Os laços familiares deveriam ser sinônimo de apoio, segurança e amor incondicional. No entanto, assim como acontece com a atriz Larissa Manoela, que anunciou recentemente os conflitos que vive com os pais, nem todas as famílias proporcionam esse ambiente saudável. Identificar e lidar com relacionamentos familiares tóxicos é essencial para preservar o bem-estar emocional e construir uma vida plena.
De acordo com Karina Stryjer, psicóloga e líder de projetos de saúde emocional da Telavita, primeira clínica digital de psicologia e psiquiatria do Brasil, os padrões de comportamento de famílias tóxicas podem ser sutis, mas reconhecê-los é o primeiro passo para a cura. Os principais traços dessas dinâmicas incluem:
Controle excessivo: Membros tóxicos frequentemente buscam controlar cada aspecto da vida dos outros, minando a autonomia e liberdade individual;
Dificuldade em aceitar diferenças: Opiniões e perspectivas diferentes das deles são muitas vezes rejeitadas, resultando em uma atmosfera de intolerância;
Comunicação ineficaz: A falta de uma comunicação aberta e respeitosa pode levar a conflitos frequentes, frequentemente acompanhados de chantagens emocionais e hostilidade;
Negligência emocional: Membros tóxicos demonstram falta de empatia e suporte emocional, contribuindo para um ambiente de isolamento e sofrimento;
Resistência à mudança: A rigidez nas atitudes e a aversão a qualquer forma de mudança podem sufocar o crescimento e o desenvolvimento pessoal.
Crescer em um ambiente familiar tóxico pode ter sérias repercussões emocionais e psicológicas, a exposição a um ambiente abusivo pode aumentar o risco de transtornos como depressão, ansiedade e compulsões. De acordo com Karina, a longo prazo, indivíduos que passam por relações assim, podem ter baixa autoestima, já que a constante crítica e desaprovação podem minar a confiança em si mesmo. Outra consequência é a ansiedade, causada pela incerteza constante e o medo de desencadear conflitos. Além disso, os relacionamentos futuros podem ser prejudicados por padrões aprendidos na família.
“Superar relacionamentos familiares tóxicos requer um processo de autodescoberta e autocuidado, para isso é preciso reconhecer seus próprios limites pessoais e comunicá-los de maneira assertiva. A terapia oferece um espaço seguro para explorar sentimentos, entender suas origens e tomar decisões informadas. Por fim, é preciso ter fortalecimento emocional, como praticar exercícios físicos, manter uma dieta equilibrada e seguir uma rotina, tudo isso contribui para o bem-estar emocional. O caminho para se liberar de relações tóxicas começa com o autoconhecimento e a compreensão do próprio valor”, finaliza a especialista.
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