30/08/2023 às 08h32min - Atualizada em 01/09/2023 às 00h00min

Google aponta: Pix foi a forma de pagamento mais procura nos últimos 12 meses

Nos últimos dois anos foram feitas 26 bilhões de transações pela ferramenta de pagamento instantâneo. A popularização do Pix fez com que ele se tornasse o meio de pagamento mais procurado nos últimos 12 meses

Beatriz Sampaio
Adriano Machado/REUTERS.

A chegada do Pix revolucionou completamente o cenário de pagamentos e transferências bancárias no Brasil. Com sua proposta inovadora, o sistema conquistou em pouco tempo a preferência dos brasileiros, tornando-se uma das formas mais populares de realizar transações financeiras. 

 

Sua agilidade e segurança trouxeram benefícios significativos tanto para os consumidores quanto para as empresas, transformando a maneira como lidamos com o dinheiro no dia a dia. A simplicidade do Pix é um dos seus principais atrativos. Com poucos cliques no celular, é possível enviar ou receber dinheiro instantaneamente, eliminando a necessidade de aguardar longos prazos como acontecia em transferências tradicionais. 

 

Além disso, o sistema funciona 24 horas, todos os dias da semana, o que proporciona uma flexibilidade sem precedentes aos usuários, que podem realizar suas transações a qualquer momento, mesmo aos feriados e finais de semana.

 

Com todas essas vantagens, o Pix se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. Desde o seu lançamento em novembro de 2020 até setembro de 2022, haviam sido realizadas 26 bilhões de transações, gerando uma movimentação de R$ 12,9 trilhões. Os dados são do levantamento da Associação Brasileira de Bancos (Febraban)

 

Não à toa, foi o método financeiro mais procurado nos últimos 12 meses, segundo o Google Trends.

 

Neste artigo, vamos explorar as razões por trás do sucesso do Pix, apresentando suas vantagens, origem, dados sobre a sua popularidade no país, se existe em outros países, se vai passar a ser cobrado, dentre outras questões.


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Como o Pix funciona?

O Pix representa uma revolução no modo como realizamos transações financeiras, proporcionando agilidade, facilidade e segurança nas operações.

 

Para utilizá-lo, é necessário ter uma conta bancária em uma instituição financeira que ofereça o serviço e se cadastrar, vinculando o número de telefone, e-mail ou CPF à sua chave Pix, uma espécie de identificador único que facilita o processo de pagamento ou transferência, substituindo a necessidade de informar o tradicional número de conta e agência. 

 

Com esse código cadastrado, basta informá-lo ao realizar uma transação para o dinheiro ser transferido instantaneamente entre as contas envolvidas, de forma segura e sem custos adicionais.

 

Outra vantagem do Pix é a possibilidade de utilizá-lo para realizar compras e pagamentos em estabelecimentos comerciais, bastando escanear o QR Code gerado pelo recebedor para efetuar a transação. Dessa forma, o sistema tem se tornado uma opção cada vez mais popular, trazendo maior comodidade e praticidade para a vida financeira dos brasileiros.

O Pix no Brasil

Nos últimos anos, o Brasil testemunhou um crescimento exponencial no uso do Pix. Para se ter uma ideia, ele se tornou o 2º maior sistema de pagamentos instantâneos do planeta, ficando atrás apenas da Índia em transferências em tempo real. 

 

Segundo dados da pesquisa Prime Time for Real-Time Report, feita pelas empresas especializadas ACI Worldwide e GlobalData, em 2022 o país registrou 29,2 bilhões de transações. A modalidade detém 15% das operações desse tipo em todo o mundo.

 

Outro estudo, agora realizado pela consultoria McKinsey, revelou que o Pix já ultrapassou o uso do dinheiro em espécie no Brasil. 

 

Em conjunto com outras formas de transferência bancária, como TED e DOC, ele é escolhido por 14% dos entrevistados, enquanto apenas 10% ainda optam por utilizar dinheiro em suas transações.

 

Apesar dessa ascensão, os pagamentos mediante a máquina de cartão de débito e crédito ainda lideram as operações, sendo preferidos por 38% e 22% dos consumidores, respectivamente. 

 

As transferências (Pix, TED e DOC) ocupam o 3º lugar como meios financeiros mais utilizados, enquanto o dinheiro figura em 4º lugar, conforme os resultados da pesquisa.

Buscas pelo sistema no país

Toda essa popularidade fez com que o sistema desenvolvido pelo Banco Central do Brasil se tornasse a forma de pagamento mais pesquisada pelos usuários nos últimos 12 meses, ultrapassando o cartão de crédito, débito, cheque e dinheiro físico. As informações foram retiradas do Google Trends.



 

 

Quando comparamos com os últimos 5 anos, vemos que esta também foi a modalidade mais buscada, principalmente nos seguintes estados:

 
  • Amazonas;

  • Maranhão;

  • Amapá;

  • Acre;

  • Roraima.

Principais dúvidas sobre o Pix

Vai ser cobrado?

O anúncio da cobrança de tarifas no serviço Pix pela Caixa Econômica Federal, feito em meados de junho, surpreendeu muitas pessoas e reacendeu alguns debates nas redes sociais. 

 

Tudo começou com um vídeo circulando pela internet que sugeria que todas as transações seriam taxadas. Inicialmente, a cobrança começaria a partir de 19 de julho, mas o banco suspendeu temporariamente a medida após ordem do presidente Lula.

 

É importante lembrar que a cobrança da tarifa para pessoa jurídica (microempreendedores individuais (MEIs) e empresários individuais (EIs) já é permitida pelo Banco Central e adotada por vários bancos. A dúvida é se essa taxa também será cobrada às pessoas físicas.

Existe Pix em outros países?

A resposta é não. O Pix é um sistema exclusivo para clientes de instituições financeiras que atuam em território brasileiro, ou seja, não possibilita envio ou pagamento de valores para contas bancárias de outros países.

 

No entanto, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou recentemente que a instituição está em negociações para implementar o Pix Internacional com 4 países da América Latina: Colômbia, Chile, Equador e Uruguai. A intenção é estabelecer um bloco econômico com esses destinos da região.

 

O Pix Internacional, como está sendo chamado, está previsto para ser lançado nos próximos 2 anos. Até lá, o sistema continuará funcionando exclusivamente dentro do território nacional, como já conhecemos.

Se não existe Pix em outros países, existe o quê?

O Pix não é um método exclusivo do Brasil. Existem sistemas semelhantes em outros lugares ao redor do mundo. Alguns exemplos incluem o MB Way em Portugal, o Bizum na Espanha e o Zengin no Japão - este último sendo um dos primeiros países a implantar um sistema desse tipo.

 

Atualmente, mais de 50 países utilizam sistemas de pagamentos instantâneos e o Brasil ocupa a 2ª posição em número de transações nessa modalidade, graças ao Pix, de acordo com um relatório global da ACI Worldwide e GlobalData.

 

Recentemente, foi anunciado o “Pix americano”, conhecido como “FedNow”, o sistema tem funcionamento similar ao Pix brasileiro e promete agilizar o processo de transferência de dinheiro nos Estados Unidos.


Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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