28/08/2023 às 11h07min - Atualizada em 29/08/2023 às 00h01min
Com o avanço do trabalho híbrido e o anywhere office, pequenas cidades e regiões rurais dos EUA e Reino unido crescem com migração de trabalhadores das áreas urbanas
Relatório do IWG revela que cerca de 500 mil pessoas pretendem deixar as grandes cidades ainda neste ano
Gabriel Pereira
Divulgação: IWG Brasil São Paulo, agosto de 2023: Um novo estudo realizado pelo IWG – líder global e nacional em espaços de trabalho flexíveis como coworkings e escritórios –, em parceria com a consultoria de sustentabilidade Arup, mostra que cerca de meio milhão de pessoas deixarão as grandes cidades dos EUA ainda este ano. O número é 59% maior do que os níveis anteriores a 2020, com a maioria se mudando para o interior, antigas cidades-dormitório e até mesmo áreas rurais. O mesmo acontece em todo o Reino Unido, que já registra os primeiros impactos dessa movimentação com evidências de que essas cidades, fora dos grandes centros comerciais, apresentam níveis de atividade econômica maiores dos que os registrados antes da pandemia. O relatório também cita uma pesquisa americana conduzida por Stephan D. Whitaker[1][2], do Banco da Reserva Federal de Cleveland, que observa que a emigração de áreas urbanas dos EUA com uma população de mais de 500 mil habitantes era de 75 mil por mês no início da pandemia. Em 2022, esse nível se estabilizou em 39 mil mensais – 59% a mais do que os níveis pré-pandêmicos. A análise do IWG desses níveis de emigração citados por Whitaker indica, portanto, que quase meio milhão de pessoas poderiam deixar essas áreas urbanas em um ano. Da mesma forma, a migração de saída em todo o Reino Unido continua em um ritmo mais rápido do que os níveis pré-pandêmicos, e há fortes evidências de que as cidades do interior têm níveis mais altos de atividade econômica quando comparado ao período anterior a 2020. O relatório realizado por Whitaker também constatou que a migração dentro dos EUA aumentou mais de 10%. As pessoas saíram das 12 cidades mais caras do país norte-americano, incluindo Nova York (maior taxa de emigração de todas), São Francisco, Los Angeles, Washington DC e Chicago. No Brasil não foi diferente: na busca por qualidade de vida e fomentada pelo cenário trazido pelo trabalho híbrido, a procura por imóveis fora das capitais cresceu 161% em 2021. É o que mostra um levantamento feito pelo Itaú Unibanco. O crescimento ficou acima da média nas regiões Norte (com 437% de alta), Centro-Oeste (300%) e Nordeste (280%). De acordo com o mesmo mapeamento, o estado de São Paulo foi um dos que registrou um crescimento na procura por imóveis em cidades menores, com destaque para Campinas (+35,8%) e Sorocaba (+15,9%). Em outro levantamento, também realizado pelo IWG e Arup em 2021, foi possível projetar que as cidades visadas pelos trabalhadores híbridos hoje poderiam gerar até US$424 mi extras por ano no Reino Unido e US$1,3 bi nos EUA. Tal crescimento se daria pela expansão dos escritórios flexíveis e espaços de trabalho compartilhados e o atual relatório confirma que esse crescimento econômico já ocorre de ambos os lados do Atlântico. Assim como os EUA, o Reino Unido vê as mesmas tendências. Dados de telefonia móvel revelam que pequenas cidades, subúrbios e locais à beira-mar do país europeu tiveram um aumento de 50% na demanda pelos serviços em relação ao período pré-pandemia. A popularidade do modelo flexível continua a crescer, com quase metade dos trabalhadores do Reino Unido (48%) e 40% dos colaboradores dos EUA atuando neste formato[3]. Como uma consequência deste cenário, os valores dos aluguéis estão subindo rapidamente em locais que antes eram considerados distantes dos centros urbanos e demandavam mais tempo de deslocamento. O preço de uma casa na Grande Manchester aumentou 34% de janeiro de 2020 a outubro de 2022. Na cidade de Glasgow, o preço médio das casas aumentou 29% no mesmo período. Da mesma forma, nos Estados Unidos, o custo de uma casa na cidade de Appleton, Wisconsin, o preço médio das casas aumentou 67% no mesmo período. O resultado, de acordo com dados do IWG coletados no um último ano, foi um aumento de 36% na demanda por espaços de trabalho fora dos movimentados centros das cidades. Para atender à demanda, o IWG adicionará 1.000 novas unidades em todo o mundo no próximo ano e a maioria será em locais como estes – inclusive em cidades com população de até 10.000 habitantes. O levantamento mais recente também ressalta que, bem como economias locais, esses novos padrões de trabalho também estão gerando um impacto positivo no meio ambiente. O relatório, também identifica reduções de carbono de até 87% nos EUA e 70% no Reino Unido como um benefício trazido pelo trabalho híbrido. Segundo Mark Dixon, CEO global do IWG, estamos presenciando uma mudança fundamental na geografia do trabalho, com oportunidades significativas para as economias e comunidades locais em todo o mundo. “O trabalho híbrido está permitindo um acesso mais fácil aos melhores talentos, revigorando as economias e enriquecendo as comunidades locais. Não apenas isso, mas deve mudar o papel das cidades para sempre”, destaca. Com a ascensão das cidades de 15 minutos dentro dos limites dos grandes centros comerciais, os municípios precisam se preparar para o futuro, e fornecer uma combinação de serviços não relacionados ao trabalho, como entretenimento e opções residenciais para atender à nova população trabalhadora. Para Matthew Dillon, diretor associado da Arup, o impacto do híbrido pose ser observado em muitos setores da economia e no cotidiano dos trabalhadores. “Se bem executado, esse formato pode promover vantagens tanto para as empresas, ao possibilitar a ampliação do mercado de trabalho em diversas praças, quanto aos funcionários, que podem se beneficiar além da flexibilidade, de um equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Isso tem implicações abrangentes, incluindo um efeito potencial sobre onde, como as pessoas vivem e realizam seu trabalho”, finaliza.
[1] https://www.clevelandfed.org/publications/cleveland-fed-district-data-brief/cfddb-20210205-did-the-covid-19-pandemic-cause-an-urban-exodus
[2] A análise desses níveis de emigração indica que quase 500.000 pessoas (468.000) estão deixando essas áreas urbanas ao longo de um ano.
[3] AWA Associates.
Sobre o IWG, International Workplace Group O IWG é líder global em soluções para o trabalho híbrido. Por meio de suas marcas e espaços compartilhados, o grupo cria valor pessoal, financeiro e estratégico para empresas de todos os portes – de algumas das companhias e organizações mais conhecidas do planeta, até microempreendedores e a próxima geração de líderes do setor. Todos podem aproveitar o poder desses locais de trabalho híbrido para aumentar sua produtividade, eficiência, agilidade e proximidade com o mercado. A cobertura de rede do IWG inclui aproximadamente 3.500 locais em mais de 120 países, sendo utilizados por 83% das empresas da Fortune 500. No Brasil, por meio das marcas Regus e Spaces, o IWG colabora para que milhares de pessoas e seus negócios possam trabalhar de forma mais produtiva, ao fornecer espaços de trabalho profissionais, inspiradores e colaborativos, além de serviços digitais, disponíveis por meio do aplicativo IWG. Para conhecer melhor visite o site ou clique aqui para obter mais informações sobre a parceria. Informações à imprensa | Máquina Cohn & Wolfe
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