologias e melhorias empregadas nos processos industriais, capacitação de pessoal, Hidrogênio Verde, segurança e outros temas.
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