28/08/2023 às 17h12min - Atualizada em 29/08/2023 às 00h03min

Indiana Jones da vida real: os verdadeiros caçadores de tesouros

Na era da internet, os caçadores de tesouros, conhecidos como detectoristas, compartilham os achados por meio das redes sociais e despertam a vontade de sair em busca de objetos de valor

Eliane Ramos
Divulgação: Diego Leone Dias Raulino

Sem dúvidas o caçador de tesouros mais popular é o Indiana Jones, o “arqueólogo” que nas telas de cinema  buscava objetos com valor histórico muito cobiçados.  O roteiro dos filmes era uma sequência de aventuras. Atualmente, a busca de relíquias é feita por pessoas conhecidas como detectoristas, que contam com instrumentos modernos para achar verdadeiros tesouros enterrados na terra, praias e até submersos no mar. 

Diego Leone Dias Raulino, morador de João Pessoa (PB), é um dos milhares de detectoristas espalhados pelo Brasil, mas, diferente do Indiana Jones, ele segue a lei e realiza as buscas em propriedades particulares, com autorização dos donos, respeitando, assim, os locais que são patrimônios históricos protegidos  pelos órgãos competentes. 

Na caça por objetos, o detectorista  já encontrou itens de valor histórico como moedas coloniais, imperiais e cruzeiros, dedal, fivela antiga, bala de mosquete e também de valor monetário como alianças e anéis. As relíquias encontradas são motivo de orgulho e ficam expostas em uma estante na casa dele. Além disso, o detectorista usa seu canal no youtube para compartilhar suas aventuras e conquistas, tal qual a personagem dos filmes de Hollywood. 

Além do valor simbólico e  material dos objetos encontrados, o hobby  faz bem ao corpo e à mente. “Quando estou em busca desses materiais presto atenção somente nisso, esqueço os problemas, exploro lugares desconhecidos, fico em contato com a natureza. Acabo fazendo uma atividade física,  caminho muito, subo morros,  e, como estou distraído procurando sinal dos objetos metálicos, nem percebo que estou  me exercitando”, conta o detectorista. 

Diego começou as atividade de detectorismo há nove anos, parou de praticar por um tempo, mas voltou em busca de novas experiências, investiu em um equipamento moderno, criou um novo grupo e tem explorado o litoral paraibano. “Quando comecei era somente eu, mas ultimamente tenho encontrado outros “detetives” nos terrenos, a atividade cresceu muito nos últimos anos”, explica. 

Para Regis Oliveira, diretor comercial da Minelab, empresa líder em tecnologia de detectores de metal e com sede da América Latina no Brasil, o país é um mercado muito promissor para a atividade.As pessoas gostam de fazer as buscas em grupos, em família, de passar um momento juntas ao ar livre, seja explorando novas descobertas ou unidas pela preservação do meio ambiente. Procurar metais e objetos perdidos é fascinante, pois cada achado conta uma história e nunca se sabe o que se pode encontrar. É um verdadeiro caça ao tesouro”, destaca.

Nos últimos dois anos, a Minelab registrou um crescimento de 1.500% em território nacional, o que demonstra que há muitos “Indianas Jones” brasileiros em busca de objetos valiosos, seja monetário ou sentimental. 

As possibilidades e diversões que o detectorismo proporciona são muitas, e o Diego dá uma dica para quem também quer sair em busca de possíveis tesouros: “o ideal é procurar um bom equipamento, isso porque muitos iniciantes optam por aparelhos vindos da China com qualidade duvidosa”. E é sempre importante reforçar que a atividade não pode ser praticada em lugares tombados, sítios arqueológicos e áreas privadas.


 

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