25/08/2023 às 17h01min - Atualizada em 26/08/2023 às 00h01min

Esclerose múltipla: novos tratamentos permitem eliminação dos sintomas e maior qualidade de vida aos pacientes

Acompanhamento médico contínuo é fundamental para reduzir a inflamação da mielina, membrana que envolve os neurônios

Nicola Moreira Ferreira
Hospital Santa Catarina
O mês de agosto é dedicado à conscientização sobre a esclerose múltipla. O propósito é dar visibilidade a esta doença que traz impactos incapacitantes e significativos na vida das pessoas, e contribuir para a disseminação de informações sobre fatores de risco e diagnóstico precoce. Doença que afeta as atrizes Guta Stresser e Cláudia Rodrigues, a esclerose múltipla é uma enfermidade neurológica autoimune que inflama a mielina, membrana que envolve os neurônios, e compromete as sinapses, causando sintomas como perda de visão, perda de força muscular, dificuldade de engolir, entre outros.
 
Embora ainda não tenha cura, as pesquisas clínicas evoluíram bastante nos últimos anos e hoje já há medicamentos mais direcionados e efetivos que conseguem impedir a inflamação da mielina, prevenindo desta forma os sintomas que prejudicam e trazem uma série de limitações ao dia a dia do paciente.
 
“No Hospital Santa Catarina – Paulista, temos uma área no Centro de Infusão voltada exclusivamente ao tratamento de esclerose múltipla. O objetivo da equipe, que é formada por diversos especialistas que vão desde neurologistas a psicólogos, é acabar com a inflamação e possibilitar um maior bem-estar ao paciente. Hoje, nossa taxa de sucesso é de, aproximadamente, 90%”, explica o Dr. Frederico Jorge, neurologista do Hospital Santa Catarina - Paulista.
 
Doença mais prevalente entre as mulheres
A esclerose múltipla tende a afetar mais as mulheres, principalmente as mais jovens entre 20 e 40 anos. A National Multiple Sclerosis Society aponta que a possibilidade de mulheres desenvolverem a enfermidade é duas ou três vezes maior na comparação com os homens. Desenvolvida por conta de fatores genéticos, a doença possui alguns gatilhos ambientais observados, especialmente, na adolescência, como obesidade, deficiência de vitamina D, infecções virais do vírus Epstein-Barr (vírus da mononucleose) e exposição ao tabagismo.

 
“As doenças autoimunes tendem a afetar mais jovens e mulheres. Isso ocorre, pois o organismo da mulher é mais reativo e sofre mais com fatores hormonais. A esclerose múltipla é mais prevalente na população branca, por isso é mais comum na Europa e América do Norte”, conta o neurologista do Hospital Santa Catarina - Paulista.
 
Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, no Brasil, existem cerca de 40 mil portadores da doença. Os principais sinais da doença, além dos já mencionados acima, costumam incluir desequilíbrio, dormência, incontinência ou retenção urinária e espasmos. Os quadros variam dependendo do paciente.
 
Os três tipos de esclerose múltipla
1. O mais comum, responsável por aproximadamente 85% dos casos, é o surto-remissão ou remitente-recorrente. Tende a ser caracterizada pela ocorrência de surtos, com melhora.
2. 10% dos pacientes terão a forma progressiva primária, quando ocorre uma gradativa piora dos surtos.
3.  Por fim, 5% dos diagnosticados têm a forma progressiva com surtos, que tem como principal característica a progressão da desmielinização e o comprometimento precoce dos axônios, parte do neurônio responsável pela condução dos impulsos elétricos.

 
A partir das suspeitas sobre os sintomas iniciais, os médicos conduzem uma investigação e utilizam exames de ressonância magnética para confirmação do diagnóstico. O Hospital Santa Catarina - Paulista possui em seu Centro de Diagnóstico por Imagem um equipamento de ponta 50% mais rápido com abertura maior, em comparação aos modelos convencionais do mercado, que possibilita mais conforto para o paciente durante a realização do exame.
 
Uma vez confirmado o diagnóstico, além dos tratamentos medicamentosos, que variam de acordo com as condições clínicas de cada paciente, os médicos também indicam a prática de hábitos saudáveis, como atividade física regular, alimentação balanceada, controle do peso e acompanhamento psicológico constante.
 

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